30.10.17

sensação agridoce ao dizer isto

Nos últimos tempos a minha vida levou uma grande volta, a nível profissional. O que implica ainda maiores responsabilidades. Muitas preocupações que também eram minhas, mas num registo diferente daquele que tinha antigamente. O que faz com que seja quase impossível desdobrar-me nas mais diversas coisas que tenho para fazer. Dou por mim a ficar 12 horas no local de trabalho. Simplesmente porque foi o tempo necessário para resolver tudo o que estava para resolver.

Esta situação leva-me a dizer uma coisa que "odeio". Refiro-me ao "não tenho tempo". Semana após semana digo que vou treinar os cinco dias úteis da semana e dou por mim a correr uma vez por semana. Dou por mim sem tempo para mim, para os meus e para coisas que muito prezo. Isto não é um lamento. É um desabafo agridoce. Porque gosto desta responsabilidade. Entendo apenas que estou num período de adaptação que acabará por entrar no eixos. E que me voltará a dar tempo para tudo aquilo que também é importante para mim.

Simplesmente passei a olhar de outra forma para as pessoas que dizem não ter tempo para isto ou para aquilo. É certo que é uma questão de prioridades. Mas às vezes, depois de longas horas de trabalho, as prioridades são completamente diferentes daquelas em que acreditávamos. E isso faz todo o sentido agora. O meu pedido de desculpas às pessoas que diziam, de forma que não compreendia, que não tinham tempo para isto ou para aquilo. Como vos percebo agora.

26.10.17

10 anos de ti

Faz hoje dez anos que estava à espera que nascesses. Não eras minha filha mas estava tão nervoso, assim acredito, como um pai que aguarda pelo momento do nascimento da filha. Não conseguia parar quieto. E contava os segundos para te ver pela primeira vez. Momento que nunca esquecerei. Eras muito, muito pequenina mas já me mostravas que tinha acabado de nascer um amor muito, muito grande.

Passados dez anos (caramba, já passou uma década) o amor é ainda maior. Continuo a sentir-te (e sempre será assim) como uma filha. Deste-me a conhecer um amor que desconhecia. O que é uma das melhores prendas que recebi na vida. E que me assusta por pensar que poderei não estar à altura daquilo que esperas de mim. És uma das boas partes de mim. Ajudas-me muito mais do que pensas. E amo-te muito mais do que alguma vez conseguirei expressar em palavras.

AMO-TE MUITO Beatriz! E vamos lá celebrar o teu aniversário e provar o bolo feito por ti.

24.10.17

a moda das tatuagens

Fiz a minha primeira tatuagem quando tinha 18 anos. Fiz a segunda há uma semana, com 36. Pelo meio tive vontade de fazer várias. Mas nunca fiz. Porque não era a altura certa. Porque o motivo não era assim tão forte. Porque o desenho ainda não era o que desejava. Entre muitos outros motivos. Não escondo que não fui tão ponderado com a primeira tatuagem. Mas, mesmo assim, escolhi um desenho com o qual me identificava. Com algo que representava parte de mim. Sendo que fui muito mais ponderado na segunda vez.

Isto para dizer que nunca olhei para as tatuagens como uma moda. Se assim fosse, talvez tivesse feito algo com arame farpado na primeira vez. E teria algo diferente nesta segunda opção. As tatuagens são sérias demais para serem escolhidas de ânimo leve. São algo que será (em princípio) para sempre. E o para sempre não vive de modas. Seja naquilo que for. Especialmente nas tatuagens. Mas infelizmente, muitas pessoas olham para as tatuagens como uma moda.

Fazem porque o primo fez. Fazem porque os amigos também fizeram. Porque o vizinho do lado tem uma. Até que chega o arrependimento. E aquilo que fica é uma tatuagem sem história. Sem qualquer motivo que possa ser digno de ser partilhado. Ou que, pelo menos - e isto é que importa - tenha um significado especial para quem a carrega para sempre. Por isso é que não aconselho ninguém a fazer uma tatuagem apenas porque sim.

Se olham para as tatuagens como moda, gastem esse dinheiro - até porque não são baratas - em roupa. Ou noutra coisa qualquer em que o arrependimento não seja uma memória diária. Ou se tiverem capacidade para isso, poupem esse dinheiro até ao momento em que faça sentido ser utilizado em algo. Até porque qualquer tatuagem tem muito mais impacto pessoal quando é o significado de algo intenso.

23.10.17

ainda os incêndios (a imagem do país numa acção)

Há muito que defendo que os problemas associados aos incêndios em Portugal devem ser distribuídos, no que a culpas diz respeito, pelos principais partidos políticos nacionais. Porque todos têm culpa. Todos contribuíram para o problema. Ao longo de muitos anos. Mas poucas pessoas parecem querer ver isto. Porque são incapazes de despir a camisola do partido que apoiam. E preferem culpar os outros, bem ao estilo nacional. A culpa é sempre de alguém que não nós.

Por isso, acho que a imagem dos incêndios pode ser resumida a uma acção que decorreu durante a manifestação de Lisboa. Um jovem é agredido por ter levantado uma faixa onde se podia ler que a culpa era dos maiores partidos nacionais. Foi agredido por diversas pessoas. Com um dos agressores a dar a cara aos jornalistas para dizer que a culpa é apenas do Partido Socialista. Isto explica muita coisa. Em especial o facto de não resolvermos os problemas com uma maior velocidade.

19.10.17

nem tudo é mau no final de uma relação

Por norma o final de uma relação sentimental é algo que custa. E estou a excluir da frase anterior relações bastante curtas. Aquelas que não têm tempo suficiente para que alguma das pessoas fique triste com o final da relação. E bem vistas as coisas, e numa altura em que as pessoas são cada vez mais descartáveis, isto corresponde a boa parte da relações dos dias que correm. Mas aquilo de que quero falar é de relações duradouras que chegam ao fim.

O final corresponde sempre a um final de tristeza. Não gosto de falar em luto mas em ponderação. Independentemente de quem toma a iniciativa de terminar a relação, existe sempre um período em que se tenta perceber o que falhou. O que levou ao desgaste ou a um afastamento que se torna irreversível. Este é o lado mau do final da relação. Perceber que aquilo em que se acreditava acabou por se perder. Olhar para trás e perceber que largos anos da vida acabaram de uma forma que nunca tinha passado pela cabeça das pessoas.

Mas existe um lado bom no final de uma relação. Quem nem deveria existir. Porque é sinal de desleixo durante a relação. Quanto as pessoas terminam uma relação passam a cuidar mais de si. Preocupam-se em estar bem. Em estar bonitos. Preocupam-se com aqueles quilinhos a mais que nunca mereceram atenção durante a relação. Arranjam tempo para fazer aquilo de que gostam e que não faziam durante a relação. Isto é muito comum a quem termina uma relação. E é pena que assim seja. Porque isto nunca deveria ser necessário. Ou, dizendo de outro modo, deveriam ser preocupações presentes durante a relação e não apenas no final.

17.10.17

abençoada chuva

Em condições "normais" as pessoas estariam a criticar a chuva e a desejar o bom tempo até ao próximo Verão. Neste caso, felizmente choveu. E a água foi suficiente para ajudar os bombeiros a colocar um ponto final em todos os fogos que ainda estavam a consumir Portugal. Estou muito feliz com esta chuva. Porque foi essencial para os bombeiros.

Agora, desejo que esta água também lave muitas bocas. E que lave as ideias erradas que tantas pessoas vendem como certezas absolutas, sem qualquer conhecimento de causa. Que este drama sirva, de uma vez por todas, para corrigir o que está mal em matéria de incêndios. Um problema que não tem dois dias, nem dois meses ou dois anos. Um problema que tem décadas! Aquilo em que não acredito é que tudo isto venha a servir para que muitas pessoas pensem duas vezes antes de abrir a boca.

16.10.17

aquilo que mais me irrita nos incêndios (e não só)

Aquilo que mais me irrita neste drama dos incêndios é a atitude de muitas pessoas nas redes sociais. Que há muito se transformaram numa espécie de tribunal onde todos são juízes com conhecimento em todas as matérias. Em todas! Irrita-me a sede de encontrar um culpado. Uma pessoa a quem apontar o dedo como culpado de todos estes incêndios. E para isso dizem-se as maiores barbaridades. Algumas por falta de conhecimento das leis. Outras por raiva e/ou impotência. E algumas, e peço desculpa pela sinceridade, por burrice.

Neste caso não há um culpado. Existem muitos. Mas mesmo muitos. Que vão de políticos aos donos do terrenos que ignoram aquilo que é um dever. Apesar dos constantes alertas. Ou para aquelas pessoas que sabem que está tudo a arder e mesmo assim ainda adoptam comportamentos de risco que podem levar a mais incêndios. E deixo apenas dois dados que talvez muitas pessoas desconheçam. Se não estou em erro, mais de 90% do mato em Portugal é privado. E são os donos que têm a obrigação de fazer a manutenção dos terrenos. E os portugueses são os europeus que fazem mais ignições. Se estes dois dados explicam tudo? Não! Longe disso. Tal como não explica tudo dizer que a culpa é do Governo.

Há muito para discutir. Desde o negócio dos incêndios até ao descuido dos proprietários dos terrenos, passando pelos políticos. E algures neste percurso estamos todos nós. Sem excepção. E enquanto andarmos a apontar o dedo uns aos outros, nada irá mudar. Servirá apenas para criar ainda mais confusão. Que nada resolve. As pessoas devem todas colocar a mão na consciência e perceber aquilo que está a ser mal feito. Mas tudo. E não apenas uma parte. Uma das coisas mais injustas que se podem fazer em momentos de dor como este é querer encontrar apenas um culpado. Alguém que sirva de bode expiatório para os erros de tantas pessoas.

E este problema dos portugueses não é exclusivo dos incêndios. É comum a todas as grandes notícias que nos chegam. Desde o Cristiano Ronaldo que atira um microfone para a água até às decisões de Donald Trump. Os portugueses sabem tudo de tudo. Só não sabem dos problemas que têm em casa. Nem daquilo que podem (e devem) mudar perto de si. É aquela máxima de que todos querem mudar o mundo, mas ninguém está disposto a mudar.

um aperto no coração

Tanto incêndio. Em Outubro. Com temperaturas a rondar (ou ultrapassar) os trinta graus. Não consigo sequer imaginar o desespero de todas aquelas pessoas que estão dispostas a dar a vida para proteger aquilo que construíram ao longo da vida. Não consigo imaginar o desespero que leva uma mulher grávida a perder a vida na tentativa de fugir do incêndio. É tudo muito triste. Não há palavras para esta situação...

13.10.17

desejo sexual entre casais

Ao que parece está provado que ao final do primeiro ano de relação é normal que exista uma diminuição do desejo sexual na relação. Doze meses é o tempo necessário para que homens e mulheres comecem a perder desejo sexual pela outra pessoa. Confesso que este é daqueles estudos que me surpreendem. Mesmo dando o desconto do encanto inicial de qualquer relação, doze meses são muito poucos para que se comece a perder o desejo sexual pela outra pessoa.

O estudo não revela que o desejo sexual morre nessa altura. Refere apenas que existe uma diminuição do desejo. E são as mulheres que mais facilmente perdem o desejo sexual pelo parceiro. A percentagem está no dobro, quando comparado com os homens. Ou seja, eles perdem muito mais facilmente o desejo do que eles. E isto pode levar a diversas leituras. Muitas mulheres queixam-se do egoísmo deles na cama. Que só pensam neles, o que muitas vezes pode levar a uma "frustração" sexual. Disto podemos saltar para a falta de comunicação entre os casais. Mesmo na cama. Isto sem esquecer a rotina sexual.

Quando se misturam estes ingredientes estamos perante uma receita com poder para destruir uma relação. Se as coisas começam a estar mal na cama, facilmente e rapidamente estão mal em tudo. E se não houver comunicação (na cama e fora dela) tudo piora! Estes 12 meses (e quem lê isto certamente dirá que consigo nunca aconteceu nada assim) são a prova de que existe falta de comunicação entre os casais. As pessoas falam pouco. Acham que todas gostam das mesmas coisas. Que aquilo que dá prazer a uma pessoa, dá a todas. E depois... afinal não era nada assim.

11.10.17

conseguimos

"Amizade, só para vos dizer que conseguimos! Com respeito, confiança, dedicação e admiração, bastante paciência e compreensão. Descobertas apaixonantes e ricas de partilhas sinceridade. Confrontos de ideias e ideais constantes, muita estupidez e mau gosto mas sempre todos na mesma direcção! Maninhos, cada um à sua maneira, construímos algo de espectacular! E quando assim é, estamos todos de parabéns!"

Estas palavras são de um amigo de infância. Que agora vive fora de Portugal. No último regresso conseguiu juntar alguns amigos de infância. Com quem tirou uma foto que foi acompanhada destas palavras. Desde que li isto que dei por mim a olhar para as pessoas da foto. E ali há muito talento. Pessoas com projectos bem sucedidos. Muitos trambolhões, muita aprendizagem e até momentos de superação perante doenças com o nome de que ninguém gosta. Mas no geral destaca-se o "conseguimos".

Que vai muito além das pessoas da foto. Do grupo de amigos da escola, pessoas com quem acabamos por perder a proximidade típica dos tempos escola, encontro empresários de sucesso. Talentos que estão no topo do que existe em Portugal. Uma pessoa que trabalha com o Presidente da República. E muitas histórias de sucesso. Pais de filhos, homens casados e até casais entre pessoas da escola. É bom pensar nisto e realmente ter vontade de dizer "conseguimos". Porque na verdade foi isso mesmo que aconteceu.

10.10.17

hoje foi dia de pagar uma promessa

As promessas podem ser feitas das mais diversas formas. E há muito que tinha feito uma. Que está relacionada com momentos da minha vida. E não só. Também com momentos da vida dos meus. Conforme as coisas foram acontecendo foi aumentando a vontade de levar a cabo aquilo que vinha prometendo. E hoje foi dia de pagar essa promessa. Que foi feita em forma de tatuagem. Que me irá acompanhar para sempre. E que simboliza momentos marcantes da minha vida. Obrigado ao Gury pela brilhante forma como deu vida aquilo que estava na minha cabeça.

9.10.17

o que é uma mulher real?

Recentemente fiz parte de uma conversa em que se falava da suposta mulher real. Um homem tinha defendido que as mulheres magras é que são perfeitas. Duas mulheres não gostaram e defenderam a mulher real. Aquela que tem gordurinhas. No meio disto tudo falta saber o que é afinal uma mulher real.

Uma mulher magra, sem gorduras e com o corpo trabalhada é falsa? Deixa de ser real? O nível de realidade de uma mulher é medido em gorduras e peso a mais? É isto que faz uma mulher mais real? Por outro lado, a existência de gorduras faz com que a mulher seja menos perfeita do que uma magra?

Tudo isto é muito discutido. Especialmente por mulheres. Mas é uma discussão sem sentido. Porque todas as mulheres são reais. Por quais que se queira transformar isto numa guerra de pesos. É tão real a obcecada por dietas como a maluca por doces. Tal como é igualmente real a mulher que anda ali pelo meio. Que não foge para nenhum dos lados da balança.

De resto, apenas são diferentes. Na forma de viver e nas prioridades que elegem. Por mais que a moda seja ser fit, uma mulher com peso a mais continua a ser real. Tal como uma mulher com um corpo tonificado é real. Mas nenhuma é melhor do que a outra. Nenhuma precisa de ofender a outra para se sentir melhor.

Se dá mais trabalho estar em forma? Sim! Para a grande maioria das pessoas. Sejam mulheres ou homens. Mas isto não faz destas pessoas melhores do que as outras. É apenas uma opção de vida. Tal como ter peso a mais e não gostar de treinar ou ter uma alimentação saudável serve de justificação para uma eventual realidade.

6.10.17

vamos lá falar de sonhos

Parece que existem sonhos que são muito comuns. Aliás, coisas com que todas as pessoas sonham. Coisas como sexo, dentes a cair, perseguições e quedas são temas bastante comuns entre os sonhadores. Tal como sonhos a preto e branco. O que faz de mim uma pessoa pouco comum. Sexo e quedas ainda se aplica aos meus sonhos. Pelo menos daqueles de que me recordo.

Tenho alguns sonhos que considero parvos. Por não terem qualquer lógica para mim. Mas nunca sonhei com quedas de dentes. Creio que também nunca sonhei com perseguições. E nunca tive um sonho a preto e branco. São todos as cores. Mas pelo que tenho ouvido, são temas comuns a quase todas as pessoas. E neste caso prefiro ser a excepção. Dispenso ser a regra geral para sonhar com quedas de dentes. Palpita-me que não será muito simpático.

3.10.17

Isaltino morais: odeia o jogo, não o jogador

A eleição de Isaltino Morais desperta em mim um misto de sensações. Por um lado vejo o homem que é adorado pela população de Oeiras. Algo que esta eleição reflecte e de que não duvidava. Por outro lado, é impossível não ver o condenado por crimes que ninguém quer ver associados a um político.

"É ladrão mas ajuda as pessoas", é uma das frases mais ouvidas. E que muitas pessoas dizem. E que faz o seu sentido. As pessoas partem do princípio que todos os políticos são "corruptos" e não se importam de ter um que a isso junta o apoio ao povo e o desenvolvimento de uma área. Isto faz com que não me surpreenda com a eleição. Aliás, já tinha dito que vencia.

Por outro lado, as pessoas condenam a corrupção na política mas continuam a votar em políticos condenados. O que tem o seu lado confuso. Mas confesso que não me espanto muito. É aquela maxima de odiar o jogo e não o jogador.

Isaltino Morais é um jogador de um jogo que as pessoas consideram viciado. O que faz com que o problema seja o jogo e não a eleição de Isaltino Morais. Porque, lá está, as pessoas percebem o jogo e preferem um "mau" jogador que é bom para as pessoas. É como aquele político que andou, nesta campanha, a distribuir notas à população com autógrafos seus. 

1.10.17

a arma mais importante de todas

Hoje é dia de eleições. E atrevo-me a dizer que a abstenção voltará a ganhar. O que é triste! Para todos nós! Porque o voto é a arma mais importante de que dispomos. É o poder no seu expoente máximo. E votar é algo que pode mudar o rumo. Que pode ser um sinal de mudança.

Muitas pessoas dizem que ganham sempre os mesmos. Que nada muda. Mas depois não votam. E não votar é alimentar o sistema que tanto criticam. Não votar impede que uma pessoa possa participar numa discussão política. Que possa argumentar o que quer que seja ou criticar o que quer que seja. Porque não se votou.

O voto é extremamente importante. Muitas pessoas perderam a vida para que esta arma fizesse parte da vida de todos nós. O que faz com que seja importante e que não mereça ser desvalorizado. Votem! Façam a diferença!