18.6.22

muse são os novos queen

Os Muse estão de volta a Portugal. E é isto que tenho a dizer. Olhando para o panorama musical internacional separo esta banda das restantes. Actualmente os Muse estão num patamar onde não cabe mais ninguém. Recentemente ouvi dizer que os Muse eram os novos Queen (outra das minhas bandas de eleição), algo que pode ser polémico para algumas pessoas com uma ligação mais especial ao mundo da música mas uma afirmação com a qual estou tentado a concordar. E até encontrei um artigo da What Culture que sustenta o paralelismo entre as duas bandas com base em cinco aspectos.

5 - Influências musicais
O estilo da escrita e composição, particularmente nos álbuns The Resistance (Muse) e A Night at the Opera (Queen) partilham semelhanças como por exemplo a secção dramática de Bohemian Rhapsody e os 13 minutos épicos de Exogenesis são semelhantes na cuidada elaboração musical. Aliás, Matt Bellamy já confessou estudar e beber de compositores como Chopin. Ambas as bandas criam sonoridades que se adaptam aos tempos modernos e que são complicadas de replicar.

4 - Estilo musical
Madness foi o segundo single de The 2nd Law (Muse) e logo os críticos fizeram uma comparação com I Want to Break Free (Queen). E essas semelhanças são reais no poder do baixo, na força da letra e até nos solos de guitarra. E existem muitas outras músicas dos Muse onde se nota a influência dos Queen.

3 - Evolução dos álbuns
Outro aspecto comparativo passa pela evolução dos álbuns. Os Queen de 1986 são completamente diferentes dos de 1973. Tal como os Muse de agora são distintos dos de 1999. Um dos motivos é a crescente popularidade e prestígio que ambas as bandas foram conquistando. Novas audiências, novas influências e isso resulta em trabalhos diferentes. Os álbuns de estreia de ambas as bandas são similares com temas em volta dos mesmos assuntos como amor, ódio e arrependimento.

2 - O vocalista
Talvez o principal aspecto que leva a que se diga que os Muse são os novos Queen passa pelo líder da banda. Sem querer ignorar o brilhantismo musical dos membros de ambas as bandas a verdade é que Matt Bellamy tem algo especial como tinha Freddie Mercury. Esse algo faz com que tanto uma banda como a outra se destaquem das restantes. O comportamento de ambos é semelhante e muitos defendem que Bellamy deveria ser visto (ainda mais) como o Freddie Mercury da sua geração. Mercury era reconhecido pela abilidade de atingir notas altas e por aguentar as mesmas durante muito tempo, algo que pode ser dito de Matt Bellamy. E ambos têm o poder de levar um estádio lotado do completo silêncio ao histerismo incontrolável.

1 - Actuações
Nos dias que correm o brilhantismo de uma banda, a sua vertente única, está nas fenomenais actuações ao vivo. Isso é que separa uma das outras. Tudo nos Queen era perfeito ao vivo. A banda casava na perfeição e existem concertos que são memoráveis, como o que foi dado para 325 mil pessoas no Rock in Rio (1985) ou o mítico concerto de Wembley para 75 mil pessoas em 1986. Certamente que ninguém esquecerá estes concertos. E o mesmo se pode dizer dos Muse, que até já foram eleitos a melhor banda a actuar ao vivo. Até se pode dizer que fazem o mesmo que os Queen faziam e que transportam isso para outro nível, até porque os tempos são outros.

Como referi no início, a ousadia de dizer que uma banda é comparável com os Queen ou dizer que um cantor é o Freddie Mercury sua geração é motivo mais do que suficiente para originar polémica. Mas, neste caso, estou tentado a concordar com os cinco pontos avançados pelo site. Os Muse podem ser vistos como os novos Queen e Matt Bellamy pode ser visto como o Freddie Mercury da sua geração. Ou não?

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