28.12.22

viver num estado que não controlo. vai dar asneira, certo?

Num destes dias ouvi algo como isto. “Não gosto de estar bêbado. Não gosto de estar drogado. Não gosto de excesso de velocidade. Não gosto de nada que não controlo”. E fiquei a pensar nisto. Até porque a pessoa que teve este desabafo disse que eram estados em que é possível, de uma forma mais intensa, cometer erros e estragar a vida que tem.

E acho que há um grande fundo de verdade neste desabafo. É certo que podem dizer-me que são estados – alguns deles – em que podem acontecer coisas divertidas e positivas. Mas acho que ninguém pode negar que são estados em que fugimos mais do que somos habitualmente. Em que não existe um filtro fundamental no quotidiano. E quando isto acontece, rapidamente cometemos erros. Damos passos mal medidos. E somos protagonistas de acções que ficam na cabeça durante muito tempo. E das quais provavelmente nos arrependemos.

Analisando os aspectos positivos e negativos de viver em estados que não são normais, tendo a dar razão a este desabafo. Acho que é como o código postal, meio caminho andado para dar asneira. Certo?

27.12.22

diz-me baby ou uma grande música que provavelmente não irás ouvir

Muitas vezes cruzo-me com publicações, nas mais diversas redes sociais como é o caso do TikTok, em que alguém partilha músicas que considera boas e que provavelmente nunca ouvimos. Já dei por mim a conhecer temas que provavelmente, lá está, nunca iria ouvir. Já dei por mim a ouvir temas (nem sempre originais) que acabam por se tornar num mega sucesso devido às redes sociais.

E estou a recordar-me disto porque estive a ouvir Diz-me Baby, o tema mais recente do Siraiva. Que na minha opinião é um músico muito talentoso que não tem o reconhecimento devido. Podia enumerar temas da sua autoria de que gosto bastante. Aliás, um deles deu origem a um texto (entre outros) bastante comentado no blogue. E lamento que assim seja. Lamento que o tempo na rádio não seja o mesmo para outros nomes de determinadas editoras.

Quando vou a Espanha ficou feliz quando ouço música espanhola vinda de quase todos os carros. Ou de espaços comerciais. Não me chocaria ouvir hits internacionais, mas fico satisfeito quando abraçam aquilo que tem selo nacional. E gostava que por aqui fosse assim. Sendo que continua a não ser. Mais facilmente aceitamos um qualquer projecto internacional do que revelamos disponibilidade para descobrir o que é nosso. A música portuguesa parece quase uma droga que se vende às escondidas e que é consumida no recato, para que ninguém saiba que o fazemos.

Sendo apenas um grão de areia num gigantesco deserto, faço a minha parte ao dar a conhecer aquilo que é bom e que é nosso. Daí partilhar aqui o tema mais recente do Siraiva. Existe uma infeliz probabilidade de que não o ouças em muitos sítios. Mas vale mesmo a pena. Por isso, ouve aqui um grande tema que talvez não ouças em mais lado nenhum. E que tem tudo para ser um hit de 2023.

22.12.22

depressão e um tiro na cabeça

Durante muito tempo tive uma rotina para as noites de sexta-feira. Ia buscar pizza e jantava com a minha mulher no chão da sala. Isto enquanto víamos na televisão o So You Think You Can Dance.

Foi deste modo que conheci o tWitch. Que rapidamente se tornou num dos meus preferidos. Desde então que fui acompanhando o que fazia e, por exemplo, dei por mim, durante o confinamento, a fazer uma aula de dança com ele e com a mulher num live nas redes sociais.

É certo que não conhecia o tWitch de lado nenhum. Mas fiquei de rastos pela notícia da sua morte. Com o relato do suicidio na casa de banho de um quarto de motel. Pensei imediatamente nos filhos pequenos e na mulher. E desde então que dou por mim a pensar nele e na vida.

Não se deixem levar pelas aparências. A depressão não ataca apenas quem está na “merda” e tem problemas na vida. Também afecta quem tem a vida com quem sempre sonhou e está sempre de sorriso estampado no rosto.

Cabe a nós olhar por todos os que nos rodeiam. Perguntar se estão bem. Não deixar aquele telefonema para o amanhã que é sempre amanhã. Não se deixem iludir pelo “esse está bem na vida que tem tudo” porque pode não ter nada. Foquem-se nas coisas boas da vida e estejam lá em todos os momentos. Para que cada vez menos pessoas pensem que a melhor solução é morrer.

7.12.22

devemos agradecer a cristiano ronaldo?

Desde a polémica entrevista a Piers Morgan, que culminou com a saída do Manchester United, que muito se tem falado de Cristiano Ronaldo. Sendo que o foco nos últimos dias está na prestação do jogador português no Mundial e no seu comportamento em dois momentos distintos: uma substituição e o jogo começado no banco de suplentes (algo que não acontecia desde 2006 em jogos de grandes competições de selecções).

Tenho-me deparado com muitas críticas ao jogador português, o que me leva à questão que dá título a este texto. E a resposta é simples! Sim, devemos agradecer a Cristiano Ronaldo. É dos melhores jogadores que alguma vez vi jogar (e felizmente vi muitos talentos ao vivo). É um atleta fora de série. E tem sido, segundo quem com ele trabalhou, um profissional de excelência. Isto são factos inquestionáveis. Por isso, e sem sombras de dúvidas, todos os portugueses devem agradecer a Cristiano Ronaldo. Tal como o jogador deve estar grato a todos os portugueses que sempre o apoiaram. Muitos gastam dinheiro que não têm para o ver jogar ao vivo. Outros fazem das tripas coração para oferecerem aos filhos camisolas dos clubes em que joga. Ou da equipa de todos os portugueses. Resumindo, em momento algum deveremos esquecer tudo aquilo que Cristiano Ronaldo fez pelo futebol português.

Agora, tudo aquilo que escrevi até este momento não justifica que Cristiano Ronaldo possa dizer a Fernando Santos (ou a outro qualquer treinador) aquilo que disse no momento em que foi substituído. Tal como não torna menos grave que abandone o campo no momento em que todos os colegas saúdam o público depois de uma das melhores exibições dos últimos anos. E isto para mim tem um simbolismo maior porque Cristiano Ronaldo é o capitão da equipa de todos os portugueses. Não é a braçadeira do Sporting, Manchester United, Real Madrid ou Juventus. É a braçadeira da nossa selecção. Que tem um peso enorme. E que acarreta obrigações que não podem ser relegadas para um plano inferior em detrimento de valores pessoais.

Cristiano Ronaldo é um dos melhores jogadores de todos os tempos. Isto é um facto. Mas é igualmente verdade que já não é o mesmo jogador que era quando tinha 20 anos. E esta é a lei da vida. Olhamos para Cristiano Ronaldo e vemos um monstro físico. Um verdadeiro animal no bom sentido. Mas a velocidade não é a mesma. Existem muitos detalhes que acabam por ser diferentes. [Podemos falar do exemplo do Pepe, que perto dos 40 anos parece um jogador melhor do que quando tinha 20. Mas a posição é diferente. Por isso é que vemos maior longevidade – a alto nível – em defesas do que vemos em avançados] A isto junta-se um início de época sem a preparação ideal (ou igual à dos colegas) e uma época de menos utilização. Sem esquecer o mais importante de tudo: o impacto psicológico da morte de um filho. Se (à parte da tragédia familiar) juntarmos a tudo isto uma entrevista polémica, temos todos os ingredientes que uma carreira como a de Cristiano Ronaldo não merecia neste momento. E que cria a ilusão de que o jogador está a lidar de forma menos positiva com o aproximar do adeus aos relvados.

Resumindo, nunca terei palavras suficientes para elogiar tudo aquilo que já vi Cristiano Ronaldo fazer com uma bola nos pés. Nunca conseguirei colocar em palavras o impacto que teve no futebol português, no futebol mundial e na promoção de Portugal pelo mundo. Mas isto não me permite elogiar aquilo que fez quando foi substituído e o que fez quando abandonou o campo. Tal como estes episódios não apagam o talento o que tem. O que acontece é que as pessoas tendem a ter a memória curta e a relembrar as coisas mais recentes. O que faz com que, com tantas polémicas, muitos acabem por dedicar mais atenção aos últimos episódios da carreira de Cristiano Ronaldo.

Obrigado, Cristiano. E que mostres, no que falta do Mundial, que és o Capitão que todos os portugueses querem ver.

 

23.11.22

mundial do qatar 2022: vamos boicotar isto ou não?

Já teve início o Mundial do Qatar, prova que, na minha humilde opinião, não deveria ter acontecido. Pelos moldes em que é e pelo que envolve. Aliás, tem a sua piada que aqueles que quiseram que este fosse o destino escolhido, são os mesmos que dias antes da prova vieram dizer que era um erro a maior prova mundial de futebol acontecer num país como o Qatar.

Desde então, muito se tem falado sobre boicotar esta prova. Acredito que qualquer grupo de amigos já tenha abordado este tema. Só que a verdade é que acabamos por não fazer nada. Vemos os jogos de futebol, mesmo à distância. Continuamos amigos das marcas que patrocinam aquilo que criticamos. Fechamos os olhos a muitas coisas, afinal é Portugal que vai jogar. E podia passar o dia inteiro nisto.

Tudo isto dá origem a muitas questões. É possível ser contra aquilo que acontece no Qatar, mas ao mesmo tempo apoiar Portugal que está a disputar jogos no Qatar? Fecharmos os olhos aquilo que acontece no país durante os 90 minutos dos jogos de Portugal faz de nós piores pessoas? Passarmos o dia a contribuir para a audiência do evento significa que somos maus? Somos melhores pessoas se não virmos nenhum jogo?

As respostas a isto são certamente as mais diversificadas. Ainda num destes dias dizia a um amigo, que criticava a forma como as mulheres são tratadas no Qatar: “o que nós estamos a fazer para mudar isso?”. Por outro lado, há muito que me habituei à ideia de que os valores que defendemos podem sempre ser comprados. Por isso, não me espanta que venha a ver “figuras públicas” a vibrar nos estádios do Qatar durante os jogos de Portugal. Para cinco minutos depois estarem a criticar aquilo a que fecharam os olhos a troco de uma viagem.

14.11.22

estou solteiro: chegou o momento de emagrecer e cuidar de mim

“Estou solteiro! Chegou o momento de emagrecer e cuidar de mim”. Este é o modo de pensar da, atrevo-me a dizer, maioria das pessoas. E, muito sinceramente, é algo que nunca irei compreender. Percebo que, quando duas pessoas se juntam, exista uma espécie de adaptação de rotinas. As pessoas passam a fazer coisas juntas que faziam ocasionalmente e isso poderá traduzir-se em algum desleixo e uns quilos a mais.

Por outro lado, não percebo por que as pessoas só começam a cuidar de si quando estão solteiras. Como se estivessem numa espécie de montra, à espera que alguém repare em si. Os quilos a mais (ou outros desleixos) não devem ser vistos como um obstáculo para um jogo de atracção e conquista. Porque, afinal de contas, estamos a falar de saúde.

As pessoas devem ser a sua melhor versão por si. Quer estejam numa relação com vinte anos ou solteiros e à procura de uma nova conquista. Uma coisa não impede a outra. Estar bem numa relação também terá um impacto na vida sexual do casal. O desleixo físico poderá ser um atalho para problemas maiores. E, com ou sem problemas na relação, as pessoas devem cuidar-se sempre. Por isso é que não percebo esta ideia do: “vamos lá mudar a imagem que estou livre para amar”.

8.11.22

os 10 filmes com o final mais confuso de sempre

Já todos vimos um filme que nos deixou a pensar sobre o final. E se há quem prefira falar com amigos para tentar perceber a história, outros recorrem ao Google para ficarem elucidados em relação ao que não compreenderam. E foi com a ajuda do famoso motor de pesquisa que o site Top10Casinos elaborou aquela que é a lista com os 20 filmes com o final mais confuso da história do cinema.

Posso começar por dizer que os realizadores norte-americanos destacam-se como os mais confusos com 13 presenças na lista. E há um nome num patamar diferente. Trata-se de Christopher Nolan, que tem quatro filmes na lista dos mais confusos. Realce ainda para o facto de que no top 10 só existirem filmes realizados neste milénio. Algo que pode ser visto como um sinal de que as longas-metragens estão a ficar cada vez mais confusas para os amantes do cinema. Agora, só falta mesmo ficar a conhecer a lista dos 20 filmes com o final mais confuso da história.

20 – O Terceiro Passo (2006) | 6.630 pesquisas mensais
19 – O Primeiro Encontro (2016) | 6.650 pesquisas mensais
18 – Cisne Negro (2010) | 8.490 pesquisas mensais
17 – Aniquilação (2018) | 8.800 pesquisas mensais
16 – Mulholland Drive (2001) | 10.050 pesquisas mensais
15 – Tudo Acaba Agora (2020) | 12.110 pesquisas mensais
14 – Shining (1980) | 13.100 pesquisas mensais
13 – Nós (2019) | 13.200 pesquisas mensais
12 – O Farol (2019) | 14.700 pesquisas mensais
11 – Interstellar (2014) | 14.900 pesquisas mensais

Christopher Nolan, com quatro filmes, é o realizador mais confuso

10 – Animais Noturnos (2016) | 15.300 pesquisas mensais
9 – Este País Não é Para Velhos (2007) | 16.230 pesquisas mensais
8 – Hereditário (2018) | 18.100 pesquisas mensais
7 – Donnie Darko (2001) | 21.300 pesquisas mensais
6 – A Plataforma (2019) | 24.130 pesquisas mensais
5 – A Origem (2010) | 24.800 pesquisas mensais
4 – Midsommar – O Ritual (2019) | 34.860 pesquisas mensais
3 - American Psycho (2000) | 38.150 pesquisas mensais
2 – Tenet (2020) | 42.270 pesquisas mensais
1 – Shutter Island (2010)| 56.200 pesquisas mensais

4.11.22

de volta!

Foram várias semanas em que o tempo para o blogue acabou por ser pouco. Problemas para resolver, dias sem trabalhar e quase 100% do tempo dedicado ao meu melhor "projecto": a minha filha. Agora, é hora de retomar rotinas. É uma espécie de Janeiro e de início de novo ano. A vontade é muita e este blogue, para já, não irá acabar. Ainda que já quase ninguém se preocupe com blogues. Vamos a isso!

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13.10.22

tal mãe, tal filha

Heidi Klum, de 49 anos, tem uma carreira no mundo da moda que fala por si. Leni Klum tem apenas 18 anos e começa a dar os primeiros passos num mundo em que a mãe é uma estrela. Depois de se juntarem na nova campanha da Intimissimi, é caso para dizer: tal mãe, tal filha.

11.10.22

chegou o momento de vos apresentar a minha casa nova

Decidi mudar de casa. Troquei os arredores de Lisboa por Malibu, no Estados Unidos da América. Aproveitei uma promoção e comprei esta casa por apenas 18,4 milhões de euros. Sintam-se à vontade para aparecer e para me fazer uma visita.

Agora, vamos à verdade. A casa não é minha. É uma criação do arquitecto Pierre Koenig e pode ser tua pelo valor que mencionei.

10.10.22

25 dias em modo pai

Passei os últimos 25 dias em modo pai. A minha filha foi a única preocupação que tive durante este período de tempo. Começo por dizer que me sinto agradecido pelo que tive a possibilidade fazer. Tenho a noção de que é quase impossível para muitos pais passarem este tempo com os filhos. Quer seja porque isso implicava gastar as férias todas de uma vez. Ou porque as empresas não permitem gozar tantos dias de forma contínua. No meu caso, tenho a “sorte” de ter uma profissão que me leva a acumular muitas folgas e de ter a possibilidade de as gozar com relativa facilidade.

Aquilo que deveria ser algo normal acaba por ser uma raridade. Queremos que as pessoas tenham filhos, mas depois é quase impossível que pai e mãe estejam juntos com as crianças, principalmente na fase inicial das suas vidas. Temos filhos e em pouco tempo o pai tem de ir logo trabalhar. Ou tem de “roubar” dias à mãe para que possa estar mais tempo em casa. Depois, são profissões/empresas que olham de soslaio para pessoas quem quer construir família (principalmente mulheres). Mas os homens também lidam com isto. Posso dar o exemplo de um amigo que ouviu isto de uma chefe quando pediu para ir a uma consulta do filho: “Então e a mãe? Não vai?”.

Ou seja, vivemos tempos em que a maioria dos pais acordam cedo e deixam os filhos nos colégios (ou familiares, quando existe essa possibilidade). Vão buscá-los ao final do dia e sobram poucas horas para rotinas como banho e refeições. E um tempo ainda mais curto para brincadeiras antes do momento de ir dormir e repetir isto, cinco dias por semana. Resta o sábado e o domingo para que pais e filhos estejam juntos mais tempo.

Este texto não é uma crítica a ninguém. Não é um ataque a quem quer que seja. É apenas um lamento. É apenas olhar para uma realidade que acaba por desencorajar muitas pessoas que estão a pensar ter filhos. E que vão adiando esse desejo enquanto aguardam por aquele que acreditam ser o momento certo. E que muitas vezes nunca chega.

15.9.22

obrigado, roger federer

Sou jornalista desde 2006. Desde então que já tive a oportunidade de estar à conversa com muitas figuras públicas das mais diversas áreas. Devo ter meia dúzia (se tanto) de fotografias ao lado de alguém com quem estive à conversa. Autógrafos, muito menos.

A única excepção de que me recordo é Roger Federer quando passou pelo Estoril Open, em 2010. Cruzei-me com poucas estrelas (desta dimensão) com a simplicidade de Federer. Numa área em que o pensamento dominante é “sou o dono do mundo porque apareci 2 segundos na televisão”, Roger Federer é um exemplo de humildade e disponibilidade.

Foi assim com os jornalistas como com todas as pessoas com quem se cruzava a caminho do court e que atrasavam o seu percurso. Neste dia, e por ser algo que entendo que não devo fazer enquanto estou a trabalhar, pedi-lhe um autógrafo à saída da tenda da Comunicação Social. O momento ficou registado, sem qualquer pedido, pela lente da extraordinária Leninha (Helena Morais), uma das maiores fãs de Federer que já conheci.

Federer vai acabar a carreira e não será o ténis que irá perder uma lenda. É o desporto que fica mais pobre com o final da carreira de alguém que é um exemplo para todas as crianças que sonham um dia ser profissionais.

Obrigado, Roger Federer.

12.9.22

a imbecilidade a que chegou o futebol português

Sou do Benfica e nunca o escondi desde que tenho o blogue. Por outro lado, e porque o futebol nem sempre gera as melhores reacções, evito escrever sobre o tema por aqui. Mas esta história não pode ser ignorada. Porque é uma das maiores imbecilidades de sempre do futebol português. Sendo que, e antecipando o final, nada irá acontecer a ninguém.

Uma criança de apenas 10 anos foi obrigada pelos seguranças a ver o jogo entre o Famalicão e o Benfica em tronco nu. E porquê? Porque cometeu esse crime hediondo de ir ao futebol na companhia do pai com a camisola do clube de que é adepto. Só que o jovem benfiquista cometeu outro crime horroroso que foi o do seu pai ter comprado bilhetes para a zona em que estavam os adeptos do Famalicão.

E este é o ponto a que chegou o futebol português. Em que existem cada vez mais histórias que afastam pessoas do futebol. Por mais que queiram achar que temos um belo produto para vender, a verdade é que temos um futebol muito fraco. Cheio de episódios e de pessoas que estão a mais num desporto lindo. Queremos ver famílias nas bancadas, mas depois não deixamos que essas crianças sejam livres.

Reforço que era apenas uma criança. De somente 10 anos. Que acabou a ver o jogo em tronco nu. E que certamente continuará a não perceber o motivo pelo qual teve de se despir para ver um jogo de futebol. Enquanto isto, e de acordo com declarações do pai, os seguranças disseram estar a fazer o seu trabalho e a cumprir as ordens do organizador do jogo: o Famalicão. Por sua vez, o clube ainda não se pronunciou sobre o sucedido.

E é isto… Realço apenas que nada tenho contra o Famalicão nem contra os seus dirigentes. Mas há muito para mudar no futebol português. Que bate mesmo no fundo quando acontece algo como isto. Triste, muito triste.

8.9.22

e essas pessoas parvas que gastam fortunas para ver os ranhosos dos coldplay

O título deste texto é uma forma de resumir aquilo que fui lendo relacionado com os concertos que os Coldplay vão dar em Portugal. Basicamente, aqueles que decidiram comprar bilhete não passam de pessoas parvas. Por sua vez, a banda aparenta não ter qualquer qualidade. Ou seja, nada de novo no mundo virtual.

Agora, o outro lado da questão. Goste-se ou não da música que fazem, os Coldplay são uma das maiores bandas da actualidade. Além disso, o grupo tinha feito uma pausa nos concertos até arranjarem forma de que os espectáculos tivessem uma menor pegada ecológica. Mais, Chris Martin já fez saber que a banda irá terminar dentro de qualquer coisa como cinco anos. Vão existir mais dois álbuns e existe a possibilidade de que o final dos Coldplay seja com um musical.

Depois, nem todas as bandas passam por Portugal. O que leva a que alguns portugueses se desloquem ao estrangeiro para ver os grupos da sua preferência. A isto junta-se o local do concerto, que tem capacidade para “apenas” 30 mil pessoas. Ou seja, estes ingredientes fazem com que, de forma natural, os bilhetes esgotem em poucos minutos. E acho que isto não choca (ou não deveria chocar) ninguém. Acontece com muitos espectáculos e com, por exemplo, jogos de futebol.

Por fim, ofender quem gasta dinheiro num bilhete para um concerto. Os preços dos bilhetes começavam nos 65 euros e iam até aos 500. Cada qual sabe de si e não sou ninguém para criticar uma pessoa que decide gastar dinheiro (que é seu) em algo. Cada qual faz a sua gestão e escolhe ver o que tem interesse. Acho que deveria ser tão simples quanto isto, mas é muito mais fácil ofender tudo e todos.

1.9.22

desabafos de pais reais que dizem asneiras e gritam com os filhos

As pessoas costumam aproveitar as redes sociais para partilharem o lado bom da vida. Independentemente de ser uma partilha profissional ou pessoal, existe uma tendência para que seja dado a conhecer aquilo que nos faz bem e deixa bem. E isto aplica-se também ao lado parental da vida de cada um. É frequente ver os pais a partilharem bons momentos passados ao lado da criançada. Sendo que também existem alguns desabafos daqueles que são vistos como “pais reais” que dão conta de diversos episódios menos felizes ao lado dos filhos. E que podem ser pautados por gritos e asneiras. E é disto que quero falar. Porque compreendo na perfeição estes desabafos mas não me revejo nos mesmos.

Vamos começar pela compreensão. A maior parte das pessoas passa a vida a correr de um lado para o outro. Estar com o filho é algo que, às vezes, se tem de fazer a par de mil tarefas. Existe depois a privação de sono. Existem as birras. Existem mil e uma coisas com que os pais têm de lidar. Uns com mais, outros com menos. Por isso, compreendo que algumas pessoas acabem por se “passar” com os filhos. Sendo que tenho a certeza de que todos se arrependem dos momentos em que se apercebem de que estão a gritar por nada de extraordinário. E que o grito não foi tão eficaz com pensavam.

Agora, a parte de não me rever. Não vou mentir. A minha filha também tem os seus momentos de birra. Que felizmente, não são muitos. Também acorda a meio da noite e pede colo. Ou seja, também tem os seus momentos em que me poderia tirar do sério. Quer seja pelo cansaço acumulado ou por outro motivo qualquer. Só que gritar com a Matilde, dizer asneiras, berrar com ela, ser bruto ou o que quer que seja não é uma opção para mim. Numa fase inicial da vida de pai irritei-me com a Matilde porque não queria adormecer. Poucos minutos depois tive a noção de que tinha errado. De que tinha sido injusto. E que o meu comportamento não serviu para mais nada do que irritar a minha filha ainda mais. Senti-me mau pai. Fiquei a sentir-me mal com o erro e desde então percebi que não era o rumo que queria seguir. E que não voltaria a fazer o mesmo.

É por isto que digo que não me revejo nos tais desabafos de quem se passa com alguma frequência. Desde aquele episódio que passei a fazer tudo de forma diferente. Há uma birra? Tento conversar com a Matilde. Está bastante irritada? Dou-lhe tempo para que acalme. Não quer fazer algo? Explico as consequências que isso poderá ter, a nível de tempo, para o que ainda quer fazer no resto do dia. E este tem sido o modo como tenho lidado com os menos em que a Matilde faz birra ou está mais agitada. Se isto faz de mim melhor pai do que aqueles que gritam, dizem asneiras e fazem isto ou aquilo? Não! Não faz de mim melhor nem pior. Esta é simplesmente a forma como decidi lidar com a minha filha.

Aproveito ainda os tais desabafos (e a minha experiência enquanto pai) para defender a opinião de que ser pai é um dos maiores desafios da vida. A começar logo pela momento em que temos uma vida que depende de nós. E isto será um desafio que se prolonga ao longo da vida. Mas é também um desafio para a própria pessoa. Para o casal. Para a vida a dois. Tudo isto acaba por ser testado com a chegada de uma criança. E creio que todos aprendemos muito com aquilo que fazemos. Que seja com o filho, com a pessoa com quem estamos ou mesmo em relação a quem somos.

30.8.22

treinar nas férias: sim ou não?

Treinar nas férias: sim ou não? Antes de dar a minha resposta avanço com diversos pontos de vista. Existem pessoas que nas férias começam a prometer mudar de estilo de vida. E parte delas acha que deve começar a fazê-lo logo nas férias. Mesmo que a actividade física seja uma miragem há largos meses ou anos. Depois, há quem treine de forma regular. E que ache que não deverá pausar durante as férias. Por fim, aqueles que treinam, mas que entendem dar descanso ao corpo enquanto estão de férias.

Sou uma pessoa que treina de forma regular. Nesta fase não estou a frequentar o ginásio, mas dou as minhas corridas diárias, cinco vezes por semana. E sou daquelas pessoas que já levaram planos de treino para as férias. Agora, não. Há muito que percebi que o corpo também precisa de descanso. E que, em muitos casos, não treinar é o melhor treino que podemos fazer. E refiro-me por exemplo, aos dias em que dormimos mal e em que estamos muito cansados.

Por isso, nestas férias decidi parar de treinar. Vou na terceira semana de descanso, o que corresponde à terceira sem corridas. Ainda que férias com uma menina de dois anos tenham muita actividade física envolvida. Mais do que me preocupar em treinar, foco-me em descansar. Porque logo voltarei às minhas rotinas. E sei que esta é uma boa opção para o meu corpo e para o meu bem-estar.

Não sendo obcecado com a alimentação (ainda que tenha alguns cuidados) também aproveito as férias para estar mais à vontade. Sendo que, quando uma alimentação regrada é regra geral, acabo por não ser de grandes excessos. Isto tudo para dizer que não devemos viver escravos de certos pensamentos. Acima de tudo, deveremos saber escutar o que o nosso corpo nos diz. E fazer aquilo que nos faz sentir bem e não aquilo que é moda ou algo do género.

29.8.22

figo, esse pesetero mal-amado

Caso Figo é o mais recente documentário que vi na Netflix. O formato – que recomendo – aborda, pela voz do próprio e de outros protagonistas – a polémica transferência do antigo internacional português do Barcelona para o Real Madrid. Algo que aconteceu no verão quente de 2000 e que fez do ex-jogador o mais caro do mundo.

Como disse, recomendo o formato, mas não sou da opinião de que seja a transferência que mudou o futebol. Aliás, mesmo sendo entre clubes rivais, tinha tudo para ser apenas mais uma transferência mais cara do mundo. Igual a tantas outras de que as pessoas se vão esquecendo com o passar dos anos. Quanto muito, marca uma era no Real Madrid. Pois Figo é o primeiro Galáctico contratado por Florentino Pérez. De resto, não mudou o futebol porque não resultou nenhuma lei desta mudança.

Assumo também que não sou o maior fã de Luís Figo (pessoa que não conheço), pelo menos do que fez fora dos relvados, pois com a bola nos pés era fenomenal, dos melhores de sempre. E digo isto com base em diversos episódios. Figo troca o Sporting pelo Barcelona porque está impedido legalmente de se mudar para Itália. Algo que acontece porque assina dois pré-contratos com Juventus e Parma. E esta é a primeira polémica relacionada com transferências.

De resto, o documentário mostra que todos erraram. Do jogador ao empresário (José Veiga) aos dirigentes de ambos os clubes. Figo não erra por querer algo melhor para si. Não erra por querer um clube que o deseje e acarinhe. Erra porque horas antes da mudança é primeira página de jornal, numa entrevista pedida por si, com a camisola do Barcelona. A garantir que irá permanecer na Catalunha. O então presidente do Barcelona erra ao não acreditar que Figo poderia sair do clube. O aspirante a presidente do Real Madrid erra na forma como negoceia com José Veiga. O empresário erra quando decide fazer um contrato estranho a garantir que Figo seria jogador do Real Madrid se Pérez vencesse as eleições. Por fim, os adeptos do Barcelona erram ao atacar a família de Figo. Uma coisa é o ódio a um jogador que consideram um pesetero, um traidor. Outra, é atacar uma mulher e uma criança.

De resto, o documentário deixar muitas coisas sem resposta. José Veiga garante que Figo estava a par do polémico contrato e que deu ordem para que fosse assinado. O jogador diz que nunca o viu e que o desconhecia. O presidente do Barcelona diz que Figo fez chantagem e pediu uma garantia bancária para ficar e o ex-jogador desmente. Há ainda o alegado episódio de que o presidente dos catalães disse que levava Figo ao destino se alguém pagasse os 60 milhões de euros da cláusula, algo que o Real Madrid fez.

Em jeito de conclusão, fico com a ideia de que Figo nunca quis trocar o Barcelona (onde era capitão e estava enquadrado com a filosofia do clube e com a cidade) pelo Real Madrid. É certo que foi ganhar quatro vezes mais, mas acredito que acabaria por ter o ordenado revisto no Barcelona. Volto a dizer, ninguém pode apontar o dedo ao ex-jogador mesmo que a motivação para a mudança fosse apenas monetária. Mas fica mal na foto na forma como gere a saída. Principalmente quando pede uma entrevista para dizer aos adeptos que fica no Barcelona.

24.8.22

o erro (será a palavra certa?) de amar alguém que não conhecemos

Sou fã da série de documentários da Netflix Histórias do Desporto. O mais recente que vi é sobre a história de Manti Te’o. E antes de avançar faço um pequeno aparte. Não gosto de falar sobre o conteúdo de filmes e séries, mas abro uma excepção nos documentários. Esta é uma história verídica e muito badalada na época.

Manti Te’o era a grande estrela do futebol americano universitário. O desportista, hoje com 31 anos, tinha todas as grandes universidades atrás de si. Deu-se ao luxo de escolher uma em que poucos acreditavam. Optou por fazer o último ano de faculdade em vez de ir logo para a NFL. E no meio de tudo isto cometeu o erro (será a palavra certa?) de se apaixonar por alguém que nunca viu.

Apesar de ser uma grande estrela do desporto, Manti Te’o saltou para a capa de muitas publicações no dia em que revela que a avó e a namorada morreram na mesma noite. O jogador faz uma grande época que dedica às duas e estes ingredientes dão ainda mais força à sua história. Até ao dia em que é feita uma denúncia que a namorada de Manti não existia. E acabou por se tornar público que o jogador mantinha uma relação com um homem que se fazia passar por mulher e que o casal nunca se tinha encontrado. Este escândalo teve impacto na vida desportiva de Manti. Teve impacto na sua vida pessoal e fez com que fosse alvo de muitas piadas ofensivas.

Agora, vamos recuar no tempo. Isto teve início em 2008, numa era em que existiam poucas redes sociais e que ninguém sabia o que era catfishing. Manti recebe um pedido de amizade no Facebook e fala com o amigo em comum que tinha com a pessoa por quem se viria a apaixonar (homem que usava fotos de uma mulher). O primo diz que conhece a pessoa. Fala ainda com outros homens que tiveram relação com a mulher e todos dizem que existe. Ou seja, fez o que estava ao seu alcance. Depois, existe a ingenuidade de acreditar em todas as desculpas para que nunca se vissem. Mas quem ama não é ingénuo em algum momento?

Manti Te’o simplesmente perdeu-se de amores por um homem (preso no corpo de uma mulher) que estavam genuinamente apaixonado por si. E isto marcou para sempre a vida de um dos grandes desportistas do futebol americano universitário. No documentário é possível ver Manti a falar sobre tudo. Existem muitas entrevistas (como do outro protagonista da história – Ronaiah – que está num processo de transição) e chega a ser comovente ver a forma como tudo isto teve impacto na vida de ambos, em especial de Manti Te’o.

O atleta, que não enganou ninguém, é acusado de ser uma farsa. É alvo do gozo de muitas pessoas. E tudo porque se apaixonou por quem não conhecia. Recomendo o documentário (de dois episódios) porque há muito a aprender. Em especial como a forma como Manti Te’o encara os acontecimentos e a sua vida.

15.8.22

Um silêncio que entristece

Sempre gostei de chegar a casa e do silêncio daquele que é o meu refúgio. Que acaba por ser uma das formas de criar uma barreira entre aquilo que acontece fora de casa e que não permito que entre no meu lar. E sempre foi assim. Até ao dia em que a Matilde nasceu. A partir desse momento, esta paz foi sendo pintada com barulhos que são tudo menos incomodativos. São as gargalhadas, os passos pela casa, os sons dos brinquedos, as conversas e por aí fora. E se é verdade que sempre gostei de estar sozinho em casa, agora custa muito. Estou há alguns dias sem a companhia da Matilde e o silêncio entristece. Vejo os brinquedos. Vejo as coisas dela. Mas há um silêncio que me congela. Não há um sorriso, uma brincadeira, uma palavra… não há nada. E tudo isto faz com que sinta um grande vazio com algo que sempre apreciei.

12.8.22

interessa correr muito ou pouco?

São 4 quilómetros por treino.
São 5 treinos por semana.
São 80 quilómetros por mês.

Estes números dão para tudo. Para um “uau, farta-se de correr” até um “bela merda, corro isso numa semana”. Para mim, é a melhor forma de rentabilizar a hora de almoço. Corrida + duche + refeição.

Corro menos tempo do que quero. Faço distâncias mais curtas do que o treino já pede. E corro a horários que dispensava. Mas, lá está, é o buraco que encontrei para treinar e que me dá margem para outras coisas. E desenganem-se aqueles que acreditam que treinos mais curtos sao menos eficazes. E também é possível criar objectivos em treinos destes.

Podia correr mais, mas estou feliz assim. E com resultados dentro do que estipulei: menos peso e menos volume. Agora, é manter e trabalhar para o objectivo final.

11.8.22

e quando um filme (e não é dos que estás a pensar) revoluciona a tua vida sexual

American Pie: A Primeira Vez é um dos filmes que marca a minha adolescência. Não que estejamos perante uma obra-prima do cinema, mas porque é uma comédia muito bem conseguida. Com um leque de personagens muito bem-criados e com excelentes interpretações. Depois, existem pequenos detalhes que ficaram para sempre. Um deles é protagonizado por Jennifer Coolidge. Quem? A famosa Mãe do Stifler.

Este pequeno personagem foi o responsável pela fama mundial do acrónimo MILF, que em português pode ser descrito, de forma suave, como uma mulher que é mãe e com quem se gostaria de ter relações sexuais. Aquilo que talvez possa surpreender muitas pessoas é que este papel acabou por mudar a vida da atriz norte-americana, hoje com 60 anos. Foi numa entrevista à Variety que Jennifer fez uma confissão que envolve a sua vida sexual. Revelando ter dormido com “umas 200 pessoas” devido ao mítico personagem.

“Gostei muito de ser uma MILF e tive muitas relações sexuais por causa de American Pie. Houve tantos benefícios em fazer esse filme. Quero dizer, haveria umas 200 pessoas com quem nunca teria dormido”, conta a atriz que tem sido bastante elogiada devido à prestação na série The White Lotus. “Talvez tenha recebido essa atenção especial porque as pessoas me viam antes só como a mãe de Stifler. Pessoas que eu nunca conseguiria passar nem da porta de repente estão a pedir-me para fazer parte dos seus projectos”, diz. Como diria Fernando Pessa, “e esta hein?!”

10.8.22

fazes isto na casa-de-banho, não fazes? então… tem muito cuidado

Vou falar de algo que certamente quase todas as pessoas fazem na casa-de-banho. E estou a falar de deixar a toalha de banho no wc depois de usada. Assumo que o faço (ainda que fique esticada a secar), sendo que não faço outro detalhe que passa pela partilha da toalha com outras pessoas. Só que diz que este hábito aparentemente inocente é de um grande perigo.

De acordo com Roberto Martins Figueiredo, que também dá pelo nome de Dr. Bactéria, deixar a toalha usada na casa-de-banho é algo que pode levar à transmissão de doenças. E estamos a falar de doenças sexualmente transmissíveis, como é o caso do vírus do papiloma humano, e de doenças respiratórias. Sendo que um dos motivos pelos quais isto acontece é a humidade. E o conselho passa por deixar a toalha a secar ou por lavá-la de imediato. Ou lavar a toalha após dois dias de uso. Diz que é isto que evita a exposição a bactérias.

Diz o médico que também deveremos ter cuidado com a arrumação das toalhas para que não fiquem expostas ao pó. Isto por causa dos ácaros. E também não devem ser dobradas húmidas para evitar o aparecimento de manchas de bolor. Sendo que tudo isto pode ser um caminho para a rinite, asma e aspergilose, uma doença pulmonar com origem em fungos. Agora, assume lá, aqui que ninguém nos ouve, que deixas a toalha na casa-de-banho.

temos de falar sobre esta moda do sexo a toda a hora e em todos os lugares

Estudei do 7º ao 12º ano numa escola. Foi por lá que passei boa parte da minha adolescência numa era em que não existiam redes sociais e em que os telemóveis (não confundir com smartphones) era uma espécie de raridade. Nesta altura recordo-me de ouvir duas ou três história de cariz sexual. Da pessoa X que tinha sido apanhada a fazer algo a Y junto a um qualquer pavilhão. Para ser preciso, há uma história que é mesmo real. O resto são rumores.

Agora, tudo é diferente. Há mais redes sociais do que aquelas que conseguimos memorizar. Existem mais smartphones do que pessoas e um está sempre a gravar algo. E existe um aparentemente incontrolável desejo sexual. Isto ou falta de pudor e ausência de medo de ser apanhado. É raro o dia em que não se torna viral um vídeo de um casal a fazer algo de cariz sexual numa praia (em frente a todos), numa paragem de autocarro (sem receio das vozes que se fazem ouvir) ou num qualquer beco ou discoteca. É assim em Lisboa, no Porto, na Madeira e em todo o lado. E parece estar tudo bem. E digo isto porque os intervenientes nunca se incomodam com a situação que está a ser gravada (e a gravação dava tema para outro debate). Correndo o risco de estar a exagerar, há mais vídeos de cariz sexual em locais públicos do que de homens apanhados a roubar catalisadores.

É certo que os tempos são outros, mas não consigo perceber este desejo desenfreado que leva a que adolescentes e jovens adultos arrisquem tanto por tão pouco. Comparando com o meu tempo, não digo que estes jovens tenham um maior desejo sexual. Aliás, existem mesmo estudos que referem que os jovens fazem cada vez menos sexo. Existe é uma indiferença assustadora. Na minha época (até soa a velho) existia receio. Existia recato. As pessoas afastavam-se. Faziam as coisas longe dos olhares de todos. E ninguém queria andar nas bocas do mundo por ser isto ou aquilo, por fazer isto ou aquilo. E é isto que parece que se perdeu. E por uns breves minutos que podem representar um peso muito grande. Com uma reputação que não se apaga devido à partilha de algo que nunca será apagado.

9.8.22

quem me explica a utilidade disto #60

Não raras são as vezes em que são feitas piadas sobre o facto de os homens urinarem de pé em qualquer lado. Agora, há um produto que possibilita que as mulheres façam o mesmo. Diz que se chama Female Travel Urinal e que está à venda no Alibaba por um preço modesto que ronda os 10 cêntimos.


É certo que isto é promovido algo para usar em viagens e como uma espécie de ferramenta que deverá permitir que as mulheres urinem qualquer lado em pé. Ainda assim, peço que alguém me explique a utilidade disto. E já agora, as mulheres que passam por aqui compravam isto?

sobre esta coisa do “foste pai tarde”

Fui pai em 2020 quando tinha 39 anos. E desde então que tenho ouvido algumas vezes algo como “foste pai tarde”. Sendo que incluo estas palavras naquele segmento de chavões a que as pessoas recorrem quando acham que têm que dizer alguma coisa. Digo isto porque sei que muitas pessoas não o dizem por mal – nem é algo que me incomode – mas também acredito que dizem apenas porque sim.

Nos dias que correm é cada vez mais comum ver pessoas que são pais (pela primeira vez) perto dos 40. Aliás, numa das consultas que tivemos, uma médica disse à minha mulher (ligeiramente mais nova do que eu) que ia ser mãe nova tendo em conta os tempos que vivemos. E este pode ser o ponto de partida para a minha opinião. Longe vão os tempos em que a generalidade dos casais tinha filhos aos vinte anos e em que as mulheres ficavam em casa e tinham como “profissão” estar com os filhos.

Hoje, tudo é diferente. A estabilidade financeira não chega muito depressa. As relações estáveis nem sempre acontecem em tenra idade. E tanto homens como mulheres dão prioridade, até certa idade, às carreiras. Adiando assim o desejo de ter um filho. E o caso das mulheres até dava para um texto à parte. Porque muitas, apenas para dar um exemplo, adiam o desejo com medo de perder o cargo que têm. Este é um ponto.

Depois, há outros casos. Tal como existem pessoas que acham que fui pai tarde, vejo pessoas que entendo (na minha modesta opinião) terem sido pais demasiado jovens. Vejo pais sem qualquer preparação (entre aquelas que podemos antecipar) para o nobre cargo que desempenham. E até prefiro não aprofundar muito este ponto com receio de ser mal interpretado. Vejo também casais que têm filhos sem qualquer base sólida entre ambos. E podia dar mais exemplos.

Quando era mais novo costumava dizer que queria ser pai aos 25 anos. Mas cedo percebi que seria complicado. Algo que a vida me ensinou. E tenho a certeza de que fui melhor pai com 39 anos do que seria com 25 anos. E não acho que tenha sido pai tarde porque isso seria olhar para mim como “velho”. É certo que podemos recorrer à matemática para fazer contas e sustentar esse pensamento do “tarde”. Mas, mais uma vez, não é assim que vejo as coisas. Porque conheço pessoas de 20 anos que são velhas e conheço pessoas com mais de 50 que são muito jovens. Concluindo, os chavões também se desactualizam. E ser pai não é algo que possa ser sustentado com uma equação matemática.

8.8.22

verdade ou mito #106

A masturbação é uma excelente ferramenta para melhorar o sistema imunitário. Até porque os orgasmos levam a um aumento de hormonas associadas ao bem-estar, como é o caso da dopamina, serotonina e oxitocina. Isto sem esquecer que ajuda a regular os níveis de cortisona e tudo isto é uma boa ajuda para que o sistema imunitário. Isto será verdade? Ou será mito? Porque a masturbação até pode ter alguns benefícios, mas este não é claramente um deles. Verdade ou mito?

não sei se vale a pena manter o blogue a funcionar

Muitas são as vezes em que me sinto isolado numa ilha deserta chamada blogosfera. Dez anos de blogue são uma eternidade que dá para experimentar diversas sensações. E neste fase, e digo-o com a maior das sinceridades, penso diversas vezes na eventualidade de acabar com o blogue e ficar agradecido por tudo aquilo que aconteceu. Por outro lado, a paixão pela escrita leva-me a querer continuar a escrever.

E este segundo desejo faz com que pense no rumo que quero para o blogue. Até porque não tenho qualquer vontade de migrar para o Instagram (que sempre tive, mas raramente com uma variante de textos que poderiam estar aqui) nem para outra rede social qualquer. Ou seja, estas serão sempre uma extensão do blogue, que é a minha verdadeira paixão. Uma coisa é certa, tenho saudades daquela vertente mais pessoal do blogue. É certo que aprecio muito escrever, adoro notícias – ou não fosse jornalista – e vou partilhando por aqui algumas que considero interessantes. Mas acho que chegou a hora de mudar o rumo do blogue.

Não sei quantos textos irei publicar nem a frequência com que o irei fazer. Mas é certo: irá regressar o lado pessoal que sempre esteve por aqui. Isto enquanto irei continuar a combater aquela voz que me diz que talvez seja mesmo melhor deixar isto chegar ao fim. Vamos a isto e veremos no que dá.

2.8.22

zelensky pelo que fez ao lado da mulher

Visto como um exemplo para muitas pessoas nos quatro cantos do mundo, Volodomyr Zelensky está a ser arrasado. O presidente ucraniano é alvo de muitas críticas por “espectacularizar a guerra” ao lado da mulher, Olena Zelenska. Tudo devido à produção que o casal fez para a Vogue, que terá a primeira-dama ucraniana na capa na edição de Outubro.

Num vídeo é mesmo possível ver Zelensky a sorrir. Por sua vez, Olena chega a posar ao lado de soldados ucranianos e junto a um avião destruído. A polémica reportagem é da autoria da jornalista Rachel Donadio, conta com fotos da afamada Annie Leibovitz e foi realizada em Kiev. “Retrato de coragem: a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska” é o título da controversa peça que está já a correr mundo.

“Mas é claro que estou a sentir a falta deles [família]. Queria tanto abraçá-los. Queria poder tocá-los”

“O lar também é a linha da frente. (…) Posso fazer isso por uma parte do nosso povo, por uma parte significativa. (…) Mas para mulheres e crianças, a minha mulher estar aqui é um exemplo. Acredito que ela desempenha um papel muito poderoso para a Ucrânia, para as nossas famílias e para as nossas mulheres”, diz Zelensky à publicação. Que aproveita a entrevista para reforçar o pedido de que todos os países apoiem a Ucrânia. Ao mesmo tempo que desvaloriza as alegações em torno da importância do gás russo para a Europa. “Serei muito honesto e talvez não muito diplomático: o gás não +e nada. Mesmo a covid não é nada quando comparada com o que está a acontecer na Ucrânia. (…) Apenas tente imaginar o que estou a dizer a acontecer na sua casa, no seu país. Ainda estaria a pensar nos preços do gás ou eletricidade?”, questiona.

Numa conversa que aborda o lado pessoal, Zelensky não esconde a preocupação que sente em relação à mulher e aos dois filhos do casal. “Como qualquer homem comum preocupo-me muito com eles [família], com a sua segurança. Não queria que fossem colocados em perigo. (...) Não é sobre romance. É sobre horrores que estavam a acontecer aqui na periferia de Kiev e todos aqueles horrores que estão a acontecer agora no nosso país, em territórios ocupados. (...) Mas é claro que estou a sentir a falta deles. Queria tanto abraçá-los. Queria poder tocá-los”, desabafa.

“Não posso pensar nisso [serem alvos russos] muito a sério, porque senão ficaria paranóica”

O presidente ucraniano deixa ainda muitos elogios à mulher. “Ela tem uma personalidade forte para começar. E provavelmente ela é mais forte do que pensava que era. E esta guerra... bem, qualquer guerra provavelmente trará qualidades que você nunca imaginou ter. (...) Claro que ela é o meu amor. Mas ela é a minha maior amiga. (...) Olena é realmente a minha melhor amiga. Ela também é patriota e ama profundamente a Ucrânia. É verdade. E ela é uma excelente mãe”, diz. Por sua vez, Olena salienta que os últimos meses foram os piores da sua vida. “Estes foram os meses mais horríveis da minha vida e da vida de todos os ucranianos. (...) Francamente, acho que ninguém está ciente de como conseguimos lidar emocionalmente. (...) Estamos ansiosos pela vitória. Não temos dúvidas de que venceremos. E é isso que nos mantém em movimento”, defende. A primeira-dama confessa ainda que tenta não pensar que ela, o marido e os filhos possam ser alvos russos desde a invasão. “Não posso pensar nisso muito a sério, porque senão ficaria paranóica”, diz.

Muitas críticas nas redes sociais

A reportagem do casal está a ser alvo de muitas críticas que não chegam apenas de anónimos. Ian Bremmer, cientista político e presidente do Grupo Eurasia, é uma das vozes críticas. “Zelensky tem feito um trabalho espetacular a derrotar russos na guerra de informação. Uma sessão fotográfica para a Vogue em tempos de guerra é uma ideia péssima”, partilhou no Twitter. “Gosto da capa. Só acho que o presidente não deveria ter participado”, acrescenta após várias perguntas dos seguidores.

1.8.22

masturbação: descobre se existem riscos em masturbares-te de mais

Existem diversos benefícios associados à masturbação. É bom, saudável e faz bem à pele. Além disso, é algo que ajuda a melhorar a autoestima. E estes são apenas alguns dos fatores realçados pelos especialistas. E se é verdade que este é um tema cada vez mais falado, é igualmente verdade que ainda é tabu para muitas pessoas. Existindo diversas dúvidas e mitos em torno da masturbação. Como é o caso da eterna questão: existem riscos em masturbares-te de mais?

Indo directo à pergunta, a verdade é que uma masturbação excessiva pode dar origem a diversos problemas. Algo que é abordado pelo Pouca Vergonha, que começa por salientar os benefícios da prática. “São os mesmos proporcionados pela relação sexual, aliviando o stress, fazendo a manutenção e promovendo o aumento do desejo sexual, além de auxiliar na autodescoberta do prazer e do autoconhecimento”, salienta a sexóloga Jéssica Siqueira, do Sexo Sem Dúvida.

“Existem pessoas que chegam a sentir ciúmes quando o parceiro chega ao orgasmo a sós”

A especialista salienta ainda os tabus em torno da masturbação. “Principalmente porque as pessoas associam como um substituto do relacionamento sexual, existem pessoas que chegam a sentir ciúmes quando o parceiro chega ao orgasmo a sós”, revela. É importante ter em mente que só é considerado vício quando passa a prejudicar as funções diárias. “Quando acontece algum comprometimento da vida funcional, como a pessoa deixar de sair com amigos para ficar sozinho na masturbação. E ainda há um outro risco associado: a dependência da pornografia, fazendo a pessoa isolar-se e evitar contatos sociais para viver o próprio vício”, explica.

Por fim, são partilhadas algumas dicas para incluir a masturbação numa rotina saudável. “Chame a sua parceria na hora do sexo para uma masturbação mútua, tente incluir a prática como casal. Ou estimule-se a sós, com o intuito de se dar prazer”, recomenda a especialista. Ou seja, os benefícios superam os riscos. Sendo importante ter em mente o equilíbrio. Em caso de excessos, é recomendado que procure um especialista.

demi rose e a roupa em forma de jóias que pouco ou nada escondem

Demi Rose é uma das influencers de maior destaque da atualidade. Sendo bem provável que a celebridade inglesa, de 27 anos, seja uma das mulheres que mais dores de cabeça dá aos responsáveis pela censura de fotos no Instagram. Isto porque Demi Rose gosta de partilhar imagens em que a ousadia e exposição corporal se destacam muito mais do que a roupa que cobre o corpo da modelo.

Prova disso é uma publicação recente de Demi Rose. A influencer partilhou nas histórias do Instagram uma selfie em que aparece com o corpo coberto por jóias. Não há qualquer explicação na imagem nem a habitual identificação da marca de roupa. Sendo que aquilo que os fãs mais destacam é que o corpo da celebridade pouco está tapado pela “roupa” em forma de jóias.

Melhor e maior bumbum

A modelo britânica já foi considerada a mulher que tem o melhor e maior bumbum, fazendo com que Kim Kardashian perdesse o título que vinha sendo seu ao longo dos últimos tempos. Não deixa de ser curioso que Demi Rose tenha ficado conhecida precisamente devido ao clã Kardashian. Algo que aconteceu quando começou a namorar com o rapper Tyga, que tinha sido namorado de Kylie Jenner, irmã de Kim.

Antes dessa relação mediática, muitos já tinham reparado nas fotos ousadas que a modelo partilha nas redes sociais. Estes dois momentos levaram a que rapidamente assinasse contrato com uma agência de modelos. Demi Rose explicou que bastaram algumas imagens no Instagram para que passasse dos 60 mil para os 3,2 milhões de seguidores (hoje tem 19,9 milhões).

A mulher sensação das redes sociais tirou um curso de beleza e saúde. Mas decidiu arriscar ao trocar a carreira pelo desejo de ser modelo de lingerie. Algo que tem vindo a conseguir. E já fez saber que trabalha muito para manter as curvas que lhe deram fama. Demi Rose costuma treinar com frequência, tendo o hábito de partilhar os treinos nas redes sociais. O esforço da modelo tem sido recompensado com diversas capas de revista. E não estranhe se reconhecer a cara (e corpo) da modelo. É que Demi Rose já entrou em diversos vídeos de música de artistas como Chris Brown.

Quer ser a DJ mais sexy do mundo

É certo que Demi Rose arriscou ao trocar uma profissão segura pelo sonho de ser modelo de lingerie. É verdade que é um sucesso nas redes sociais e que já destronou Kim Kardashian no lugar de destaque das mulheres que são elogiadas pelo bumbum. Mas a jovem britânica quer mais! Demi Rose sonha com uma carreira em Hollywood. E quer ser conhecida como a DJ mais sexy do mundo. A modelo está a apostar nesta área – já atuou em festas em Ibiza, Espanha – e chegou a promover-se com este título.

adeptos repudiam contratação de cristiano ronaldo: “jogador em franca decadência”

Não está fácil a vida de Cristiano Ronaldo. Numa altura em que continuam a circular rumores de que o jogador português quer abandonar o Manchester United, fecha-se mais uma porta de um clube que estava a ser apontado como principal destino do camisola sete. Trata-se do Atlético de Madrid, o grande rival do Real Madrid, emblema que Cristiano Ronaldo representou durante nove temporadas.

A União Internacional de Casas do Atlético Madrid lançou mesmo um comunicado a manifestar “repúdio” pela possibilidade da contratação do jogador do Manchester United. É referido que o português “representa a antítese dos valores que constituem a marca” do clube. “Dada a possibilidade da contratação de Cristiano Ronaldo ser algo mais do que um simples boato sem qualquer fundamento, manifestamos o nosso absoluto repúdio relativamente a uma hipotética incorporação do jogador no nosso clube, como já tínhamos declarado publicamente no dia 19 de Julho", pode ler-se no início do comunicado.

“Um jogador em franca decadência”

“O jogador mencionado representa a antítese dos valores que constituem a marca do Atlético Madrid, como o esforço, generosidade, simplicidade e humildade de quem quer defender os nossos valores”, pode ler-se no documento. “Mesmo partindo do princípio, apesar de não ser provável, que um jogador em franca decadência como Cristiano Ronaldo nos pudesse garantir um título, não aceitaríamos a sua contratação. O sentimento de pertença ao Atlético Madrid não é algo que esteja ao seu alcance, e jamais poderia alcançar reconhecimento no nosso clube. Por estes motivos, pedimos ao clube que rejeite a sua possível contratação, se é que em algum momento a tenham planeado”, termina.

A crescente polémica levou a que Enrique Cerezo, presidente do Atlético de Madrid viesse a público abordar a contratação do jogador. “Não sei quem inventou a história do Cristiano, mas é praticamente impossível que venha para o At. Madrid”, disse o dirigente, citado pelo programa El Partidazo. Além do Atlético de Madrid, também os alemães do Bayern de Munique e os ingleses do Chelsea recusaram a possível contratação de Cristiano Ronaldo. O jogador também já foi apontado aos italianos da Roma e ao Sporting. Em relação ao regresso a Portugal, o jogador chegou a dizer que tudo não passava de notícias falsas.