6.7.17

descontrolo emocional

O tenista português João Sousa protagonizou um momento caricato durante o torneio de Wimbledon. Que pode ser definido com palavrões. Muitos! Asneiras atrás de asneiras. Foi assim que o atleta português lidou com um momento de frustração pessoal. É verdade que não disse nenhuma asneira em inglês, mas disse muitas em português. O que acontece é que os microfones captam tudo.

Do ponto de vista teórico, é tudo reprovável. O torneio em si impede aquele tipo de linguagem. A competição também. A relação atleta árbitro a mesma coisa. Teoricamente falando, tudo é mau. Mas isto é apenas do ponto de vista teórico. Porque na realidade tudo muda na prática. Aí, não há teoria que aguente um mau momento.

Quem nunca soltou um palavrão num momento em que tudo parece correr mal? Num instante que coloca em causa tantas horas de preparação? E aqui contra mim falo porque dizia muitas asneiras quando jogava futebol. E quem também nunca disse uma asneira quando pensa que ninguém irá perceber aquilo que diz e quando acredita que poucas pessoas vão ouvir as suas palavras?

Por isso é que não faço parte do grupo que condena o atleta. Estou no grupo que compreende e que até se ri ao ver um vídeo que não tem piada nenhuma. E a falta de piada está relacionada com a forma como um atleta de topo perde o controlo. Porque são atletas que trabalham muito este lado do controlo emocional. Que naqueles segundos desaparece por completo. E já vi isto com João Sousa, com Cristiano Ronaldo e com tantos outros atletas de topo. Quem ainda não viu o vídeo, pode ver aqui.

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