13.2.23

não é fácil de falar de abusos sexuais na igreja

Por estas horas, todos estão a falar dos abusos sexuais na Igreja portuguesa. São, no MÍNIMO (e é importante salientar isto) 4.815 vítimas. Quase todas alvo de predadores sexuais que são homens e padres. Este é um resumo daquilo de que todos falam hoje. E que merece que deixe aqui algumas linhas a este tema.

Primeiro, fico surpreendido que muitas pessoas só agora estejam a acordar para esta triste realidade. E estou mesmo a falar dos abusos sexuais no seio da Igreja. E não me refiro apenas à realidade portuguesa. Se tiverem tempo, e ainda não tiverem visto, vejam O Caso Spotlight, filme de 2015 que aborda esta temática. É uma história verídica que ajuda a compreender um pouco melhor esta realidade e a forma como algumas pessoas são protegidas.

Aquilo de que hoje se fala em Portugal deve fazer corar todas as pessoas de vergonha. Mas por outro lado, acho que deve existir alguma ponderação na forma como se verbalizam as coisas. Porque acho injusto que se ofenda a Igreja como se fosse uma cambada de pedófilos e predadores sexuais. Como se todos fossem culpados. Como se todos tivessem culpa do que alguns fazem.

Com isto não pretendo desvalorizar a polémica. Nem sequer dizer que são poucas vítimas. Porque a realidade é só uma: uma vítima já seria de mais. Aquilo que defende é que não são todos iguais. Os pedófilos que estão na Igreja provavelmente também o seriam se fossem padeiros, ferreiros ou caso tivessem outra profissão qualquer. E provavelmente também seriam protegidos por diversas pessoas como são por algumas dentro da Igreja.

O que se exige é que sejam procurados os predadores sexuais. Que sejam condenados severamente pelo que fizeram. E que aqueles que contribuíram para qualquer abuso sejam penalizados pelo que fizeram. Sejam eles padres, políticos, famosos, anónimos, padeiros ou CEOs de uma qualquer empresa. E não olhar, numa coisa que é muito nossa, para todos como se fossem a imagem de um. Isso nunca será contribuir para a justiça. É procurar os culpados e condená-los, um a um. Bem como a quem ajuda a esconder um pedófilo. Seja onde for.

7.2.23

não somos mesmo "nada"

A pessoa irrita-se com problemas e mais não sei o quê. Que na realidade não são nada. Vejo o que se passa na Turquia e Síria e só me apetece chorar. Ver crianças a serem retiradas dos escombros. Uma mãe que dá à luz nos escombros. Pessoas que estão presas nos escombros e enviam áudios a pedir ajuda. Que dureza.

1.2.23

vamos lá falar de the last of us, mas sem spoilers

Conhecia The Last of Us de nome. E até de escrever algumas notícias sobre o jogo. Mas não estava por dentro do tema, não conhecia detalhadamente a história nem nada do género. Mas estava curioso em relação à série. Porque gosto muito do Pedro Pascal e porque ia recolhendo informação sobre a qualidade que teria a nova aposta da HBO.

Isto chegou para me entregar à série. Vi o primeiro episódio e fiquei bastante agradado. Tanto que quis ir logo ao segundo, que não existia. Só aí percebi que só era disponibilizado um episódio de cada vez. Gostei do primeiro, adorei o segundo e fiquei rendido ao terceiro. Sendo que, não vou entrar no tema nem em detalhes. É apenas uma série que recomendo a todas as pessoas que andam à procura de algo novo para ver.

Novidade para mim

Vou agora falar de um detalhe que é uma novidade para mim. Creio que não me recordo de ver uma série com um episódio divulgado por semana. Creio que tive sempre vários para devorar quase de seguida. E a verdade é que é muito bom consumir uma série como The Last of Us de forma faseada. Permite que se tire o máximo partido de cada detalhe. Acredito que este pormenor é o que faz com que a série seja tão boa aos meus olhos. Porque passo uma semana a consumir o que vi e a perceber tudo o que se passou.

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