7.4.17

o meu momento “dennis, o pimentinha”

Tenho algo que me liga a Dennis, o Pimentinha. Tal como aquele jovem, tenho o desejo de tocar em coisas onde nem sempre é suposto mexer. Por exemplo, e este caso até nem tem qualquer maldade, dou por mim no corredor dos brinquedos a carregar nos botões que dizem “try me”. E noutras lojas dou por mim a experimentar coisas que fazem barulho. É algo a que nem sempre resisto.

Mas existem outros casos. Como aconteceu num destes dias. Estava à espera que abrissem uma porta para carregar umas coisas para uma carrinha. Enquanto ninguém abria a porta comecei a observar o sistema que tinha sido usado para trancar a porta. Quando mais olhava mais tinha a vontade de mexer. Mesmo sabendo que não abriria a porta.

Confesso que o sistema era assim para o arcaico. Por um lado isto aumentava a minha vontade de sentir o mesmo com as minhas mãos. Por outro, acreditava que poderia ter algum truque que poderia accionar algum alarme caso fosse mexido. As minhas mãos acabaram por se aproximar lentamente da porta. Fui avançando... avançando... até que peguei no sistema. Assim que os meus dedos tocaram no objecto ouve-se um barulho que parecia um alarme. E voltou a tocar.

“Já fiz porcaria. Isto tem algum sistema que dispara o alarme e agora aparece aqui alguém”, pensei. Até que percebi que era a minha mãe a tocar à campainha (que mais parece um alarme) para chamar a pessoa que iria abrir a porta. Combinado não corria tão bem. O preciso momento em que toco na porta é o mesmo em que começo a ouvir o barulho. É a chamada coincidência à Dennis, o Pimentinha.

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