28.12.18

de volta ao ginásio

2018 foi o ano em que decidi voltar ao ginásio. e numa época de balanços, tenho de confessar a minha satisfação em relação à decisão. Mais do que algo estético, sinto-me melhor fisicamente, com mais força e resistência. 

Sendo que estaria a mentir se dissesse que não gosto mais do meu corpo assim. nesta mudança tenho de destacar (e agradecer) o importante papel do Rui (@pessanhadesousa_pt no Instagram). Desde o primeiro dia que houve empatia entre nós e esteve sempre a desafiar-me para ser uma melhor versão de mim. Mil obrigados Rui. 

Se hoje estou melhor, muito se deve a ti e para o ano vamos puxar AINDA mais um pelo outro, ok? 

Deixo ainda uma mensagem para aquelas pessoas que querem mudar de vida: o primeiro passo tem de ser vosso e acreditem que é muito mais simples do que pensam. E se puderem, procurem a ajuda do Rui que, mesmo à distância, poderá fazer maravilhas por vocês.


27.12.18

o texto que os fãs de “sozinho em casa” não vão querer ler (eu avisei!)

“Sozinho em Casa” é provavelmente o meu filme de Natal preferido. É daqueles filmes que sou capaz de ver e rever sempre que der na televisão sem que me canse. Já sei a história da trás para a frente e da frente para trás, mas não me canso. Aquilo que não estava à espera era de ficar desiludido com um detalhe que sempre me escapou e que agora Seth Rogen revelou.

Foi no dia de Natal que o ator decidiu falar sobre um pequeno detalhe que aparece no filme. Qualquer fã de “Sozinho em Casa” está recordado do momento em que Kevin McCallister decide ver um filme de gangsters. Esse filme dá pelo nome de “Angels With Filthy Souls” e só agora o ator descobriu que não é verdadeiro.

O filme não é mais do que uma paródia aos filmes de gangsters dos anos 30 e 40. Até o próprio Macaulay Culkin revelou ter acreditado no mesmo. E a publicação de Seth Rogen nas redes sociais deu início a diversas reacções, todas elas de “desilusão”.

Devo confessar que faço parte do grupo de desiludidos pois só com o tweet de Seth Rogen é que fiquei a saber que aquele filme não é verdadeiro, tendo a cena sido filmada um dia antes do início das filmagens de “Sozinho em Casa”. E assim se destrói uma ideia com muitos anos.

24.12.18

feliz natal ao ritmo da melhor música natalícia de sempre

Quero desejar a todos um Santo e Feliz Natal. Mais do que presentes, simbólicos ou de sonho, que nada falta na mesa durante o jantar desta noite. Que todos tenham muita saúde e que nenhum lugar fique por ocupar esta noite. Se tudo isto existir, será o melhor Natal de sempre e o resto será acessório.

Não podia deixar de desejar um Feliz Natal ao ritmo da melhor música natalícia de sempre. O espírito de Natal, e tudo aquilo que ele representa, cabe na perfeição nesta música de Chris Rea. Que ano após ano ainda me arrepia como se fosse a primeira vez que a ouço. E quando uma música me arrepia, é porque é mesmo muito boa.



FELIZ NATAL PARA TODOS!

21.12.18

memórias de natal, cinema, Disney e Mary Poppins

Tenho várias memórias associadas ao Natal, quase todas ligadas à família. A começar pelos tempos em que era mais novo. Nessa época escrevia a carta ao Pai Natal, pendurava a mesma na árvore e na noite de 24 de Dezembro ia deitar-me cedo, como uma criança que deseja acelerar o tempo para a manhã seguinte. Tudo para acordar de manhãzinha para desembrulhar os presentes que eram deixados junto da árvore enquanto estava a dormir.

Em relação à manhã de 25 tenho outra memória. Que passa por estar em frente à televisão a ver desenhos animados e filmes. Além disto, lembro-me ainda dos passeios em família no dia de Natal e de passar por centros comerciais, onde apenas os cinemas estavam a funcionar. Com o passar dos anos estas memórias não se foram perdendo, acabaram somente por se alterar. Em relação aos brinquedos, presentes e euforia, acabei por ir projectando tudo isso na minha sobrinha. Sendo que ainda desembrulho prendas com o mesmo encanto de uma criança, algo que me deixa feliz. Em relação à televisão e cinema, os filmes continuam a estar presentes nesta altura do ano. Em família acabamos por estar quase sempre juntos a ver um filme.



Como faço parte daquela que considero ser a geração Disney – porque fui brindado com grandes filmes da Walt Disney – fiquei extremamente agradado com a notícia do regresso de Mary Poppins, um dos filmes que tenho bem presentes nas memórias desta altura do ano. Isto sem esquecer outros clássicos que estão prestes a regressar aos cinemas. É certo que Mary Poppins não é um filme da minha geração, mas é daqueles que acabam por ser de todos porque vão sendo transmitidos de geração em geração. É um daqueles clássicos que acaba por nunca passar de moda e que devido às memórias que transmite, acaba por ser revisto vezes sem conta.

Por tudo isto, estava com enorme expectativa em relação a “O Regresso de Mary Poppins”. Até porque o elenco é de luxo – Emily Blunt, Ben Whishaw, Meryl Streep, Lin-Manuel Miranda e Colin Firth, apenas para dar alguns exemplos, sem esquecer a participação deliciosa de Angela Lansbury – e as quatro nomeações para os Globos de Ouro fizeram com que estivesse à espera de algo fenomenal. Por outro lado, quando clássicos como este regressam ao cinema fico sempre com receio de que os estraguem, algo fácil de acontecer por serem filmes tão marcantes.





Fui assistir à antestreia do filme e só posso... tirar o meu chapéu à Disney! Porque “O Regresso de Mary Poppins” está brilhante. Sem querer entrar muito pelos detalhes, realço a excelente qualidade de produção, as coreografias, músicas que todos vão cantar e os desempenhos individuais com Emily Blunt à cabeça. E em relação à atriz basta referir, como cartão de apresentação, a nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Actiz em Comédia ou Musical. A Disney conseguiu manter o encanto do original, ao mesmo tempo que acrescenta novos personagens e excelentes músicas.

Existe um detalhe no filme em geral que me agrada bastante. Isto porque sempre adorei filmes que aproveitam a fantasia da ficção para passar uma mensagem. Neste caso existe uma frase, que é o slogan do filme, que diz isto: “tudo é possível, até o impossível.” Assim que me deparei com estas palavras recordei as lições que os adultos dão aos mais novos. Dizemos que devem acreditar em tudo, que devem sonhar e lutar pelo que desejam. E depois, o que fazemos? Deixamos de acreditar nas mensagens que transmitimos. E esquecemos o que é ser criança. “O Regresso de Mary Poppins” tem uma mensagem forte ligada com esta realidade que, infelizmente, muitos adultos tendem a esquecer com o passar dos anos, acabando por perder o encanto de ser eternamente uma criança.






E esta lição conduz a outro ponto pois estamos perante o perfeito exemplo de que não existem filmes que não são para homens adultos, ideia que ocasionalmente se associa a diversas longas-metragens. Na sala de cinema vi pais com filhos, vi adolescentes sozinhos, vi homens adultos sozinhos, vi mulheres sozinhas e isto prova que não existem filmes para este ou para aquele. Neste caso, como o filme que chegou às salas de cinema a 20 de Dezembro, também está disponível na versão dobrada, faz com que o público se alargue aos mais pequenos. Depois do que vi, e não posso retirar da equação o meu encanto pelo universo Disney, recomendo “O Regresso de Mary Poppins” como um excelente plano para a quadra natalícia. E fica o aviso: preparem-se para sair da sala de cinema a cantar.

20.12.18

coisas estranhas nesta quadra (e no resto do ano)

Existem fenómenos que me espantam na época do Natal, bem como no resto do ano. A começar pelas pessoas que travam nos avisos de radar mas que passam em excesso de velocidade pelos mesmos. A isto junto as pessoas que vão aos centros comerciais em grupos de cinco e decidem ocupar o corredor de ponta a ponta, formando uma barreira e não se desviando de ninguém. Isto sem esquecer aquelas pessoas que saem das escadas rolantes e param para enviar uma mensagem no telemóvel.

19.12.18

não gosto disto do “estou a ficar velho” mas...

Nunca gostei de ouvir pessoas dizerem que estão a ficar velhas para o que quer que seja. Independentemente da idade, todos estamos mais ou menos aptos para tudo, excluindo daqui todos os exemplos óbvios associados a determinadas tarefas. Ainda assim, tudo tem um mas... e neste caso aplica-se a mim.

Tenho por hábito acordar às 5h35 numa semana e às 6h20 na seguinte, alternado entre estes dois horários. E não me custa nada acordar a estas horas. Aquilo que me custa é se me falham as horas de sono que me permitem estar bem a semana toda. Por exemplo, nesta semana já tive duas noites com menos horas de sono e neste momento parece que estou com jet lag.





É aqui que entra o tal mas. É que quando tinha 20 anos podia dormir pouco quase todas as noites que o corpo praticamente não se ressentia de nada. Agora, com 37, o corpo já não reage da mesma maneira a uma noite mal dormida ou a uma noite mais “regada” do que o normal.

Com isto não quero dizer que me sinto velho ou que deixo de fazer algo por causa disto. Simplesmente, tento sempre ter as horas de sono normais para que o corpo não sofra durante o resto da semana. De resto, para falar da idade, só tem piada quando recuperamos a mítica fala do personagem Roger Murtaugh, que estava sempre a dizer “I'm too old for this shit.”

18.12.18

ornatos violeta estão de volta: “acho que faremos um álbum se for pertinente artisticamente”

Numa espécie de presente de Natal antecipado, os Ornatos Violeta anunciaram o regresso aos palcos. 20 anos depois, a banda liderada por Manel Cruz irá actuar em três festivais de verão. Quando ouvi esta notícia recordei-me do dia em que decidi desafiar quem passa pelo blogue a eleger a melhor música portuguesa de todos os tempos.

A escolha recaiu em “Ouvi Dizer”, dos Ornatos Violeta e depois da eleição acabei por estar à conversa com o Manel Cruz. O ponto de partida foi mesmo a eleição, mas acabámos por falar de muitas outras coisas. Tendo em conta o regresso, é sempre bom recordar aquilo que foi dito por um dos melhores músicos portugueses de sempre.

Qual a sensação de ver uma música tua eleita como o melhor tema português de sempre?
Manel Cruz - (Risos) É fixe! É bom! Embora as coisas sejam relativas é bom que alguém ache isso (risos).

Esta eleição aconteceu no blogue mas “Ouvi Dizer” consta sempre nas listas das melhores músicas portuguesas de sempre. Quando a música foi feita deu para perceber que teria este impacto?
Não, de maneira nenhuma. É uma coisa muito difícil de prever e nunca pensei nas coisas dessa maneira. Aliás, as músicas de que mais gosto nunca foram eleitas (risos). Normalmente são músicas que têm determinadas características mas normalmente não são as de que mais gosto.

“Para-me Agora” é uma das tuas músicas preferidas dos Ornatos Violeta. Mesmo não sendo aquela de que mais gostas é justo referir que “Ouvi Dizer “é o tema mais marcante da tua carreira?
Sim. Talvez seja a mais marcante, tal como “Capitão Romance”. Mas esta talvez tenha sido a mais mediática.

"Como é visível na música é uma dor de corno (risos)"


Recuando no tempo. Ainda te recordas o que originou este tema?
Sim. Como é visível na música é uma dor de corno (risos). Um amor espatifado. Não me lembro exactamente do dia em que a fiz mas recordo-me de estar a fazê-la e de mostra-la, ainda sem letra, só com música e melodia ao Kinörm [membro dos Ornatos Violeta]. Era tocada à guitarra, com outra onda mas recordo esse momento.

Há algum motivo especial por detrás da participação de Victor Espadinha?
Foi quase uma questão de humor. Por causa de fazer parte daquele universo Joe Dassin e aquela maneira de declamar com muito ênfase e algo kitsch a que nós achávamos graça. Num ensaio surgiu a ideia de ter alguém a dizer o poema. O Kinörm sugeriu o Victor Espadinha e achámos todos muita graça ao confronto entre o universo da música e a forma da poesia mais enfatizada.

Podem ler a entrevista completa AQUI.

14.12.18

como agradar a um homem no natal

Nesta altura do ano existem dois tipos de pessoas: aquelas que escolhem os presentes sem qualquer problema e as que entendem que é muito complicado agradar a algumas pessoas. Neste segundo grupo costumam incluir os homens. Algo que considero um dos maiores mitos desta altura do ano. Isto porque defendo que não há nada mais simples do que agradar a um homem.

Basta conhecê-lo (e não ter de ser um conhecimento profundo) para escolher algo de que irá gostar. A começar pela roupa. Das T-shirts às camisolas de manga comprida e camisas, tudo serve de pretexto para uma excelente escolha. E estamos a falar de presentes que se conseguem comprar sem necessitar de gastar muito dinheiro.

Dependendo da relação que se tem com o homem em questão, a roupa interior também é uma excelente escolha. É algo que faz falta a praticamente todos os homens e existem opções muito boas e preços convidativos. Poderá existir quem ache que é um presente menos apelativo, mas o homem irá gostar, até porque mostra que a outra pessoa o conhece bem.

Quando estamos a falar de homens mais velhos, destacam-se as bebidas, desde os clássicos whiskies até às opções mais modernas, no que à moda diz respeito, como o gin. Depois, independentemente da idade, existem livros, álbuns e jogos para os gamers. Isto sem contar com as séries e filmes. Aqui existem opções para agradar a todos os homens. E é muito mais fácil de agradar do que as mulheres temem.

12.12.18

(des)encontros (capítulo vinte e um)


João e Inês continuavam a percorrer as ruas de Dublin e quem os visse iria garantir que eram um normal casal de turistas que visita a cidade. Porém, nem um nem outro iriam lembrar-se dos locais por onde passavam. Na cabeça de ambos estava apenas tudo aquilo que tinham acabado de viver. Ainda que não falassem sobre isso, João e Inês relembravam cada detalhe do intenso momento de paixão carnal que tinham acabado de protagonizar num beco irlandês. E nenhum deles tinha ainda a noção de que ambos desejavam não esquecer aquilo que tinha acabado de acontecer.

Quando trocavam palavras, João e Inês tentavam verbalizar o impacto que aquele momento teria no futuro de ambos. E aí destacava-se aquilo que tinham dito. Principalmente as ideias de Inês que deixavam João num mar de dúvidas. "Não teria gostado do que tinha acontecido ou estaria arrependida de o ter feito", eram as palavras que ecoavam na sua cabeça. Por outro lado, e era nisso que mais queria acreditar, agarrava-se à ideia de que Inês estava a escolher um caminho fácil que levaria a que se afastasse dela.

Inês tentava passar a ideia de uma mulher que não estava minimamente preocupada com aquilo que ia acontecer dentro de pouco tempo. E aquilo que mais temia era que estivesse a transmitir sinais físicos daquilo que estava realmente a pensar. E que não era muito diferente dos pensamentos de João. Acrescentando ainda o receio de estar a passar a ideia de que era uma cabra sem sentimentos. E foi por isso que ficou assustada quando João voltou a quebrar o silêncio que estava a imperar naquele momento.

"Sei que disse que queria aproveitar o momento sem me preocupar com o futuro, mas tenho de te perguntar isto", começou por dizer João. Inês engoliu em seco com medo do que poderia ouvir. "Peço-te que sejas sincera apenas nisto. Estás só a querer fazer com que me afaste de ti? Ou melhor, a tentar fazer com que não me aproxime em demasia de ti? E poderia alongar-me mais nos motivos em que estou a pensar, mas faço a pergunta apenas assim", disse.

Inês ficou calada. Muito mais tempo do que queria e do que imaginava ter passado. "Nem sei o que te responder. Nem sei o que estou a fazer", é aquilo mais sincero que posso dizer-te neste momento. "Não sei o que isto pode significar para ambos e não quero que nenhum de nós fique com uma péssima imagem um do outro", explicou. "Acho que é evidente que estou a adorar este momento e aquilo que tem acontecido, mas não posso pensar muito além deste momento. Nem o quero fazer", acrescentou. "E desculpa se não era isto que querias ouvir", disse Inês. "É justo", reagiu João.

11.12.18

parece que não cumpro o dress code dos ginásios. e agora?

Se depender de mim, treino de segunda a sexta feira. Numa semana manhã cedo, noutra a meio da tarde e assim vou fazendo. Tenho o cuidado de utilizar roupa adequada para o treino e especialmente calçado adequado. Já era assim antes de ser operado e ainda mais depois da operação. Ainda assim, parece que não cumpro o dress code dos ginásios. Shame on me!

Diz que nos ginásios devemos utilizar roupa de uma só marca. E isto arruína-me por completo. Porque se há pessoa que mistura marcas, sou eu. No que ao calçado diz respeito, não há nada que enganar. Sou fiel aos meus Nike Vomero 9, até porque são os únicos ténis que tenho. Quanto às meias e roupa interior, também não facilito. É sempre Decathlon, ainda que isto ninguém veja, como tal não conta. A partir daqui começa a confusão.

Os calções costumam alternar entre os da Decathlon, do tempo do futebol, e os modelos da Adidas. Já as camisolas são da Adidas, Decathlon e do Lidl (adoro estas e são as mais baratas que tenho). Já as luvas, são da Decathlon. Ou seja, existem dias (quase todos) que sou um mix de marcas. E parece que as pessoas que são como eu não cumprem o dress code dos ginásios. E agora? Pergunto eu que tenho a ideia que ninguém cumpre este requisito.

10.12.18

abaixo as gordas e as mulheres imperfeitas

Hoje cruzei-me com Ashley James, uma modelo britânica de 31 anos que, devo confessar, não conhecia de lado nenhum. Fiquei a saber que ficou conhecida por causa de um reality show, mas não é isso que me leva a escrever sobre si. Mas já lá vamos porque este texto merece uma introdução que me leva a explicar os motivos pelos quais fiquei a gostar de Ashley.

Vivemos tempos estranhos. Defendemos as mulheres “reais” (conceito que sempre me soou mal porque todas as mulheres são reais) mas não aceitamos que as “gordas” partilhem fotos nas redes sociais a mostrar aquilo que as pessoas gostam de chamar de “defeitos femininos”. E aqui incluo coisas como celulite, estrias e indesejáveis gordurinhas.

Queremos mulheres reais, mas a generalidade das pessoas enaltece mulheres mais magras que ainda assim recorrem à edição de imagem para criar a ilusão de uma perfeição ainda mais perfeita (passe a redundância). E associamos a beleza feminina a um corpo que não tem nada daquilo que alguém decidiu chamar de “defeitos femininos” (e o mal que soa quando é uma mulher que diz isto). O que não é justo nem correcto. Quer seja para as mulheres como para os homens.

E pode ser aqui que entra Ashley James. Pelo simples facto de que esta mulher não tem problemas em partilhar, no Instagram, imagens onde mostra as gordurinhas e as estrias, apenas para dar dois exemplos. É também uma defensora da diversidade de mulheres nos diversos formatos do entretenimento. E isto é de enaltecer. Porque é raro de encontrar.

Por fim, partilho a minha opinião masculina sobre Ashley James. Que considero ser a prova de que a sensualidade não se mede em celulite, estrias e gordurinhas. Esta modelo é a prova de que a confiança faz toda a diferença na sensualidade de uma mulher. Não é preciso ofender outras, criticar algo para proveito próprio e por aí fora.



como é fácil manipular uma imagem e catalogar uma pessoa

Por estes dias muito se tem falado da manifestação que está a decorrer em Paris. Sendo que nas últimas horas o destaque vai para uma imagem captada durantes os protestos dos coletes amarelos. Na foto em questão é possível ver uma jovem sorridente dentro de um Burger King que está a fotografar a confusão que acontece na rua, onde o realce vai para o gás lacrimogéneo.



Olhando para a imagem rapidamente se começou a dizer que era o espelho da atualidade. Uma jovem confortável a fotografar o caos enquanto se ri daquilo que vê. Esta é a mensagem que tem sido passada e que tem levantado uma grande polémica. Quando na realidade... nada disto faz sentido. E teve de ser o próprio fotógrafo a revelar aquilo que aconteceu.

A imagem foi captada no dia 1 de Dezembro e o fotógrafo tem a opinião de que deverá ser uma funcionária do Burger King, que tinha sido encerrado naquele dia. Conta ainda que a jovem estava a fotografar aquilo que estava a acontecer na rua (quem não o faz ou fazia naquela situação?) até que se apercebeu de que era o foco dos fotógrafos. Que começaram a fotografá-la e o resultado é uma imagem forte, disso não há dúvidas. Só que os sorrisos só surgem quando nota que está a ser fotografada, sendo que existem imagens em que está a dizer adeus aos mesmos.

Só que a imagem isolada, e sem contexto, parece a de uma jovem que aparentemente encontra gozo no caos em que Paris mergulhou nos últimos dias. Quando na realidade está a fazer aquilo que todas as pessoas fazem. Quantas notícias, mesmo de atentados, já tiveram uma imagem porque foi uma pessoa anónima que recorreu ao smartphone para registar o momento? E nada disto está errado.

Fica é provado que é muito fácil manipular uma imagem. E aquilo que é verdadeiramente assustador é a facilidade com que se manipulam pessoas, alimentando as mesmas com informações falsas que são consumidas como verdades absolutas.

8.12.18

tenho orgulho em ti (e nem te conheço)

Quando voltei ao ginásio reparei numa menina, adolescente, que tinha peso a mais. E reparei nela porque via que tinha uma determinação enorme nos treinos. É daquelas pessoas que dá gozo ver treinar e que serve de inspiração para qualquer pessoa.

Ontem voltei a ver esta menina, que já não vi há algum tempo. E notei que estava com, sem exagero, metade do volume que tinha. A adolescente com peso "a mais" deu lugar a uma jovem magra e cheia de energia. E mesmo não a conhecendo de lado nenhum, senti orgulho em si.

E tenho orgulho sem qualquer ligação ao lado estético da mudança. Senti orgulho porque ficou evidente que se trata de um jovem que entendeu que tinha de mudar. E que lutou (e continua a lutar) pela sua mudança. E pessoas assim são sempre uma inspiração.

Por cada pessoa que diz que os outros nunca irão mudar (e que gozam com essas pessoas) existem 10 pessoas como esta jovem, que são a prova de que só não muda quem não quer. Parabéns! 

7.12.18

reações delas e deles aos cortes de cabelo

Quando alguém muda de visual, no que ao penteado diz respeito, e se cruza com uma mulher, nada passa despercebido. Pode ser uma mudança quase imperceptível ao olho humano que elas notam logo. Em segundos salientam o que está diferente.

Parece até que as mulheres nasceram já com uma capacidade para se aperceber de todas as mudanças de visual de homems e mulheres. Quanto a eles, não é bem assim.

Um homem pode passar de uma farta cabeleira para uma cabeça rapada que a maioria dos amigos nada diz. Eles não reparam em nada. Acreditam que o visual dos amigos está sempre igual. E se perguntarem se notam algo de diferente, são capazes de falar do calçado ou da roupa antes de falarem do cabelo.

É por causa de situações como esta que boa parte dos homens começa a tremer quando elas fazem esta simples pergunta: "notas algo de diferente em mim?"

6.12.18

e a melhor música de natal é...

Está na altura delas. Vamos eleger a melhor música de Natal e a decisão é tua. Por isso, diz-me qual é a melhor música desta altura do ano.

querem saber como é ter um cão? é assim... (preparem-se para as lágrimas)

Tive um cão durante 14 anos. E por mais estranho que isto possa soar a outras pessoas, olhava para o Óscar como um irmão. Foram momentos muito bons ao longo de vários anos que, com o passar do tempo, acabaram por se sobrepor à dor da sua morte, momento que presenciei de perto ao transporta-lo para o veterinário.

Quem nunca teve um cão poderá não perceber a minha forma de sentir. E a verdade é que existem muitas pessoas que perguntam "como é ter um cão". Melhor do que tentar explicar, partilho um vídeo que vi hoje na página de Facebook de um amigo. Provavelmente, vão chorar a ver o vídeo até ao fim. Mas é impossível colocar em palavras tudo aquilo que aparece neste vídeo. Porque ter um cão é mesmo assim.

5.12.18

será jorge jesus assim tão burro? ou as perguntas são parvas?

Jorge Jesus é alvo das mais diversas piadas devido ao seu português, ou falta dele. Mas em muitos casos, é mais a fama do que o proveito. Nas últimas horas andam muitas pessoas a gozar com a entrevista que o treinador concedeu à CMTV. Além do momento do Bentley, exista uma pergunta que está a motivar os mais diversos momentos de gozo.

À pergunta “como vê o futebol português?”, Jorge Jesus responde: “com uma parabólica”. E isto bastou para que se instalasse a piada. Mas será que o treinador é burro neste caso específico? A resposta é não. Porque a pergunta é mal feita. Se o jornalista quer saber como é que o treinador consegue ver os jogos do campeonato português, teve a resposta correcta. Se pretende uma análise ao futebol nacional, fez mal a pergunta.

Faz lembrar a resposta de Manuel Machado a um jornalista da Sporttv, que lhe perguntou como tinha visto o jogo. Ao que o treinador respondeu: “de pé, encostado ao banco.” Algo que levou o jornalista a pedir uma análise à partida. “Essa já é uma pergunta diferente”, acrescentou o treinador.

Muitas vezes gozamos com pessoas que não têm um português muito correcto e nem sequer acreditamos que tenham capacidade de dar uma resposta que é uma “piada” a uma pergunta mal feita. Este até poderá nem ser o caso de Jorge Jesus, mas a pergunta foi muito mal feita. E se fosse Mourinho a responder assim, todos estariam a “bater” no jornalista.

3.12.18

perfume: corpo ou roupa?

No que ao uso de perfume diz respeito, existem dois grandes grupos de pessoas. De um lado estão aqueles que aplicam o perfume no corpo, do outro aqueles que preferem borrifar a roupa. E no meio disto tudo, quem é que está bem? Confesso que faço parte do grupo de pessoas que prefere perfumar o corpo e não a roupa. Mas acabo de me deparar com um artigo que diz que uma das formas de fazer o efeito do perfume durar mais passa por borrifar a roupa.

Independentemente do que li, irei continuar a borrifar o corpo. Perfumar a roupa não é para mim. Diz que existe um erro que passa por colocar perfume imediatamente depois do banho. Parece que se deve esperar mais tempo para a temperatura corporal baixar. Curiosamente, ainda que não por este motivo, é aquilo que faço. Existe ainda outro erro (que também não cometo) que passa por perfumar os pulsos para depois esfregar noutras zonas. À parte de tudo isto, podem surgir dezenas de estudos e de opiniões, mas é certo que não irei borrifar a roupa com perfume.