28.11.17

o triste exemplo de joão ricardo

Infelizmente João Ricardo perdeu a luta contra o cancro. Um triste desfecho que já era aguardado, por mais que todos quisessem acreditar num milagre. Quando se soube que o ator tinha morrido, teve início um dos piores fenómenos das redes sociais. Que curiosamente só atinge "famosos". E que passa por dedicar palavras a quem morre, como se fosse o amigo de uma vida.

Compreendo que pessoas anónimas partilhem uma homenagem nas redes sociais. Por mais que isto seja estranho para muitas pessoas, acredito que todos criamos empatia com determinadas figuras de quem passamos a gostar por um qualquer motivo. E não vejo nada de errado nisto.

Aquilo que acho absurdo é quando figuras públicas começam a partilhar grandes dedicatórias. "Ensinaste-me isto", "nunca mais fui o mesmo depois de trabalhar contigo", "eras muito importante para mim", e mais outras frases. Até que chega o momento do velório. E do funeral. E ninguém lá mete os pés. Ninguém aparece. Ninguém tem palavras bonitas e frases fofinhas para partilhar.

Aceito que possam lidar mal com a morte. Que não consigam estar em velórios nem funerais. Mas é muita coincidência isto acontecer SEMPRE que morre uma figura pública. O que é triste. Porque ninguém obriga ninguém a fazer aquelas homenagens. Neste caso específico cheguei a ouvir homenagens de pessoas que nem sabiam que o actor estava doente.

Numa altura que se fala muito do aproveitamento desnecessário da dor dos outros... não sei o que chamar a este fenómeno. Muito triste!

24.11.17

black friday

Black Friday é o dia em que muitas pessoas gastam o dinheiro que não têm, em artigos de que não precisam e, em muitos casos, em promoções que não o são.

Mas no fim fica a sensação de que se fez o melhor negócio do mundo. E que aquele objecto de que não nos lembramos do nome e que nem sabemos para que serve, ainda será muito útil!

20.11.17

o "terror" das músicas de natal

O Natal já chegou! Pelo menos aos locais que muito dinheiro ganham com a sua chegada. São as árvores, luzes e restante decoração. E, como não podia deixar de ser, as músicas de Natal. Clássicos que todos conhecemos de cor e salteado.

Com o passar do tempo tenho vindo a ouvir pessoas queixarem-se das músicas. Porque começam a ficar fartas delas. Nessa altura digo sempre o mesmo. "Experimenta trabalhar num centro comercial durante o Natal". Algo que fiz durante anos.

Se as pessoas ficam irritadas com as músicas, imaginem quem trabalha num centro comercial. Que são as pessoas para quem o Natal deverá ser mais longo. As pessoas podem ir às compras e não achar piada à música. Ou mesmo à decoração. Mas fiquemos pela música.

Quem trabalha num centro comercial não ouve aquele clássico uma vez por dia. Algo que acontece às pessoas que vão às compras. Quem lá trabalha ouve a música uma vez em cada duas horas. Isto ao longo de vários meses. É algo que acaba por já nem se sentir!

Por isso, sempre que quiserem falar de músicas de Natal que tocam sem parar... peçam a opinião a um lojista de um qualquer centro comercial!

19.11.17

a vida como nos filmes e séries

A vide deveria ser como nos filmes e séries de televisão. Assim, quando em casa e depois de longas horas de trabalho, estamos sempre no nosso melhor. Idealmente no sofá e com um copo de vinho tinto na mão. Se isto for realidade para alguém, acusem-se sff!

18.11.17

só para quem se quer divertir

Já tinha partilhado um texto onde dava conta do "desespero" em fazer uma chamada com recurso à Siri. Expliquei também que me divirto a dizer coisas sem sentido à Siri. Pois bem, quem se quiser divertir só tem de fazer isto. Basta dizer duas frases:

"Siri faz beat box" e "Siri você gosta de Carnaval?" Depois é só apreciar as longas respostas!

14.11.17

somos um povo que adora uma boa polémica

Somos um povo que adora uma boa polémica. E que gosta de discutir o que nem sempre tem discussão. Como é o caso da polémica com o Panteão Nacional. A partir do momento em que é legal, pouco há para discutir sobre o jantar da Web Summit. Porque não existe ilegalidade nenhuma. Não percebo como se pode pedir a demissão de uma pessoa que simplesmente cumpriu a lei.

Aquilo que se pode discutir é a autorização da utilização do espaço. Qual foi o motivo. Por que razão se paga apenas 3000 euros para utilizar um espaço tão nobre como o Panteão? Para onde vai o dinheiro? É utilizado para melhoramentos do espaço? Estes podem ser temas interessantes de discutir. E não apenas falar mal das pessoas da Web Summit nem pedir a demissão de alguém que cumpre a lei.

Já agora, vamos recuar até 2003. Foi muito giro ver o Panteão Nacional transformado na Escola de Hogwarts para o lançamento de um livro da saga Harry Potter. Neste caso, com muita exposição mediática, já ninguém se importou com o respeito pelos mortos e pelas figuras históricas. O que levanta outra questão: estamos mesmo preocupados com o Panteão ou andamos a brincar à política e temos ódio às pessoas da Web Summit?

laughing and fucking

Isto anda muito próximo da perfeição. Desde a música à letra, passando pela extraordinária coreografia e vídeo. Tudo em bom. Mais uma para ouvir em repeat. "All night laughing and fucking. Some days like I'm barely breathing and after we were high in the love, doped out"

13.11.17

o mundo está cheio de boas pessoas

O mundo está cheio de boas pessoas. Sendo que o ser boa pessoa parece ser uma característica que quase todas as pessoas têm. E que é facilmente confundida por muitas pessoas. E quando digo que é facilmente confundida é porque muitas pessoas tendem a refugiar-se no ser boa pessoa. E colocam esta qualidade num patamar onde nem sempre deve estar. Porque ser boa pessoa não chega. E não é uma prioridade em muitos casos.

Por exemplo, quem nunca ouviu no trabalho alguém dizer que o funcionário x é boa pessoa. Não importa se trabalha bem. Se faz as suas tarefas. O que importa é que é boa pessoa. E muitas pessoas confundem isto com ser bom funcionário. Parecendo que não percebem que uma boa pessoa não faz um bom funcionário. Tal como um extraordinário funcionário não faz uma boa pessoa. Uma coisa não leva à outra. Infelizmente já trabalhei com excelentes funcionários que eram péssimas pessoas. Tal como sou amigo de muitas boas pessoas com quem não queria trabalhar.

E isto não é exclusivo do trabalho. Porque as boas pessoas estão em todo o lado. Atrevo-me até a dizer que muitas pessoas dizem isto quando nada mais têm para dizer sobre alguém. O "boa pessoa" é aquela peça de roupa preta que nunca passa de moda e que fica bem em todas as ocasiões. E isto nem sempre é justo. Ou dito por outras palavras, o ser boa pessoa nem sempre deve ser colocado em primeiro lugar. Especialmente quando esse conceito faz com que a visão fique distorcida.

Num mundo ideal estaríamos rodeados de boas pessoas que também são boas em tudo o resto. Mas nem sempre é assim. As grandes equipas de futebol não estão cheias de boas pessoas. As grandes empresas não são feitas apenas de boas pessoas. Nem os mais perfeitos grupos de amigos estão cheios de boas pessoas. O que não tem de ser um lamento. Nem é algo chocante. É a vida como ela é. E só tem de ser percebida assim. Para que o boa pessoa não se transforme na tal peça de roupa preta que não faz falta para nada mas que está no armário porque pode vir a ser necessária porque fica sempre bem.

11.11.17

não imagino muitas declarações de amor melhores do que esta

Acho que já o tinha referido no blogue. E volto a dizer. Não existem muitas declarações de amor que superem esta. Neste caso é Agir quem dedica a música à mulher. Mas aquilo a que me refiro é a uma música e uma letra. Não existem muitas declarações que sejam mais intensas e emocionantes do que algo que fica para sempre.

10.11.17

banalização do assédio sexual e violações

Um caso graves de assédio sexual e violações deu a conhecer o lado obscuro de Hollywood. Aquele que toda a gente conhece mas que deixou de ser um rumor que passa de boca em boca. Entendo que assuntos como assédio sexual e violações são sérios demais. E que não devem ser banalizados. Que é o que está a acontecer neste momento. Como novas acusações de assédio sexual e violações a cada segundo que passa. Com isto não quero dizer que os casos não devem ser expostos. Mas as pessoas, principalmente aquelas que acusam, devem perceber aquilo que estão a fazer quando abrem a boca. Porque neste momento qualquer acusação tem tempo de antena e alguma são ridículos.

Como é o caso que envolve o comediante CK Louis e outras duas comediantes, na altura aspirantes a comediantes. Estas duas senhoras dizem que aceitaram ir para o quarto do humorista (ele já uma estrela e elas desejosas de o ser) porque supostamente os bares estavam fechados. Chegam ao quarto e ele pergunta se pode ficar com o pénis à mostra. Elas começam a rir. Mas não dizem que não. Ele começa a masturbar-se. Elas continuam a rir. Porque acham que é uma piada dele. Ele continua a masturbar-se. Elas não vão embora. Ele ejacula para o próprio corpo. Elas assistem. E só depois vão embora. Agora, acusam o comediante de assédio sexual.

Isto é ridículo. Aceitaram ir para o quarto dele. Ele pediu para fazer algo que elas não recusaram. Ele fez algo e elas ficaram por lá. E depois foram embora. Acusações com esta banalizam um tema muito grave. Fazem com que as pessoas olhem com outros olhos para as verdadeiras vítimas de assédio sexual e de violações. O que é pena. E a continuar assim irá chegar a um ponto em que ninguém leva as acusações a sério. É triste que todos os temas, por mais graves que sejam, possam ser utilizados para motivações pessoais que vão da fama à estupidez, passando por muitos outros apeadeiros.

8.11.17

fenómenos estranhos no trânsito

O trânsito está cheio de fenómenos e comportamentos estranhos. E este é bastante comum. Refiro-me a pessoas que circulam a uma velocidade relativamente baixa. Vão descansadas até que são ultrapassadas. A partir desse momento, mudam radicalmente e não descansam enquanto não ultrapassam quem os ultrapassou. Para depois voltarem a andar devagar.

Isto pode ser explicado como:

a) o carro tem um sensor de ultrapassagens;

b) o condutor não gosta de determinados condutores;

c) cada qual faz o que quer na estrada;

d) quem está mal que ande de transportes;

e) outro motivo qualquer.

7.11.17

lili caneças e os velhos

Por estes dias só se fala de Lili Caneças. Que protagoniza uma das quatro capas de edição da revista Cristina, de Cristina Ferreira, que vai hoje para as bancas. E muitas pessoas criticam a publicação por ter uma mulher "velha" na capa abraçada por um jovem modelo.

Quanto a isto, nada a apontar. Não me choca que uma mulher mais velha - especialmente Lili Caneças - seja fotografada junto de um jovem modelo. Quem conhece Lili facilmente percebe que se há coisa de que não se importa é de arriscar.

E também não olho para esta capa como um ataque aos velhos deste País. Isso dava pano para mangas mas não cabe a foto em questão. Aquilo que aqui deve ser discutido é o enquadramento técnico da fotografia. E isto não envolve idades.

Qualquer figura pública (ou não) que é fotografada quer aparecer no seu melhor. E não me refiro à edição em photoshop. Refiro-me a pose e luz, detalhes que fazem toda a diferença numa imagem. E neste caso fica a ideia de que existiu uma vontade de contrastar ainda mais a diferença de idades. Parece que existe a vontade de fazer Lili parecer ainda mais velha. E isto era desnecessário. Se for por desleixo ainda é mais grave.

De resto, pouco há para discutir. E até me causa alguma confusão que se debata mais esta foto do que uma chamada de capa, da mesma publicação, em que se pode ler isto: "ser ou não ser racista".

6.11.17

ainda sobre a violência

Há muito que existe violência na noite, nas escolas, nas ruas e em todo o lado e mais algum. A diferença está na quantidade de telemóveis que existem e nas redes sociais onde tudo é partilhado. O que faz com que um problema grave passe a ser conhecido por todos. Quando antigamente apenas passava de boca em boca. E assim talvez as pessoas abram os olhos para o problema. Talvez os pais tenham uma melhor noção dos riscos que os filhos correm. E percebam que convém não passar ao lado deste problema. Que pode deixar marcas muitos graves – além das físicas – em adolescentes que são vítimas de violência na escola e que sofrem em silêncio.

4.11.17

urban beach gate

O Urban Beach foi encerrado durante seis meses. Uma decisão que aplaudo! Porque conheço diversas histórias de violência passadas neste espaço. E quem defende que esta discoteca (como tantas outras) é um espaço onde só entram santos e onde os porteiros são todos missionários da paz, não podia estar mais longe da verdade! E basta ir à discoteca para conhecer a realidade que lá se encontra.

Quanto à violência das imagens, pouco há para dizer. Porque (praticamente) nada justifica que se salte a pés juntos para cima da cabeça de uma pessoa que esta indefesa no chão. Especialmente quando estamos a falar de profissionais que estão a prestar um serviço.

É verdade que o Urban Beach não é um caso isolado. Há mais espaços assim. Há muitos anos. A diferença é que agora existem telemóveis que dão a conhecer uma realidade que durante muitos anos passou apenas de boca em boca. Em género de mito urbano.

Aquilo que espero é que este caso sirva de exemplo para situações futuras. Para outros espaços. De modo a que as saídas à noite sejam aquilo que deveriam ser: um momento divertido. Cada vez sou mais selectivo nas saídas à noite. Porque já fui agredido sem nada fazer. Porque já me vi em problemas que não são meus. Porque já tive noites estragadas por confusões.

De resto, este caso está a gerar aquilo que todas as situações mediáticas geram: opiniões para todos os gostos. Cabe a cada um pensar pela sua cabeça. Porque nem todos os seguranças são animais racistas. Porque nem todos os pretos são bandidos. Porque nem todas as pessoas são "barradas" por causa da cor. E porque nem todas as discotecas são antros de bêbados que procuram sexo fácil.

Existe de tudo em todo o lado. Cabe a cada um escolher a realidade da qual quer fazer parte, mesmo tendo em conta que muitos espaços de diversão nocturna são elitistas. Mas uma coisa é certa. Existe muita violência na noite. E muitas pessoas que a procuram. E não me refiro apenas aos porteiros.

3.11.17

a melhor parte de mim faz anos

Hoje é um dia muito importante para mim. Um das datas que mais gosto de festejar. Dia em que a melhor parte de mim faz anos. Ou, por outras palavras, a paixão da minha vida. O que faz com que viva este dia muito intensamente.

Parece que foi ontem que nos cruzámos na universidade. Que olhei para trás para te ver melhor. Parece que foi ontem que começámos a trocar mensagens. Ou que tivemos a nossa primeira saída a dois. Nunca, nem nos meus melhores sonhos, imaginava que te pudesses apaixonar por mim e que passados tantos anos ainda estivesses ao meu lado.

Bem sei que o dia é teu. Mas o melhor presente é para mim. És a minha melhor amiga, confidente, conselheira é amante. És o meu porto de abrigo! O meu lugar seguro. Onde tudo parece ir correr bem. Mas hoje o dia é teu. E mereces o melhor que o mundo tem para oferecer.

Quero que saibas que te amo mais que tudo na vida. Que és a melhor pessoa que apareceu na minha vida. Obrigado por me teres ensinado a amar. A ser feliz com o coração preenchido. És tudo para mim! AMO.TE'NOS mais que tudo na vida.

Muitos parabéns Paixão da Minha Vida. E agora vamos dar início às celebrações do teu aniversário. Beijos do tamanho do mundo. Amo-te muitooooooooooo.

2.11.17

violência gratuita e cobarde

Nos últimos dias destacam-se infelizmente dois vídeos de extrema violência. Um em Coimbra e outro à porta da discoteca Urban, em Lisboa. Independentemente do que possa ter dado início a ambas as situações, nada pode justificar que se dê pontapés e que se salte para cima da cabeça de uma pessoa inanimada e indefesa que está estendida no chão.

Infelizmente estas situações não são novas. Felizmente existem pessoas com telemóveis que filmam os momentos e assim conseguem fazer com que as situações não passem despercebidas junto das autoridades. Infelizmente (apesar de não condenar) as pessoas não se metem em situações destas. Algo que já vivi na pele.

Quando vejo cenas destas recordo-me do que vivi no Porto, perto das Galerias, numa noite em que estava a trabalhar com um colega que infelizmente já morreu. Por norma, quando trabalho à noite em ambientes que desconheço, não tenho comigo nada mais do que chave do carro, cartão do cidadão e cartão multibanco. E o telemóvel do trabalho, daqueles que fazem chamadas, enviam mensagens e nada mais.

E era assim que estava naquela noite. Saí de uma discoteca de música rock e ia para o parque de estacionamento. Acompanhado pelo meu colega. Vejo um grupo de (mais ou menos) sete rapazes aproximar-se de nós. Continuei a andar, até porque o meu colega era dali.

Um deles chega perto de mim e diz apenas "carteira e telemóvel". Antes que pudesse responder ou dar aquilo que tivesse (neste caso um telemóvel de pouco mais de dez euros) levei um murro na cabeça. Depois foi só pancadaria sem motivo. Dividiram-se entre mim e o meu colega e foi socos e pontapés.

Na altura pensei agarrar um para lhe servir o que me estava a servir. Mas tive cabeça para perceber que de nada servia porque eram muitos e isso seria pior para mim. O segundo pensamento foi nunca parar até sair da rua. O que consegui fazer. Acrescento apenas que entreguei o telemóvel e continuei a ser agredido. Quando consegui sair da rua vejo a cara do meu amigo cheia de sangue.

Aqueles parasitas da sociedade roubaram um telemóvel de dez euros. E saíram a correr pela rua. Isto passou-se a poucos metros da porta da discoteca. Calhou estar ali senão teriam sido outras pessoas. Estava um grupo à porta da discoteca e o segurança escrava à porta. E ninguém fez nada. Algo que não condeno. Porque as pessoas têm medo.

Felizmente nenhum de nós caiu. A cena de pancadaria gratuita foi sempre em movimento. Mas não tenho dúvidas de que não teríamos tido melhor sorte do que os dois jovens que Portugal vê serem barbaramente agredidos na televisão. Porque aqueles rapazes não queriam roubar. Queriam descarregar frustrações em pessoas normais que não conhecem de lado nenhum.

Espero que os vídeos destas agressões sejam suficientes para que existam punições legais severas. Para que não voltem a existir agressões como estas e como aquela que vivi. E só volto a partilhar o meu caso porque muitas pessoas pensam que todas as agressões têm de ter uma história motivada pelo agredido. E não têm! No meu caso pediram-me o telemóvel e a carteira para prontamente ser esmurrado na cabeça.

assédio sexual (famoso e não só)

Nos últimos tempos tem vindo a ser revelado um lado obscuro (mas nada surpreendente e desconhecido) de Hollywood. Que tem a ver com o assédio sexual feito a pessoas que estão numa fase inicial da carreira. E por mais simples que possa parecer, é um tema muito complexo.

Pegando na realidade de Hollywood, os predadores sexuais são quase sempre grandes monstros da indústria. E as vítimas jovens que procuram ganhar espaço num mundo onde todos os actores sonham estar. O que gera medo. Já li declarações de uma atriz que dizia não saber como recusar as investidas de um nome forte de Hollywood. E esta é uma das questões. O medo de dizer não e arriscar nunca mais trabalhar em Hollywood, a maior ambição de uma vida.

Outra questão é a vantagem sexual que algumas pessoas pensam ter ao aceitar fazer parte destes jogos sexuais. Acreditando que o trunfo de uma relação sexual é sinal de uma próspera carreira em Hollywood. Ou sinal de indemnização choruda em caso de ameaça de abrir a boca para contar a história.

Nenhum destes pontos serve de defesa para quem orquestra estes esquemas. Nem transforma em más pessoas aqueles que aceitam fazer parte do mesmo, seja por que motivo for. A grande questão aqui está relacionada com o silêncio de quem está a par de tudo isto. Realizadores e actores já vieram a público dizer que estavam a par que se passava e que nada fizeram. Então por que motivo ficaram calados durante todos estes anos?

Todos sabem mas ninguém diz nada. Ninguém faz nada. As pessoas gostam é dizer coisas como "eu sabia". E tem a sua piada que já estejam a transportar a realidade de Hollywood para Portugal. Já existem várias pessoas que dizem saber de realidades semelhantes. O que essas pessoas podem e devem fazer é dar o primeiro passo e revelar tudo. Em vez de ficarem à espera de que alguém abra a boca para depois dizerem que já sabiam.