1.9.16

cansaço físico vs psicológico

Desde criança que nunca me assustou o cansaço físico. E sempre disse aos meus amigos que não me incomodava ter empregos que se destacassem pelo cansaço físico diário. E tive vários trabalhos assim. Trabalhei numa loja de desporto, em diversas de roupa, numa de materiais de construção e também fui carteiro interno no aeroporto de Lisboa.

Tirando o último, que me permitia ter alguns momentos de descanso mas que era muito intenso na hora de descarregar e carregar camiões, os restantes eram marcados pelo cansaço físico. Não me sentava. Cansava-me. E o tempo de almoço era mais curto do que o normal. Mas nada disto importava. Dormia o tempo suficiente e no dia seguinte estava fresco que nem uma alface. E é por isto que o cansaço físico não me incomoda.

Tudo muda quando o cansaço é psicológico. Quando o trabalho cansa a cabeça, muito mais do que desgasta o corpo. Isto é o pior de tudo. Porque este cansaço acumula-se e não desaparece com uma boa noite de sono. Muitas vezes até impede que existia uma boa noite de sono. E isto é que me incomoda. Isto é que me desgasta, muito mais do que qualquer actividade física. Desgasta mais a pessoa e tem uma recuperação muito mais complicada que passa por coisas que possam limpar a cabeça. Por isso é que irei sempre preferir o cansaço físico ao outro.

2 comentários:

  1. Concordo! Além disso, o cansaço psicológico acaba muitas vezes por afectar o nosso físico, o que dificulta ainda mais a recuperação.

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