15.9.16

a vulgaridade de uma mulher

Nos dias que correm quase que é mais normal ver uma mulher mal "despida" do que bem vestida num evento. Tal como é mais habitual uma mulher ficar conhecida por algo que fez sem roupa do que por um mérito qualquer que não envolve exposição corporal. É um rumo que é escolhido por cada pessoa. E nada contra isso.

Não considero que uma mulher seja vulgar por decidir ir a um evento mediático praticamente sem nada a esconder do mundo. É uma opção. Que para mim é tão válida como uma mulher escolher ir tapada até ao pescoço. Aquilo que me parece é que a roupa que pouco esconde é vista como uma bandeira que algumas mulheres abanam como sendo uma conquista para lá de extraordinário. Tal como as pessoas que defendem que "o que é bom é para se ver" ou "se tem corpo para isso, porque não", sendo que estes argumentos são tão válidos como outros quaisquer.

Nada tenho contra a exposição corporal. Aquilo que condeno é a vulgarização (extrema) do vulgar, passe a redundância. Ou seja, fazer da pouca roupa uma bandeira. Parece que as mulheres andaram anos a lutar (e ainda lutam) para algo que passa por andar quase sem roupa na rua. Parece que a classe e a elegância passam apenas por isso. Quando não passam. Uma mulher não é mais mulher porque expõe as mamas mais do que a vizinha do lado. Sendo certo que também não é mais mulher somente porque é mais reservada do que a colega da sala do lado. Defendo que tudo tem o seu espaço. Tudo tem o seu momento. Até a vulgaridade de uma mulher e de um homem têm o seu momento.

E para mim, sendo que a minha opinião vale o que vale, essa vulgaridade não passa por um evento público. Não passa por mostrar as mamas ou o rabo a todas as pessoas que não se conhecem de lado nenhum. Não passa por ser o centro das atenções apenas porque as mamas estão mais expostas ou porque o rabo está a descoberto. Gosto de acreditar que as mulheres lutaram por muito mais do que esta vulgaridade que algumas pessoas querem vender como a bandeira da mulher moderna.

2 comentários:

  1. Muito bom.
    Concordo contigo.
    Será que elas pensam que "less is more" é elegante?.

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