13.9.16

let's talk about sex, baby

Poucas pessoas falam abertamente sobre sexo. Mas a maioria não tem problemas em catalogar este ou aquela como "cabrão" ou "fácil". Mas será que existem dados que nos permitam perceber até que ponto uma pessoa é "promovida" de séria a promiscua? E será que existe um número limite de pessoas com quem podemos ter relações sexuais? E será que todas as pessoas dizem a verdade quando falam daqueles com quem supostamente se envolveram sexualmente?

Um estudo pretendeu abordar estas questões. A começar pelo número de pessoas com quem alguém pode ter sexo. Isto aos olhos dos outros. Por exemplo, em França uma pessoa considerada sexualmente conservadora tem relações com duas pessoas. Por lá aceita-se que uma pessoa tenha dez parceiros sexuais durante a vida. A promiscuidade vai dos 11 até aos 16 parceiros. E em Portugal? Como somos vistos por cá? Tal como os franceses, também os portugueses consideram que duas pessoas é um número conservador. Quanto aos parceiros durante a vida, só aceitamos oito. Já as pessoas promiscuas vão dos nove aos 16 parceiros sexuais. Já na Áustria, uma pessoa sexualmente conservadora pode ter sexo com sete parceiros. Sendo que o número ideal são oito. E a promiscuidade anda pelos 13.

Agora a parte do "gabar". Quem é que mais aumenta o número de parceiros sexuais? As mulheres, em média, aumentam apenas em 8,2% o número de homens com quem já tiveram sexo. Já eles, aumentam a realidade em 17,5%. Mas também eles e elas diminuem o número. Aqui, elas estão em maior número. 18,6% das mulheres dizem ter tido relações sexuais com um número inferior ao real. Eles ficam-se pelos 13,7%. Mas o maior número vai para a sinceridade. 67,4% das mulheres e 58,6% dos homens dizem ser sinceros na hora de revelar o número de parceiros sexuais.

Por outro lado, qual a altura ideal para abordar, numa relação, o número de parceiros sexuais. Neste domínio, tanto homens como mulheres acreditam que é necessário esperar quatro meses para abordar o assunto. Com o avançar do tempo de relação diminui a percentagem de pessoas que entendem ser a altura ideal para abordar o tema. E a maioria das pessoas - tanto homens como mulheres - acredita que 7/8 é o número ideal de parceiros sexuais. O estudo mostra também que a probabilidade de perder interesse numa relação, devido ao número de parceiros sexuais, é muito baixo. Isto para quem assume que tem influência directa. Depois os números sobem consideravelmente (casa dos 20%) quando não escondem que essa probabilidade é real, apesar de não ser um dado adquirido.

Estes são apenas alguns dados do estudo que aborda temas que se falam aqui e ali mas nem sempre de forma aberta. Acho que os dados não são muito surpreendentes. Talvez algumas pessoas fiquem espantadas com a visão dos austríacos que acham que uma pessoa que tenha relações sexuais com sete pessoas é conservadora. Até porque na maior parte dos países o número a ter em conta é o dois (menos em Espanha onde desce para um). Já agora, na Bélgica, Alemanha e Holanda o número conservador é três.

O facto de as mulheres terem uma maior tendência (quando comparadas com eles) de reduzir o número de parceiros sexuais revela que é uma realidade mundial (o estudo foi feito com pessoas norte-americanas e europeias) o rótulo de "fácil" que se atribui a uma mulher com diversos parceiros, tal como mostra que para eles isso não é um problema tendo em conta que alguns assumem aumentar o número.

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