20.7.22

nova barbie é feita com mais de 75% de plástico reciclado

A nova Barbie faz parte da série Mulheres Inspiradoras da marca Mattel. E as novidades não se ficam por aqui. É que a famosa boneca é feita com mais de 75% de plástico reciclado retirado do mar. Além disso, presta ainda homenagem a Jane Goodall. Tudo isto com o objectivo de realçar os estudos pioneiros da primatologista sobre chimpanzés e promover o seu activismo na área da conservação da natureza. Nasce assim uma Barbie em tudo semelhante à da britânica que concretiza o sonho de ter uma boneca inspirada no seu trabalho. Algo que poderá ser uma inspiração para muitos jovens.

Como não podia deixar de ser, a nova aposta da Mattel veste uma camisa caqui combinada com calções. Não faltam os binóculos com que Jane Goodall nunca dispensa. E ainda uma réplica de David Greybeard, o primeiro chimpanzé que deixou a primatologista aproximar-se. “Queria muito uma boneca como eu antes mesmo de surgir esta ideia. Já vi meninas a brincar com bonecas Barbie e, no início, eram todas muito femininas. Na altura, pensei que as raparigas precisavam... de alguma escolha”, refere Goodall à Reuters. Realçando que “a Mattel mudou a linha de bonecas e hoje há todos os tipos, de astronautas a médicas. Há muitas crianças que aprendem sobre o meu trabalho na escola”.

“Queria muito uma boneca como eu antes mesmo de surgir esta ideia”

Jane Goodall, de 88 anos, deu início à investigação no Leste da África em 1960. A primatologista descobriu que os animais fabricam ferramentas, caçam e comem carne, revelam compaixão, entre muitas outras caraterísticas que muitos julgavam impossíveis nos primatas. “Quando cheguei a Gombe, foi lindo, o meu sonho tornou-se realidade”, recorda. Dizendo ainda que “durante quatro meses os chimpanzés fugiram de mim”. “Assim, embora a floresta fosse maravilhosa, eu senti que não a poderia aproveitar até que David Greybeard perdesse o medo e ajudasse os outros a perder o medo também”, prossegue.

Além da nova Barbie, a Mattel irá unir esforços com o Jane Goodall Institute e o programa de educação ambiental para crianças e jovens Roots & Shoots. Algo que leva a primatologista a sentir-se “perante o início de um túnel, muito longo e escuro, com uma pequena estrela a brilhar no final”. “Não é correto ficar sentada à entrada de um túnel a pensar: ‘Oh, espero que essa estrela venha até nós’. Esperança é acção”, conclui.

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