20.3.17

homens e carros

Homem que é homem gosta de falar de carros. E sabe tudo e mais alguma coisa sobre o maior número possível de modelos. Se for isto que faz um homem... estou tramado. Dificilmente serei um. Pelo simples facto de que muito dificilmente irei passar muito tempo a discutir o que quer que seja sobre automóveis. Tal como não conheço os motores ao pormenor. E por aí fora. Carros é um daqueles tópicos que me ocupam pouco tempo.

Mesmo agora, altura em que fui “obrigado” a trocar de carro, poucas conversas tive sobre carros. Procurei as marcas e modelos que me interessavam, procurei preços, comparei carros e propostas. E fiz a minha escolha. Mas, se não passo muito tempo a falar sobre carros, estabeleço com eles uma relação de grande cumplicidade e amizade, dentro do que é possível.

O meu último carro esteve comigo durante dez anos. E em determinadas condições ainda estaria comigo. E com ele estabeleci uma relação de grande proximidade. Porque, se excluir a casa e o trabalho, é no carro que provavelmente passo a maior parte do meu tempo. São muitas viagens, muitas histórias e muitos acontecimentos que ficam na memória. O que faz com que a última viagem seja quase o mesmo que ir levar um grande amigo ao aeroporto, sabendo que provavelmente nunca mais o veremos.

Por isso, não sou expert em cilindradas, cavalos e mais não sei o quê. Mas também não trato os carros como um monte de peças que servem apenas para me transportar de um lado para o outro. Olho para os carros como uma espécie de 2 em 1: uma casa móvel e um amigo e confidente.

2 comentários: