bernardo sousa, festas, cocaína e um exemplo

Esta é daquelas notícias que não gostaria de dar. E se o faço é por considerar que pode (e deve) ser sempre visto como um exemplo. Para que muitas pessoas não cometam o mesmo erro que, neste caso, foi cometido por Bernardo Sousa. Piloto português que já foi campeão nacional de ralis e que acaba de ser suspenso por dois anos depois de acusar cocaína num controlo antidoping. Que aconteceu durante o rali Sical, realizado nos dias 7 e 8 de Junho.

Inicialmente, o piloto madeirense justificou o controlo positivo devido a uma substância médica. “Por motivos relacionados com dificuldades respiratórias, utilizei um medicamento inalável que melhor a atividade brônquica e pulmonar. Reconheço, agora, que o terei feito, inadvertidamente, em doses supraterapêuticas, que redundaram num controlo positivo”, escreveu nas redes sociais a 9 de Julho. Já durante o processo, acabou por confessar ter consumido cocaína durante uma festa realizada na Costa da Caparica.

Agora, surge a confirmação da suspensão de dois anos. Sendo que será descontado o tempo de suspensão preventiva já cumprido. “É um momento difícil mas é com toda a serenidade e respeito que aceito esta decisão! Nada me fará desistir de um dia voltar. É hora de reflectir e redefinir novos objectivos para um futuro que parece ter novas portas para mim, e continuar focado no trabalho que estou neste momento a fazer. Obrigado a todos aqueles que me ajudaram”, escreveu numa publicação do Instagram.

Como disse, partilho esta história porque acho que deve servir de exemplo. Não estive na tal festa. Não sei o que aconteceu. Mas já estive em muitas festas. Em que aparecem os supostos “amigos” que desafiam para tudo a mais alguma coisa. “É só desta vez”, “não faz mal nenhum”, “ninguém irá saber” e por aí. E basta um momento destes para colocar muita coisa em causa. Para que algumas histórias mudem radicalmente. Até porque na maioria dos casos... nunca será só uma vez.