4.11.17

urban beach gate

O Urban Beach foi encerrado durante seis meses. Uma decisão que aplaudo! Porque conheço diversas histórias de violência passadas neste espaço. E quem defende que esta discoteca (como tantas outras) é um espaço onde só entram santos e onde os porteiros são todos missionários da paz, não podia estar mais longe da verdade! E basta ir à discoteca para conhecer a realidade que lá se encontra.

Quanto à violência das imagens, pouco há para dizer. Porque (praticamente) nada justifica que se salte a pés juntos para cima da cabeça de uma pessoa que esta indefesa no chão. Especialmente quando estamos a falar de profissionais que estão a prestar um serviço.

É verdade que o Urban Beach não é um caso isolado. Há mais espaços assim. Há muitos anos. A diferença é que agora existem telemóveis que dão a conhecer uma realidade que durante muitos anos passou apenas de boca em boca. Em género de mito urbano.

Aquilo que espero é que este caso sirva de exemplo para situações futuras. Para outros espaços. De modo a que as saídas à noite sejam aquilo que deveriam ser: um momento divertido. Cada vez sou mais selectivo nas saídas à noite. Porque já fui agredido sem nada fazer. Porque já me vi em problemas que não são meus. Porque já tive noites estragadas por confusões.

De resto, este caso está a gerar aquilo que todas as situações mediáticas geram: opiniões para todos os gostos. Cabe a cada um pensar pela sua cabeça. Porque nem todos os seguranças são animais racistas. Porque nem todos os pretos são bandidos. Porque nem todas as pessoas são "barradas" por causa da cor. E porque nem todas as discotecas são antros de bêbados que procuram sexo fácil.

Existe de tudo em todo o lado. Cabe a cada um escolher a realidade da qual quer fazer parte, mesmo tendo em conta que muitos espaços de diversão nocturna são elitistas. Mas uma coisa é certa. Existe muita violência na noite. E muitas pessoas que a procuram. E não me refiro apenas aos porteiros.

2 comentários:

  1. Pois, não sei se cada vez há mais violência, ou se apenas há mais difusão das imagens. O que há é cada vez menos preocupação em ajudar quem está a ser agredido, a primeira coisa que as pessoas fazem é agarrar no telemóvel para filmar, em vez de chamar ajuda, caso não se queiram meter.

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    1. As pessoas têm medo. Veja-se o que aconteceu ao rapaz de Coimbra. Mais facilmente filmam e espalham o vídeo do que se metem.

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