2.2.17

esta geração sabe lá o que é fazer figuras ridículas

Gosto muito de música. O meu dia é passado com a companhia dela. Tanto no carro como no trabalho. E existe algo comum a estes momentos. Gosto de cantar. Ou melhor, de cantarolar. Não o faço em voz alta (excepto sozinho no carro ou com a companhia da minha mulher que acaba por sofrer com a minha voz).

Gosto de acreditar que sei muitas letras de diversas músicas. Pelo menos sei parte delas. Mas nos dias que correm isto é facilmente resolvido. Sabe-se o nome da música e em segundos já estamos numa página que tem a letra. O que torna fácil saber cantar a música, independentemente do talento vocal. Talvez seja melhor dizer que se torna fácil saber as palavras correctas.

Mas nem sempre foi assim. E faço parte de uma geração que viveu sem este imediato acesso à letra de uma qualquer música. Faço parte de uma geração em que os amigos discutiam por causa das letras das músicas. "É esta palavra. É aquela. Não é nada! É outra diferente". E quando a letra aparecia afinal ninguém estava certo pois era uma palavras completamente diferente.

Faço parte de uma geração que passou anos a cantar mal músicas. Mas sempre convencidos de que a letra estava totalmente certa. Aliás, só assim fazia sentido. E a fazer figuras ridículas ao cantar mal as músicas. Pois podia acontecer estar com alguém que até sabia a letra de determinada música. Por isso digo que esta geração desconhece por completo o que é fazer figuras ridículas a acreditar em palavras que não existem e que não fazem qualquer sentido em determinada música.

2 comentários:

  1. Tambem eu. Que figurinhas. Mas éramos felizes.😃😃😃 beijinhos Filipa Tomás (Londres)

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