7.10.19

e depois das eleições...

24 horas depois do fecho das votações, assumo que não estou surpreendido com os resultados. Nunca duvidei de que o Partido Socialista seria o grande vencedor da noite e sem maioria absoluta. E baseava esta opinião no facto de não encontrar nenhuma alternativa à altura do que as pessoas desejam. O PSD não o é e duvido que o venha a ser num futuro próximo. Isto apesar do discurso que dá a entender que ganharam as eleições. De resto, acreditava nestes resultados do Bloco de Esquerda e nunca duvidei que Assunção Cristas (e o CDS) seria maior derrotada da noite.

Entre os poucos detalhes que ainda me surpreenderam, está o crescimento do PAN. De resto, nem os pequenos partidos que passam a ter assento parlamentar (Chega, Iniciativa Liberal e Livre) me surpreendem. Porque as pessoas que estão desiludidas com muitos partidos em que acreditavam, começam a rever-se nos ideais de outros. Muitas pessoas olham para o Chega (e para André Ventura) com medo e outros adjectivos que prefiro não escrever aqui. Mas olho para esta pequena vitória como um reflexo dos tempos modernos. Algo que acontece em diversos países. As pessoas têm medo de certas situações e apoiam aqueles que prometem acabar com elas.

Por fim, o maior lamento de todos. Falo da abstenção. Custa-me ver tantas pessoas a desperdiçar algo que tantos outros pagaram com as próprias vidas. A melhor arma de um cidadão será sempre o voto. Ou para manter algo, ou para mudar. Não votar e passar quatro anos a refilar nos cafés e nas redes sociais é algo que nunca trará mudança ao mundo. Quem não vota está a abdicar do poder que outros passam a ter em relação às suas vidas. E quem opta por não votar não pode, por exemplo, ofender aqueles que vão às urnas para votar em partidos que odeiam. Espero mesmo que no futuro existam mais pessoas preocupadas com os destinos de Portugal.

Agora, segue-se mais uma "geringonça" política e acredito que com isto ganham os portugueses. Pelo menos é a opinião de uma pessoa que nunca foi grande adepta das maiorias absolutas.

2 comentários:

  1. Não acho que o chega vá longe. Desde logo está muito ligado a uma personalidade que dá a cara por um clube de futebol. Depois trata-se de uma rapazinho mimado (que Passos Coelho escolheu para concorrer à câmara de loures) que não foi ao debate das europeias pq queria receber o seu honorário como comentador na CMTV. beneficia do apoio dos sindicatos da politica e esses valeram muitos votos, mas não dão a cara.

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    1. Só o futuro irá mostrar se é um partido que irá crescer. Se assim for, não me surpreende.

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