28.2.17

pretos e gays são a nova moda

A liberdade de expressão é algo muito bonito. É que deu muito trabalho a conquistar, algo que muitas pessoas não percebem. Mas acho que também não deve ser desvalorizada com palavras como "agora basta ser-se preto ou gay para ganhar Óscares", algo que o fadista João Braga partilhou nas redes sociais.

27.2.17

que todas as pessoas tenham alguém assim na vida

Que todas as pessoas tenham alguém na vida que olhe para si do mesmo modo que Ryan Gosling olhou para Emma Stone enquanto a actriz lhe dedicava algumas palavras no discurso após a conquista do Oscar para Melhor Actriz.

ela merecia ganhar (mas não ganhou)

Na gala dos Screen Actors Guild Awards fiquei rendido à elegância de Taraji P. Henson. E a actriz, de 46 anos, voltou a repetir a "gracinha" sendo aquela que mais captou a minha atenção na cerimónia de entrega dos Óscares. Taraji não conquistou nenhuma estatueta dourada mas merecia a de mulher mais elegante da cerimónia com o seu vestido Alberta Ferretti.


Por sua vez Jeff Bridges, aqui ao lado da mulher, Susan Geston, mostra que o estilo não escolhe idades. Mostra também que não é a roupa que faz as pessoas mas mas são as pessoas que fazem a roupa. O homem que mais se destaca.


Emma Stone, uma das grandes vencedoras da noite, já entrou naquela categoria de mulheres a quem tudo fica bem. Não é fácil entrar neste pequeno círculo mas a actriz, de 28 anos, já conquistou esse mérito. E o vestido Givenchy haute couture assenta-lhe muito bem.


Casey Affleck foi outro dos vencedores da noite. Mal amado por muitos, o irmão de Ben Affleck levou para casa um dos prémios mais desejados e apareceu na cerimónia muito bem vestido (Louis Vuitton).


Por fim existem aqueles casais que por norma não desiludem no que à roupa diz respeito. E isto aplica-se a Justin Timberlake e à mulher Jessica Biel, aqui com um vestido KaufmanFranco.

lembram-se dele?

Não faço parte do grupo de pessoas que ficam acordadas para ver, em directo, a cerimónia de entrega dos Óscares. Contento-me em acordar e ler uma notícia com os principais vencedores. A vantagem desta opção é que posso dormir mais tempo. A desvantagem é que perco momentos (raros) como aquele em que foi atribuído o Oscar de melhor filme à longa-metragem errada.

Além de não ter visto a cerimónia, não vi os filmes a concurso. Por isso não posso falar de justiça ou injustiça mas já temia, pelo que fui lendo, que o badalado La La Land ia acabar por morrer na praia, levando para casa muitas estatuetas mas aquelas de quem ninguém se recorda no futuro (excepção feita ao prémio de Emma Stone).

Apesar de não ter nada a ver com a cerimónia, aposto que Steve Harvey foi das pessoas que mais se riu ontem. Quem? Aquele homem que deu o título de Miss Universo à candidata errada, levando a vencedora errada às lágrimas. Steve foi massacrado nas redes sociais pelo seu lapso. Já por cá, é a TVI que anda a oferecer dinheiro a pessoas que não estão inscritas em concursos, algo que também foi muito badalado.

Aposto que tanto Steve Harvey como a pessoa que cometeu o lapso com o prémio monetário da TVI se fartaram de rir com o momento caricato ocorrido ontem durante a entrega da estatueta dourada para o melhor filme.

24.2.17

para as pessoas que se queixam do ananás na pizza...

o que as mulheres mais invejam nas outras?

Hoje ouvi, na rádio M80, que 35% dos homens invejam o carro dos amigos. É esta a percentagem de homens que sente inveja em relação à viatura do amigo. No questionário habitual da rádio, diversas pessoas responderam coisas como “cabelo”, “barba”, “abdominal definido” e até “mulher”. E no caso das mulheres? O que é que elas invejam mais nas amigas ou nas outras mulheres?

um daqueles posts que merecem um coração no título

No que à música diz respeito é bastante complicado eleger uma banda como sendo a minha preferida. Se o tiver que fazer, provavelmente escolho os Jamiroquai como sendo a minha banda de eleição. E a escolha tem por base uma paixão que se arrasta há muitos anos e que além da música se estende a Jay Kay, à sua voz e à forma maravilhosa como consegue dançar.

Sendo fã dos Jamiroquai, estou contente com a chegada de Automaton, o oitavo álbum de estúdio da banda. E já estou apaixonado por Cloud 9, o single de apresentação do trabalho. E também pelo vídeo, rodado em Almeria, em Espanha e que representa uma homenagem ao vídeo de Cosmic Girl - um dos grandes sucessos dos Jamiroquai - tendo sido inspirado em Tarantino.

Isto já era mais do que suficiente para que o post fosse digno de um coração no título. Mas, quando ainda existe um Ferrari e a elegante e sensual Monica Cruz a co-protagonizar o vídeo, não restam dúvidas de que é mesmo merecedor de um coração. Só resta mesmo partilhar o vídeo. Aviso que a música é viciante.



"Only a fool could walk
Away from me this time
I look up to heaven
Every star I see is mine
Only a fool could walk
Away from me this time
I'm walking on air and every cloud
Is Cloud 9"

a polémica das mulheres sem cuecas

Uma discoteca de Barcelona decidiu levar a cabo uma campanha peculiar. Ao longo dos sábados deste mês as clientes “sem marido” que se deslocassem ao espaço recebiam bilhete de entrada, uma bebida e cem euros em dinheiro. Para isto só era necessário uma coisa: entrar na discoteca sem cuecas. E isto foi suficiente para que a polémica se instalasse.

Não sei como era feita a prova da ausência de roupa interior. Sei apenas que no espaço existia ainda strip masculino. Nem sei como é o funcionamento da discoteca. Mas multiplicaram-se os comentários a dizer que é uma campanha machista e obscena. Há também quem defenda que as mulheres não são mercadoria. E, muito sinceramente, não percebo esta polémica.

Se a campanha é absurda? Provavelmente! Mas nenhuma mulher é obrigada a aceitar a mesma. É uma escolha. Só recebem os cem euros as mulheres que aceitaram as regras do espaço. Aquelas que não quiserem, podem divertir-se noutro espaço de diversão nocturna. É por esta perspectiva que acho que a polémica é um pouco exagerada. É dar importância e fazer publicidade a um espaço que provavelmente poucas pessoas conhecem.

Ficava indignado se fosse uma medida obrigatória para todas as mulheres. “A partir de hoje todas as mulheres residentes em Barcelona são obrigadas a andar sem roupa interior. Quem não cumprir esta medida terá de pagar uma coima de cem euros”. Isto seria chocante. Isto merecia destaque em todo o mundo. Isto merecia todos os protestos.

De resto, é apenas mais uma discoteca. No meio de tantas outras com “jogos” e “desafios” dos quais só faz parte quem quer. Ninguém é obrigado a nada. É uma opção. Pegando na palavra mercadoria, nestes casos só é tratado desta forma quem quer. E isso leva a outra discussão que envolve valores morais e o preço a que os mesmos são comercializados.

23.2.17

bauer don't lie

Há muito que sou fã de Kiefer Sutherland. Que para mim será sempre o eterno Jack Bauer de 24, uma das minhas séries de televisão preferidas de todo o tempo. E gosto deste actor porque faz parte do leque daqueles que gosto de ver em todos os registos que vão do herói ao vilão e do agente que salva um país até ao presidente desse mesmo país, neste caso os Estados Unidos da América.

Já tinha referido que estou rendido à Netflix. Muito por culpa de Narcos mas a verdade é que daí já naveguei até Homeland e para um vasto leque de filmes. Há muito que me fartei de conteúdos que não me dão o controlo que gosto de ter quando se trata de séries e de filmes. E por isso foi fácil ficar rendido a um serviço que me permite, por exemplo, rever e devorar em pouco tempo todos os filmes de Indiana Jones.

E foi a navegar na Netflix que me deparei com a sugestão de Designated Survivor, um exclusivo deste serviço que tem “Jack Bauer” como protagonista. Nesta trama, o actor dá vida a um Secretário de Estado que se vê no papel de Presidente norte-americano após um ataque. A verdade é que dou por mim a olhar para Kiefer Sutherland como o homem que vai resolver a situação. Mas, por outro lado, vai muito bem no papel de político. E isto basta para que já tenha ficado rendido a mais uma série.



ninguém gosta do patrão (nem dos colegas)

Por melhor que seja a empresa será sempre impossível agradar a todas as pessoas. E por melhor que seja a empresa vão sempre existir ovelhas negras no rebanho. Infelizmente é verdade. Infelizmente existem sempre pessoas que são movidas por valores pouco dignos. Pessoas que até estão dispostas a vender a mãe e o pai para alcançar determinado objectivo.

E estas pessoas acabam por fazer parte das conversas de outras pessoas. É raro o momento em que não estou num qualquer espaço como um restaurante e em que não ouço alguém dizer – isto quando é praticamente impossível não ouvir as conversas – algo relacionado com o tema. Como por exemplo ouvi ontem. “Vão saindo os melhores e só ficam os piores”, lamentava uma pessoa. Entre outras frases mais ou menos comuns quando este é o tema.

Aquela frase soa a cliché. É mais ou menos a mesma coisa do que ouvir um pai dizer que ser pai é a melhor coisa do mundo e que tudo muda. É igualmente um cliché mas que é uma verdade comprovada por todos os pais. E a vida profissional é muitas vezes marcada pelo cliché que ouvi ontem. E que, na maioria dos casos, faz muito sentido.

E digo que faz muito sentido porque outro cliché diz que mais vale cair em graça do que ser engraçado. E isto é algo que se aplica cada vez mais. E quanto mais saturado ficar o mercado de trabalho, maior será o destaque dado aqueles que pouco ou nada fazem no trabalho mas que são excelentes na arte de cair em graça.

22.2.17

e depois admiram-se...

Deparei-me com a lista das 25 passwords mais populares do ano passado. Recuso-me a acreditar naquela que ocupa o primeiro lugar da lista. Só concebo (e mesmo assim custa-me a acreditar) que seja utilizada a nível profissional e num computador utilizado por diversas pessoas. É a única opção que me passa pela cabeça. Se assim não for, as pessoas não podem ficar admiradas pela facilidade com que alguém acede aos seus computadores.


Se der um desconto aquela que está no terceiro lugar, os restantes lugares do top 10 são aquelas que todas as pessoas experimentam quando tentam entrar em algo que não é seu. Por outro lado, existem algumas que considero passwords em condições e que conseguem ser populares no mundo inteiro, o que não deixa de ter a sua piada.

21.2.17

só para pessoas que estão acordadas às três da manhã


Confere?

quantas vezes fazes sexo?

Quando o tema é sexo, todas as pessoas gostam de dizer que fazem muito. Se a conversa for entre amigos, todos são reis do sexo. Todos fazem sexo mais vezes do que qualquer das outras pessoas. Não importa se é verdade ou mentira, aquilo que interessa é ser o maior no que ao sexo diz respeito.

Por outro lado, quando as pessoas começam realmente a fazer contas ao número de relações sexuais, percebem que fazem menos do que aquilo que julgam. E muitooo menos do que aquilo que apregoam. Esta é a ideia que tenho. E creio que não andará muito longe da realidade. De acordo com um estudo recente, algumas pessoas dizem ter relações entre uma e quatro vezes por semana enquanto 3% dos inquiridos (britânicos) dizem que fazem sexo todos os dias.

Para quem gosta de números e de estudos, e tendo por base o que foi realizado e acreditando que as pessoas são sinceras naquilo que dizem, as pessoas têm 5778 relações sexuais durante a vida [população sexualmente activa entre os 16 e os 60 anos]. Ao todo são 2808 horas a ter relações sexuais, o que corresponder a 0,45% do tempo médio de vida.

quem se lembra disto?

Não sei explicar o motivo. Mas hoje dei por mim a tentar descobrir se o hi5 ainda existia. “O hi quê?”, podem perguntar as pessoas que sempre viveram com o Facebook. Começo por dizer que rapidamente percebi que o hi5 ainda existe. E para quem não sabe do que se trata, basta dizer que é uma rede social bastante popular antes de o Facebook se tornar famoso.

Depois de descobrir que esta rede social, extinta para muitos, ainda existia, dei por mim a tentar adivinhar o email com o qual estava registado na mesma. Se fosse o Jogo do Ganso (quem se recorda?) facilmente ouviria “prova superada”. Recordando o email, rapidamente acertei na password do mesmo. E em segundos estava a navegar numa rede social que ainda sobrevive.

Dentro do meu perfil decidi espreitar as fotos que tinha naquela rede social. E eis que o hi5 – quem me mandou meter com este monstro adormecido – fez questão de me recordar como era a vida em 2006, levando-me até este tesourinho que está guardado nesta rede social e provavelmente num computador antigo que tenho em casa.


Por outro lado, dei por mim no perfil da minha mulher. E se primeiro dei por mim a rir com o tesourinho do meu passado, acabei por constatar que o amor foi mesmo muito generoso comigo. Obrigado ao Cupido. Irei estar eternamente agradecido por teres ouvido os meus desejos. Obrigado!

é o mesmo do que roubar gelo aos esquimós

Quando leio uma notícia a dar conta de que piratas informáticos roubaram fotos íntimas a Emily Ratajkowski fico com a ideia de que é a mesma coisa do que ler uma notícia a dar conta de que ladrões roubaram gelo a um grupo de esquimós. Brincando com a situação, porque um ataque informático é sempre grave, não imagino o tipo de intimidade que pode ser roubado pelos piratas informáticos. Pelo menos no que diz respeito a Emily Ratajkowski.

ele merecia algo assim. obrigado

Desde a morte de David Bowie que se têm multiplicado as homenagens em forma de música. E tudo aquilo que tem sido feito, e que venha a ser feito, não fez nem fará justiça ao talento de um dos maiores artistas de sempre e de alguém que deixará uma marca eterna no panorama musical mundial.

Fiquei bastante curioso quando soube que David Fonseca estava a preparar um tributo a David Bowie. Sou fã do seu talento e todos os projectos a que se entrega são bem feitos. Existe qualidade em tudo aquilo que faz. Neste caso a expectativa era ainda maior porque o cantor português estava prestes a invadir uma espécie de solo sagrado da música mundial.

Nas redes sociais comecei a observar algumas críticas a Bowie70 e todas diziam maravilhas das músicas que são cantadas, entre outros, por Tiago Bettencourt, Manuela Azevedo, Camané, Ana Moura e o próprio David Fonseca. Ontem fui ouvir o álbum no Spotify e não tive outra opção que não fosse passar o dia a ouvir as músicas. Fiquei siderado com tanta qualidade.

Como disse, muito tem sido feito mas, enquanto português, muito me orgulha que uma das melhores homenagens feitas a David Bowie seja feita em Portugal e por portugueses. Por cá ainda existe o hábito de achar que aquilo que vem de fora é que é bom. Aceitamos tudo e só questionamos a qualidade daquilo que é nosso. Daquilo que é feito pelos nossos. Parece que têm sempre de provar o seu valor a dobrar.

Talvez exista, duvido, quem ache que Bowie70 não tem qualidade. Irei continuar a defender que é uma das melhores homenagens que foram feitas a David Bowie. Manuela Azevedo a cantar Modern love é algo orgásmico. Tal como Camané a dar voz a Space oddity ou mesmo Márcia em This is not America e Ana Moura em The man who sold the world. Resumindo, é do melhor que foi feito na música portuguesa ao longo dos últimos anos. Parabéns ao David Fonseca e a todos os que deram vida e voz a Bowie70.

20.2.17

a crítica mais absurda de todas

Uma das profissões do momento passa por ser crítico. Na realidade poucos fazem vida disto. Poucos têm qualidade para ser um verdadeiro crítico. Mas isto não impede que muitos sonhem ser críticos. E que sigam aqueles exemplos que chegam de fora e que se destacam por pessoas que falam mal. Isto faz com que muitas pessoas pensem que ser crítico é a mesma coisa do que falar mal.

É por isso que muitas pessoas falam mal de tudo e de todos. “Que estás a fazer? Estou a ser crítico!”. Confesso que acho especial piada a um tipo de crítica específico. Refiro-me ao “eu fazia melhor”. Existem pessoas que vão a restaurante e quando partilham uma crítica dizem algo como “Este é que é o principal prato? Eu faço melhor”, escrevem. Sendo que na realidade não fazem nada que vá além de falar mal. Até porque falar mal é cool. Principalmente quando muitas pessoas falam bem.

Isto do “eu faço melhor” é a crítica mais absurda de todas. Pelo simples facto de que estas palavras são, em 99% dos casos, proferidas por quem nada faz. São pessoas que apenas criticam. E que entendem que uma boa crítica passa por serem melhores do que todos aqueles que criticam e por fazerem tudo melhor do que os outros.

Outro aspecto que acho bastante divertido e que acontece com frequência nas críticas a restaurantes e bares. É algo que passa por falar mal de tudo. A experiência gastronómica foi a pior de sempre. Era tudo mau. Não há sítio pior do que aquele que frequentaram. Mas... na altura de escolher uma pontuação para o espaço escolhem, por exemplo, 3 ou 4 numa escala de 0 a 5. Algo que não faz sentido.

Ser crítico está na moda. Falar mal está na moda. E até aqui tudo bem. Mas todos ficam a ganhar quando as pessoas sabem o que dizem. Quando têm fundamento para aquilo que estão a querer demonstrar com palavras. E, não sendo menos importante, quando têm conhecimento sobre a área em questão.

só para homens solitários

O mercado asiático é pródigo em produtos que nos deixam a pensar no motivo pelo qual alguma vez foram imaginados por alguém. Quando esse momento é ultrapassado, pensamos no motivo pelo qual alguém achou que era bom transformar aquela ideia num negócio. O que é certo que é os produtos ganham vida, mesmo que muitas pessoas só pensem neles como uma oferta de brincadeira.

Um desses produtos é a Leg Pillow, uma almofada que se assemelha às pernas de uma mulher. Diz que este artigo, que se encontra à venda no eBay por menos de 20 euros, é destinado a homens solitários que desejam um colinho feminino. Se algum homem olhar para isto com este objectivo, irá continuar a não ter um verdadeiro colo feminino para encostar a cabeça. Isto digo eu que não percebo qual a utilidade disto.

18.2.17

we are hollywood

Fiquei fã da Hawkers assim que me deparei com a publicidade, frequente nas redes sociais, da marca. Quando descobri o conceito da mesma – pretender “acabar” com a ideia de que é necessário gastar muito dinheiro para ter uns bons óculos – fiquei ainda mais agradado. E pouco tempo depois encomendava os meus primeiros Hawkers.

Correu tudo bem. Os óculos estavam perfeitos e demoraram poucos dias a chegar, sendo que foi possível acompanhar a encomenda ao pormenor. E só paguei quando os recebi. Neste momento a paixão já tinha dado lugar a amor. Pouco tempo depois foi a minha mulher que ficou encomendou uns. E o meu grupo de amigos também ficou rendido ao conceito, ao design e ao preço.

Uma das coisas boas da Hawkers é que está constantemente em promoção. Por isso aproveitei a oferta promocional do Dia dos Namorados e comprei dois óculos, pagando apenas um. Aproveitei também para experimentar o modelo Warwick. E mais uma vez não fiquei desiludido. Daí ser uma marca que recomendo a todas as pessoas que me colocam questões sobre os óculos.



Para os interessados, a marca está a fazer desconto de 20%, e quando não está é bastante fácil encontrar códigos promocionais na internet. Encomendas superiores a 50 euros têm a oferta dos portes de envio (cinco euros).

17.2.17

as mamas delas dão lugar às do enrique

Infelizmente, as mamas das mulheres são censuradas em muitas redes sociais – ainda recentemente fiquei com a página de facebook do blogue bloqueada após ter partilhado uma imagem de Kate Moss numa revista – e nem quando se trata de ensinar como fazer um auto-exame mamário que serve de prevenção para o cancro da mama.

Da Argentina chega o exemplo de como contornar a censura ao mesmo tempo que se ensina algo que todas as mulheres deveriam saber fazer. Como não podem ser usadas as mamas de uma mulher, foram utilizadas as do Enrique. Criatividade, pedagogia, informação importante e uma pequena lição para algumas redes sociais.

mulheres, cheguem-se à frente. isto faz sentido?

quem lida melhor com o final das relações: elas ou eles?

O final de uma relação é um tema que tem sempre algum dramatismo associado. Há quem lide bem com o final de uma relação. E há quem lide mal. Muito mal. Sendo que não existe uma fórmula matemática que ajude a comprovar que elas ou eles são quem melhor lida com o final de uma relação. Dependerá sempre de cada pessoa, de cada caso, de cada relação.

Mas existem comportamentos e atitudes que facilmente são associados às mulheres ou aos homens. A começar pelo mais absurdo, aquele que pode ser resumido pelas palavras: “não és minha, não és de mais ninguém”. Este nível de loucura é mais associado aos homens. Até porque a maioria das notícias relacionadas com ataques após o final de uma relação têm os homens como autores dos mesmos.

Existe outro comportamento que pode ser visto como virtual. E que passa por recorrer às redes sociais para passar a imagem de que tudo está bem, que a vida continua maravilhosa, e que mal de quem abdicou de determinada pessoa. E neste caso, o comportamento pode ser associado mais às mulheres. E pegando em casos famosos, facilmente se encontram exemplos de mulheres que começam a partilhar fotografias mais “ousadas” nas redes sociais quando terminam os relacionamentos.

Existe ainda a atitude do “faz de conta que não me importo com isto” que está mais ligado aos homens. Muitas vezes existe a postura do “não me importo com o final da relação” que não passa de um género de escudo, uma defesa que se usa para abordar o assunto. Quando na realidade o homem está devastado com o que aconteceu. Simplesmente não fala sobre isso e deixa a dor para os momentos em que está a sós.

Misturando tudo isto e acrescentando a postura junto de amigos, provavelmente existirá a ideia de que os homens lidam muito melhor com o final de uma relação. Existe a ideia de que rapidamente partem para outra enquanto as mulheres lidam pior com o assunto e ficam com mais marcas quando uma relação termina. Esta será a ideia geral. Mas não passa disso mesmo. E não é uma verdade absoluta e inquestionável.

16.2.17

coisas básicas que devemos saber











eles estão de volta e melhores do que nunca

Este é um daqueles casos de amor à primeira vista. Desde que me cruzei com as minifuras da Lego que não paro de comprar e coleccionar as mesmas. Nos grandes superfícies comerciais dou por mim na zona dos brinquedos à procura das pequenas embalagens que trazem uma minifigura.

E foi assim que descobri a mais recente colecção alusiva a Batman: o Filme, a nova longa-metragem de animação com a chancela desta marca. Sendo que existe uma grande novidade pois desta vez existem 20 personagens (costumam ser apenas 16). Esta é provavelmente a colecção de que mais gosto até ao momento porque atravessa o universo Batman, algo que aprecio bastante. Por exemplo, não vou descansar enquanto não tiver o Batman de robe e aquele que tem a boia.

A única “desvantagem” destas colecções é que rapidamente desaparecem das prateleiras. No sítio onde costumo comprar já voaram todas. Por isso, e para quem gosta destas minifiguras, desejo boa sorte a encontrar os bonecos que encantam miúdos e graúdos.


15.2.17

agora é só dar asas à imaginação


Esta fotografia, onde se destacam Ivanka Trump e Justin Trudeau, tem tudo para ser apenas mais uma fotografia. Uma pessoa fala. A outra observa atentamente quem fala. E nada mais do que isso. Mas as fotos que assinalam este momento estão a dar que falar, principalmente nas redes sociais. Isto porque as pessoas estão a deixar a imaginação ganhar vida própria e a imaginar uma mulher loucamente apaixonada por um homem.

Há quem defenda mesmo que todas as pessoas deveriam ter alguém que olhe para si do mesmo modo que Ivanka Trump olha para Justin Trudeau. E esta é a mensagem que a imagem parece passar. A filha de Donald Trump parece uma adolescente que admira o ídolo com quem mantém uma paixão platónica há muito.

Na realidade não será nada disto. Será apenas o momento em que a fotografia é feita. E é apenas mais um exemplo do poder que uma fotografia tem. As leituras que permite. As certezas que se têm a olhar para algo que acaba por permitir dezenas de leituras diferentes.

namorar é ter unhas grandes

Há quem ache piroso ou lamechas. Não é o meu caso. Gosto de celebrar o Dia dos Namorados, algo que tento fazer ao longo de todo o ano. E todas as desculpas são boas para ir jantar fora com a minha mulher. Além disso, não escondo que gosto de ver os restaurantes decorados a preceito, a puxar ao romantismo de cada um.

E este ano escolhemos ir aquele que foi o primeiro jantar dedicado, ao Dia de São Valentim, organizado pela Mundet Factory, o novo espaço situado na zona ribeirinha do Seixal e que está inserido nos antigos refeitórios daquela que foi a maior exportadora mundial de cortiça. Já conheço o espaço e já tinha ficado rendido ao menu. Que aqui partilho e que merece o rótulo de orgasmo gastronómico.

Aranchini de cogumelos e farinheira, chutney de pera

Vieira e camarão com creme de coco e ar de lemongrass

Lombinho de porco, puré de cenoura, frutos de Inverno macerados, espargos e empada de caça

Aspic de espumante e amor perfeito, gomas de gengibre e esponja de framboesas

Foi ainda servido um St. Germain cocktail como welcome drink e um moscatel roxo no final da refeição. O espaço tinha decoração alusiva à data e durante o jantar existiu uma actuação musical que deu ainda mais vida à sala. Existe ainda um detalhe a que achei especial piada. Todas as mesas tinham um coração em papel que tinha escrito “Namorar é...”. Levantando o coração existia uma frase, da autoria de uma criança. No nosso caso “namorar é ter unhas grandes”, disse a Luana, de apenas quatro anos. Uma experiência a repetir e mais um excelente exemplo de que afinal existe muita qualidade numa zona a que ousaram chamar deserto.

vendem roupa? e gin tónico?

Ontem aproveitei a hora de almoço para ir a três lojas de roupa. Em duas delas a música estava ao nível, refiro-me ao volume, daquilo que é possível ouvir numa qualquer discoteca. O que fez que me sentisse tentado a ir à caixa pedir um gin tónico acreditando estar presente uma mistura de conceitos: venda de roupa e diversão nocturna associada a um centro comercial.

Trabalhei em duas lojas de roupa e em nenhuma delas testemunhei este fenómeno. Recordo-me que era impossível mexer no ar condicionado que tinha duas temperaturas estipuladas: uma para o Verão e outra para o Inverno. Mas a música nunca estava muito alta nem existia uma lista pré-definida de artistas que se pudessem ouvir. Mas a música não era insuportável, algo que testemunhei ontem em duas ocasiões.

Acredito que exista uma explicação – ainda que não a consiga compreender – para este fenómeno. Porque tudo é pensado ao detalhe neste negócio. Enquanto cliente, não aprecio lojas que fazem com que me sinta desconfortável. E só entro na mesma caso pretenda algo específico. Se assim não for, não me sinto tentado a descobrir uma colecção enquanto a música toca a um nível insuportável.

14.2.17

má (e errada) fama

Recordo-me da altura em que o Lidl chegou a Portugal. Naquela época rapidamente ganhou fama de espaço comercial que vende produtos baratos mas sem qualidade e quase sempre de marcas manhosas. Esta era a ideia que ia passando de boca em boca. E que ainda hoje está vincada em muitas pessoas. Que ainda acreditam que no Lidl não existe nada bom. É barato mas não tem qualidade.

E este é apenas um exemplo de que as pessoas associam o baixo preço à ausência de qualidade. Algo que não faz qualquer sentido. Recordo-me de ter partilhado este texto que dava conta de que o melhor creme hidratante do mercado custa menos de três euros e está à venda no Lidl. Foi dos mais lidos nos últimos tempos no blogue. E esta notícia foi também das mais lidas em diversos sites, com muitas pessoas a ficarem espantadas com o resultado.

Agora surge a notícia de que nove produtos, de marcas exclusivas Lidl, foram destacados pelo sabor, aspecto, odor e textura, sendo destacada a qualidade dos mesmos. E tal como aconteceu com o creme, a distinção resulta de provas cegas em que se desconhece a marca do produto em questão. Infelizmente só com acontecimentos destes é que muitas pessoas percebem que a qualidade não se mede pelo preço. Por exemplo, no caso dos cremes, os mais caros foram dos que ficaram mal classificados. Que as pessoas comecem a perceber que a qualidade não vive presa a um preço elevado. E que pagar muito não garante qualidade. Tal como pagar pouco não significa que seja inexistente.

Já agora, os produtos distinguidos são os seguintes: broa de milho, pastel de nata, croissant de manteiga, Ocean Sea mariscada, Milbona iogurte grego de morango, Chef Select lasanha bolonhesa, Bellarom café em cápsulas ristretto, Bellarom bebida de chicória com café e Goody Cao bebida solúvel de cacau.

aquilo que todos os apaixonados devem oferecer hoje

Diz que hoje é uma das datas mais românticas do ano. Diz que hoje os apaixonados celebram o amor. E para assinalar o Dia de São Valentim existem pessoas que trocam presentes, que vão jantar fora e que fazem muitos outros planos. De acordo com um estudo os homens gastam, em média, 150 euros no presente para elas enquanto elas gastam, em média, metade do valor.

Acho muito bem que os casais festejem este dia. Independentemente de se deixarem levar pelo aspecto comercial da data, algo que se aplica a muitos outros dias. Só que muitos casais festejam hoje aquilo que se esquecem de festejar ao longo do ano. Hoje têm tempo para o amor, algo que nos outros dias fica para segundo plano.

Por isso, defendo que os casais devem oferecer amor neste dia. Devem trocar afectos. Palavras bonitas. Mostrar o quanto amam à pessoa com quem partilham vida. Porque é disto que o amor vive. É isto que alimenta uma relação. Não são os presentes, as flores e as caixas de bombons que alimentam o amor. Tudo isto é como uma joia bonita que adorna a beleza de uma mulher mas que não define a mesma.

O aspecto mais comercial deste dia deve ser um adorno da relação. Não deve definir a relação. Gosto tanto de ti que comprei um presente caro. Ou gosto tanto de ti que fui comprar bombons e flores. Tenham esse gesto mas acompanhado de palavras. Já que hoje é o dia do amor, digam à pessoa com quem estão os motivos pelos quais a amam, aquilo que representam para si. Este será o melhor presente que qualquer pessoa apaixonada gostará de receber.

13.2.17

coisas que as pessoas não percebem nas filas em geral

Existem alguns comportamentos, que as pessoas costumam ter nas filas em geral, que por mais que tente não consigo compreender. Começo por um dos mais irritantes. Pessoas que se colam a nós nas filas. Pessoas que nos respiram para o pescoço e que revelam vontade de estar às nossas cavalitas. Pessoas que nos batem com as malas, carrinhos e cestos de compras ou mesmo com os braços ou pernas. Qual a vantagem disto? Fica a questão...

Outro comportamento irritante, este específico dos supermercados. Pessoas que colam as suas compras às nossas. Mas se recorrer ao objecto que apenas essa missão. Colam as compras e ficam à espera que o(a) funcionário(a) da caixa consiga, como por magia, adivinhar onde acabam as compras de um cliente e começam as do outro. Pessoas que conseguem ainda ficar irritadas quando o cliente da frente faz questão de separar as compras. Qual a vantagem disto? Fica a questão...

Fica apenas mais um exemplo, também bastante comum nas filas dos supermercados. Por norma é algo que é feito pelas pessoas que adoptam o comportamento explicado no parágrafo anterior. São aquelas pessoas que, além de colarem as compras, colam-se ao aparelho onde o cliente da frente irá efectuar o pagamento. Ainda não efectuamos o pagamento e a pessoa já está colada ao aparelho, ao estilo do fiel guardião do pobre aparelho. Chega a ser necessário pedir à pessoa para se desviar ou questionar se tem interesse em pagar as nossas compras. Qual a vantagem disto? Fica a questão...

Era bom que estes comportamentos fossem ocasionais. Estivessem em vias de extinção. Infelizmente são cada vez mais comuns. Multiplicam-se a uma velocidade alucinante. E, por mais que tente, não consigo descobrir uma única vantagem neste tipo de acções.

9.2.17

o palhaço que há em mim

Conheço poucas pessoas que sejam tão divertidas como sou. E isto pode soar à maior cagança do mundo. Mas não é! Pelo simples facto de que poucas pessoas conhecem esta faceta que tenho. Porque sendo bastante divertido, acabo por escolher muito bem as pessoas a quem ofereço este meu lado mais brincalhão.

E se excluir da equação a minha mulher e a minha família, poucas pessoas conhecem este lado de que gosto muito. E recordo-me disto neste momento porque as quintas-feiras correspondem ao dia em que solto o palhaço que há em mim. É neste dia que junto à mesa alguns dos poucos (e bons) amigos que tenho. E durante o almoço solta-se o palhaço que existe em cada um de nós.

Se me perguntarem qual a melhor terapia para os problemas da vida, sugiro um almoço semanal com as pessoas de quem mais gostam. Com os amigos que o são na verdadeira acepção da palavra. E poderá haver quem não acredite nisto mas estes almoços/reuniões são o equilíbrio da balança da vida. Já disse isso às pessoas que têm lugar na mesa e percebi que pensam do mesmo modo.

Durante aquele momento somos livres. No sentido em que nos libertamos de todos os problemas que nos apoquentem e ocupam a cabeça. Ali só existem gargalhadas. Todos os problemas são transformados numa gargalhada sem qualquer sentido. Tudo é perfeito. É por isto que não abdico do meu almoço semanal. Da companhia dos meus amigos. E quem abdica disto não sabe o mal que faz.

jornalismo? as pessoas querem é publicidade

“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”. Esta frase, da autoria de George Orwell, irá definir sempre o jornalismo. Porque o jornalismo é mesmo isto. E o que vai além disto é publicidade. O que não implica que não seja notícia. Muitas pessoas ficam indignadas quando um jornalista está associado aquilo que consideram publicidade mas ela está presente em tudo no jornalismo.

Se entrevisto um actor com base num projecto novo, estou a publicitar esse projecto. Se entrevisto um escritor com base no seu novo livro, estou a publicitar essa obra. E poderia dar muitos outros exemplos dentro do mesmo registo. O caso muda de figura se por acaso alguém escrever que o tal actor é execrável quando está no set de filmagens. Ou se alguém escrever que o livro é um plágio de uma outra obra. Estes dois exemplos servem para ilustrar notícias que vão além da publicidade e que as pessoas não querem que se publiquem.

Depois existe outro fenómeno local. Em Portugal muitas pessoas “conhecidas” acreditam que são conhecidas em todo o mundo. Que são estrelas no mundo inteiro. Quando na realidade em Badajoz já ninguém sabe quem são e não têm nenhuma das mordomias que têm em Portugal onde são vistos como reis e rainhas de um pequeno povo que come tudo o que lhes é colocado à frente. E estas pessoas sabem que conseguem, com bastante facilidade, manipular a opinião do público. Que infelizmente ainda é muito inculto nesta realidade.

Por exemplo, os jornalistas norte-americanos que têm feito frente a Donald Trump são vistos como um exemplo. São vistos como rostos daquilo que o jornalismo deveria ser em todo o mundo. Os vídeos destes momentos de confrontação são partilhados nas redes sociais e todos aplaudem os jornalistas. Mas em Portugal nada disso acontece. As pessoas esperam que os jornalistas portugueses também confrontem Trump mas não aceitam que confrontem, quando é caso disso, uma figura pública – seja de que área for – nacional.

Quando um jornalista português ousa saltar a barreira da publicidade para publicar uma verdade que incomoda é logo visto como mentiroso, invejoso e como alguém que só deseja o mal dos outros. E estes rótulos fazem logo com que as pessoas olhem para os jornalistas como maldosos e invejosos. As pessoas nem tentam perceber se determinada notícia é verdadeira ou falsa. Assumem logo que é falsa. E pelo simples motivo de que a figura pública consegue manipular a opinião da maioria das pessoas. E isto acontece em todas as áreas nacionais.

E é por isto que as pessoas olham para os jornalistas da CMTV, do Correio da Manhã, alguns da TVI e todos aqueles que fazem parte da maldita “Imprensa cor-de-rosa” como gente de merda. Como uma cambada de falsos e invejosos que só querem mal aos outros. Escrever verdades que doem a alguém não passa de uma grande maldade. Mas se for sobre Trump e outros que tais os jornalistas portugueses voltam a ser os maiores.

As pessoas em Portugal não querem jornalismo. Querem publicidade. Só aceitam jornalismo, principalmente aqueles que são motivo de uma notícia menos feliz, quando se trata de figuras que estão a milhares de quilómetros de distância e que nem sabem que existimos. E enquanto as pessoas não perceberem isto vão continuar a olhar para os jornalistas de forma errada. Vão continuar a achar que tudo aquilo que é escrito é mentira e que as figuras públicas portuguesas, de todas as áreas, são vítimas de uma cambada de gente maldosa.

8.2.17

não é real mas parece

O amor vive muito do seu lado químico. Da relação das duas pessoas. E existem casais, que não o sendo, parecem realmente estar loucamente apaixonados. E estou a referir-me aos actores que são pagos para viver histórias de amor que acabam por apaixonar milhões de pessoas.

Existem grandes filmes, com relações que apaixonaram algumas pessoas, em que os protagonistas não podiam um com o outro. Mas como são bons profissionais, faziam o seu trabalho na perfeição entre as palavras acção e corta, momento em que se separavam novamente. Por outro lado também existem romances ficcionados que acabaram por se tornar reais.

Não sei se os exemplos que vou dar são de pessoas que são amigas ou simplesmente bons actores. Aquilo que sei é que têm mais química do que muitos casais supostamente apaixonados que por aí andam. São pessoas que dariam casais perfeitos. E são eles:

Emma Stone e Ryan Gosling.
Bradley Cooper e Jennifer Lawrence.
Matthew McConaughey e Kate Hudson.

Em comum estes casais têm a participação em diversos filmes. E se a escolha não passa apenas por um projecto revela que existe uma boa química entre estes pares. Sempre que vejo filmes em que estão juntos fico com a ideia de que poderia resultar na realidade. Ainda por cima quando os comparo com aqueles casais que conseguem estar sozinhos num restaurante sem trocar uma única palavra.

mais uma gorda na televisão

Quando a temática da imagem está associada às mulheres acaba sempre em polémica. Já perdi conta ao número de vezes em que se pede respeito (e protagonismo) para as mulheres reais. Sendo que a ideia generalizada de mulher real passa por todas as mulheres que não têm corpo de modelo. Por norma uma mulher magra não é real. É um conceito que não compreendo mas que existe.

Mas como estava a dizer, é pedido, exigido, protagonismo para as tais mulheres reais. “Queremos mulheres reais nas campanhas publicitárias”, pede-se. “Aquelas modelos magricelas não representam a mulher real”, diz-se. “Então e as gordinhas?”, pergunta-se. Isto tudo numa discussão sem fim. Num debate sempre polémico.

Até que as tais mulheres têm tempo de antena. E o que acontece? Na maioria do caso são crucificadas. São gozadas. São vítimas de bullying. As pessoas falam mal destas mulheres. Dizem que deveriam estar “escondidas”. Que não deveriam mostrar o corpo. E por aí fora. Algo que leva à discussão em torno da escravatura da imagem. E lança a confusão. Exigem-se mulheres reais. Por outro lado, gordurinhas é que não que isso é feio.

Lady Gaga foi um dos destaques extra-desportivos do último Super Bowl. Há tanto para dizer sobre a actuação da cantora. Sobre a mensagem política que passou. Mas nada disso importa. Porquê? Porque Lady Gaga está gorda. E ter uma gorda na televisão, num dos maiores eventos desportivos do mundo não pode ser. Isso é feio. Lady Gaga até pode ser uma mulher real. Mas está gorda.


Acho incrível que se diga que Lady Gaga está gorda apenas por causa do que se vê nesta imagem. Se já vi a cantora mais magra? Já! Se já a vi com mais peso? Também já! Se esta imagem faz dela uma pessoa gorda? Não! É apenas uma das tais mulheres reais que muitos exigem ver. Tal como era uma mulher real quando tinha menos peso ou quando tinha mais. Enquanto se perder tempo a chamar gorda(o) a quem tem uma figura física como a da cantora, nem vale a pena dedicar mais tempo à temática.

peço desculpa

Ainda não vi La La Land nem tenho uma selfie com o Marcelo. Peço desculpa.

7.2.17

o mundo da música é assim

o amor já não é o que era

Ainda sou do tempo (por mais que deteste começar uma frase assim) em que era incentivado a socializar com pessoas. E com raparigas caso passasse pelos meus planos ter uma namorada. Era incentivado a fazer parte de um mundo real. Que me era apresentado como sendo o melhor possível. E as minhas opções não eram muitas. Recuando muito no tempo, podia entregar um bilhete a uma rapariga de quem gostava. E, mais tarde, tinha de perder a timidez e meter conversa com alguém.

Tal como hoje também existia o medo da rejeição. Quem nunca pensou que não estava à altura da pessoa x, y ou z? Todos! Mas esse receio tinha de ser confirmado (ou desmentido) com base em algo real. As relações eram assim. E assim é que realmente faz sentido. Mas isto faz parte do passado. Hoje o amor é cada vez mais virtual. É cada vez mais com base numa qualquer aplicação. E, mais tarde, se houver tempo talvez seja algo real que vá muito além de alguns minutos de sexo.

É a aplicação que nos permite conhecer quem está por perto e pronto para sexo. Ou para amar. Mesmo que seja amor de curta duração. Depois é a aplicação que é uma alternativa a esta. Depois é aquela que é alternativa à alternativa. E ainda a alternativa da alternativa da alternativa. E por aí num efeito bola de neve. É a aplicação do amor. É a aplicação do sexo. É a aplicação onde o amor acontece mais rápido. É a aplicação onde o sexo é ainda mais fácil. Isto é o amor nos dias que correm.

Não escondo que tudo isto é óptimo para a barreira da timidez. Mas após a passagem por todos os filtros de todas as aplicações irá ser necessário um contacto físico. E a timidez terá de vencer aquilo que não precisa de combater numa aplicação e em mensagens que se trocam no mundo virtual. A não ser que o amor fique sempre nesse registo virtual, onde muitos são aquilo que nunca vão ser. Onde todos têm os corpos que afinal não têm. Onde falta quase tudo aquilo que faz falta ao amor.

Nada tenho contra as aplicações. Mas olho para elas como um complemento de algo. Como o actor secundário de um filme e nunca como a estrela maior de uma longa-metragem. Só em filmes daqueles de que ninguém gosta e de que ninguém se irá lembrar no futuro.

adoro vitórias morais

Devo ser a única pessoa em Portugal que não tem receio de dizer: “fiz merda!”. Ou, por outras palavras, devo ser a única pessoa neste País que não tem problemas em assumir que errou em determinado momento. Considero-me uma pessoa orgulhosa mas não deixo que o orgulho chegue a um ponto em que me tira a razão. E em que esconde coisas perfeitamente normais.

Por outro lado, não tenho qualquer medo de assumir que já errei. E muitas vezes. Na vida profissional, na vida pessoal e até na vida desportiva. São coisas que acontecem. E em nenhum desses momentos me contentei com vitórias morais, que estão tanto na moda. Nunca precisei de uma para camuflar uma falha. Nunca precisei de encontrar desculpas para falhar um golo de baliza aberta. Errei. Pedi desculpa. E segui a minha vida.

Neste momento acredito ser um caso raro. Porque Portugal está cheio de pessoas que não conhecem o fracasso. Pessoas que não erram. Que não fazem merda. Quer dizer, na realidade até fazem mas conseguem sempre ter mil desculpas para o que aconteceu. E os motivos são os mais diversos. Até se pode dizer que se trata de uma conspiração do universo. Aquilo que essas pessoas não fazem é assumir um erro. Porque errar e fracassar é coisa de fracos. E Portugal não é feito de fracos.

Não sei se essas pessoas acham que assumir um erro é coisa de fracos. Se acham que revelam uma fraqueza ao assumir um erro. Se têm receio da forma como vão ser olhados pelos outros. Ou se acham que atirar areia para os olhos de terceiros é tão simples que basta uma simples desculpa para camuflar um erro. Não sei mas tenho a certeza de que as vitórias morais são a nova peça de roupa que todos querem ter no armário.

o sofrimento de um pai que perde um filho

Quando o sofrimento de pais que perdem um filho é transformado num negócio de "milhões"... está tudo dito em relação a esse mesmo sofrimento. Ou se não estiver tudo dito, muitas questões ficam no ar.

coincidências da vida (mas com pensos)

Existem pessoas que são especialistas a abrir garrafas de vinho. Fazem dessa tarefa algo tão belo que parece patinagem artística. Eu não faço parte desse grupo. Daí que na penúltima vez que abri uma acabei com um dedo entalado no saca rolhas e com uma ferida. E se há coisa a que não acho especial piada é a feridas nos dedos. Pelo simples facto de que a simples tarefa de colocar um penso no dedo consegue ser algo irritante. Ou porque o penso é pequeno. Ou porque o outro maior fica mal colado. Ou por outro motivo qualquer. Se me tivesse cruzado com esta imagem mais cedo tinha aplicado um penso em condições. Obrigado ao MacGyver japonês (que é fã de pensos) pela dica.

6.2.17

verdade ou mito #103

Relações sexuais e meias. Uma dupla de que muitos não gostam. E um acessório do qual muitos não abdicam durante o sexo. Mas será que as meias têm alguma influência na vida sexual dos casais, especialmente das mulheres? Mulheres que não tiram as meias durante as relações sexuais tendem a ter mais orgasmos do que aquelas que não usam meias. Isto será verdade? Será que as meias têm influência na vida sexual das mulheres? Ou será mito? Porque uma coisa não está relacionada com a outra? Verdade ou mito?

é uma campanha publicitária. mas ao quê?

Estas fotos fazem parte de uma campanha publicitária. Só falta saber ao quê? Aceitam-se palpites.


a juventude nunca será um problema

Este fim-de-semana teve direito a um clássico no que ao futebol diz respeito. Porto e Sporting defrontaram-se no Dragão e os da casa ganharam. Confesso que não vi o jogo mas fiquei atento às supostas críticas que Jorge Jesus fez em relação a Palhinha, um jovem jogador que foi lançado no jogo. Esta atitude do treinador em questão não é nova. Aliás, o próprio disse que apostar na juventude é dar um passo atrás no imediato e que é algo que poderá dar frutos no futuro.

Este texto até podia ser sobre futebol. Mas não é! É sobre um modo de pensar ultrapassado. Tanto no futebol como na vida. Mas um modo de pensar que ainda está presente em muitas pessoas. E nas mais diferentes áreas. Qualquer pessoa jovem que entre num universo de pessoas mais velhas irá levar sempre com o rótulo de “inexperiente” e “verdinho”. Do qual só se conseguirá libertar após a superação de muitas provas. E com sorte.

Pois é necessária sorte para que s encontre alguém que pense de modo diferente daquele que é constantemente verbalizado por Jorge Jesus. Pessoalmente tive essa sorte. Na minha primeira revista deparei-me com chefes para quem a idade não era um problema. E que não tinham medo de me passar trabalhos iguais aqueles que qualquer jornalista fazia. Algo que hoje tento fazer, apesar de não ser da minha competência, com os estagiários com quem vou trabalhando.

E faço isto porque não considero que a juventude seja um problema. Tal como acho que não é garantia de inovação. Olho para a juventude como uma solução. Que só é descoberta com base na oportunidade. Se esta aposta irá originar erros? Claro que sim! Mas é com eles que se aprende e melhora. E com apoio nestes momentos. Algo que muitas pessoas esquecem, parecendo até que nunca foram jovens e que nunca necessitaram de uma oportunidade.

A diferença é que quando um “maduro” erra tudo é perdoado. São coisas que acontecem. E só quem tenta é que erra. Mas quando é um “verdinho” a errar, o mundo está perdido. O jovem não é culpado de uma simples falha mas de todo o mal do mundo. Tudo está mal feito por aquela pessoa. E aquilo que tem tudo para dar certo pode acabar por dar errado. A diferença pode estar em lidar profissionalmente (e até pessoalmente) com alguém que apoia ou com alguém que trava o crescimento.

o presente ideal para uma criança: uma arma

Tentando recuar até aos meus dez anos, imagino-me a receber presentes que deveriam andar por coisas ligadas ao futebol e ao universo Playmobil. E muitas outras coisas facilmente associadas a crianças daquela idade. Mas isto sou eu. Que nasci em Portugal. E onde o universo das armas não é algo que seja real para meninas e meninos de tenra idade.

O mesmo não se pode dizer de Presley. Que nasceu inserida numa realidade completamente diferente da minha. E que pelo décimo aniversário recebe de presente, oferecido pelos pais, uma espingarda da marca Beretta. Acho que aquela menina tem mais encanto por aquela arma, que até lhe rouba a respiração, do que eu por qualquer brinquedo que tenha recebido. O momento da oferta foi gravado e partilhado pela marca que define este momento como “tocante”.



Como seria de esperar, este vídeo tem dividido a opinião das pessoas. De um lado estão as pessoas que ficam chocadas com o facto de uma criança tão nova receber de presente uma espingarda. Do outro estão aqueles que elogiam o papel dos pais e que olham para este gesto como um passo bem dado na direcção da responsabilidade por parte da filha.

O pior é que Presley não é um caso isolado. A diferença é que esta menina foi gravada a orgulhosamente desembrulhar a sua primeira espingarda. Nos Estados Unidos da América Presley é apenas mais uma criança com uma arma. Uma no meio de tantas outras que provavelmente preferem uma carreira de tiros a uma Barbie. Que preferem espingardas a casinhas de bonecas. E que preferem destruir em vez de construir algo.

É por causa de notícias como esta que nunca fiquei chocado com a notícia de um tiroteio nos Estados Unidos da América. Andar com arma é tão natural como andar com um telemóvel. Deixar que crianças se aproximem de armas é tão natural como deixar que brinquem com algo. Depois acontecem mortes acidentais, crianças que disparam contra os pais e adolescentes que matam uns quantos alunos numa qualquer escola.

Podemos (e devemos) andar a discutir muros. Podemos (e devemos) andar a discutir impedimentos estúpidos. Mas também podemos (e devemos) recordar que este é provavelmente um dos piores problemas dos Estados Unidos da América. E um negócio de milhões, que dá dinheiro a ganhar a muitas pessoas. Até porque é muito triste o momento em que o presente ideal para uma criança é uma arma que rouba uma vida em segundos.