16.2.20

como não amar gigi buffon

Com o maior respeito por todos os outros, enquanto Gianluigi Buffon não pendurar as luvas, será sempre, para mim, o melhor guarda-redes do mundo. Porque nutro por ele uma admiração que se verifica desde o momento em que começou a jogar. E para falar nisso é necessário recuar até 19 de Novembro de 1995. Foi nesse dia, com apenas 17 anos, que o italiano, então com a camisola do Parma, se estreou no principal campeonato italiano.

Hoje, e com 42 anos, conta com 912 jogos na carreira. E se isto não é para todos, o que se segue também não. Depois de defrontar o Milan para a Taça de Itália, Buffon cruzou-se com Paolo Maldini. Aquele que foi um dos grandes jogadores do Milan, clube no qual desempenha agora as funções de director desportivo. Maldini fez questão de oferecer ao guarda-redes a camisola de Daniel, o seu filho, que é jogador do clube onde o pai fez carreira, mas que não foi utilizado pelo treinador nesse jogo.

Gianluigi passa assim a contar com mais uma dupla de camisolas numa colecção especial. “Já tenho as camisolas de Chiesa e do seu filho, do Thuram e do seu filho, do Weah e do seu filho. E agora do Paolo e do seu filho”, disse aos jornalistas no final do jogo. Falando também do grande jogo que fez. “Esta exibição explica por que razão continuo a jogar. Estou bem, desfrutei e exibi-me a um bom nível. Fico com vontade de continuar”, disse. E já que estamos a falar de continuar, Buffon fez saber em tempos, ainda que em tom de brincadeira, que poderá jogar até aos 65 anos.

Recordo agora algumas das suas palavras marcantes. Que me fazem gostar ainda mais de si. “É engraçado quando escrevem o nosso obituário e depois mostramos que estavam errados. Podem ir ao meu funeral, mas não vão encontrar lá ninguém. É para isto que vivo: para fazer os outros engolirem as suas palavras”, é um exemplo. Isto quando alguns defendem que está acabado. “Percebe-se o quanto um guarda-redes é bom olhando para a forma como reage a um erro, com mais ou menos remorsos e indecisões. Quanto mais erros se comete, mais a confiança fica abalada. Mas comigo é o contrário: entusiasma-me estar no meio da tempestade”, é mais um exemplo.

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