6.2.17

aquilo que marca as pessoas

Tanto no blogue como na vida não gosto de falar mal de algo apenas porque sim. E no blogue raramente partilho uma má experiência como uma referência directa ao local onde aconteceu. Posso falar do ocorrido em traços gerais mas não sou adepto de falar mal apenas porque sim. Quando as coisas correm bem o caso muda de figura. Nessa situação não me importo de partilhar a experiência com uma referência para que mais pessoas conheçam algo que eventualmente também terei conhecido através de uma partilha feita por alguém.

E exemplo deste segundo cenário é o Pingo Doce. Mais especificamente o do Fórum Sintra, aquele que frequento quase diariamente. Quando comecei a frequentar o espaço de sushi (o primeiro em Portugal) gostei da qualidade e do preço. E partilhei a experiência. Algo que também já aconteceu com alguns bolos que vendem na pastelaria. E estas experiências levaram a que o Pingo Doce entrasse em contacto comigo.

Agradeceram aquilo que tinha dito. E acabei por conhecer o responsável de loja, com quem mantive uma conversa interessante. Situação semelhante à de um amigo que tem por hábito partilhar episódios vividos nos transportes públicos e que também teve um contacto de uma marca. Uma das coisas que me foi questionada durante a conversa foi aquilo que considero negativo na loja, de modo a que possa ser melhorado. Algo que a marca tem interesse sem saber junto dos clientes.

Agradeci o contacto do Pingo Doce porque são estes gestos que fazem a diferença. E por gestos refiro-me ao tempo que perderam para me agradecer por algo que fiz com naturalidade e por quererem saber o que está mal e pode ser melhorado. Nos dias que correm as pessoas têm diversas opções para tudo. E quando não gostam mudam. No Fórum Sintra posso beber café em “cinquenta” sítios diferentes. Mas vou ali. No dia em que não me sentir bem, mudo.

E isto aplica-se ao café como se aplica a um restaurante, loja de calçado, de roupa ou de desporto. Aplica-se a tudo. Porque as pessoas têm cada vez mais opções. E aquilo que marca as pessoas é o momento em que percebem que a sua presença é notada. E isto passa por um atendimento “personalizado” do “é o costume?” tal como passa por saber que se tem a atenção de alguém ou de algo. E isto é especialmente importante quando as coisas correm menos bem. Quando as pessoas estão aborrecidas por algo onde até podem não ter razão.

As marcas necessitam do lado humano, que tendem a ignorar. As pessoas não são meros números. Não são o valor da conta que pagam. Nem a quantidade de coisas que compram. São pessoas. E uma das características do Homem é a constante insatisfação. Por isso, e cada vez mais, destacam-se as marcas que valorizam o lado humano e o contacto directo com o maior número possível de clientes. E nesse sentido, valorizo o cuidado que o Pingo Doce teve em falar comigo por causa de algo como uma piada em torno da minha gula.

2 comentários:

  1. Também frequento o Fórum Sintra por uma questão de proximidade e concordo inteiramente consigo. As marcas precisam desse lado humano que acredito estarem cada vez mais evidentes. E ainda bem!!
    Cátia Santos
    http://www.arapariganaaldeia.pt

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    1. Olá Cátia!

      Trata-me por tu, pode ser?

      As marcas ficam a perder quando esquecem o lado humano que marca as pessoas.

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