25.7.16

mais uma página que se vira

Trabalho no mesmo local desde o início de 2007. Fui um dos "sortudos", porque já na altura era raro, que conseguiu emprego na área de formação. Que, não estando bem, conseguia ser muito melhor do que é hoje. Na altura bastaram-me três meses, de um estágio de seis, para passar para os quadros da empresa. Desde então já trabalhei com dezenas de pessoas.

Recordo-me como se fosse hoje do meu primeiro dia na redacção. De estar no local de trabalho na hora exacta. De estar à espera da directora de então. De aguardar pelo momento em que saberia qual a minha secretária e o que fazer. De me apresentar a todas as pessoas. Na altura vim substituir uma pessoa, hoje amigo, que tinha saído em busca de algo melhor. Naquele dia era o puto da redacção. Comigo entrava outro colega, hoje amigo, que tinha uma diferença em relação a mim. Era o seu regresso ao grupo onde ainda hoje trabalho.

Desde então já me despedi de dezenas de pessoas. Umas que nada me dizem. Outras que me dizem muito. E umas assim assim, que não aquecem nem arrefecem. Já fiquei contente por saber que uns partem porque têm algo melhor. Já lamentei o facto de outros partirem sem saber o que fazer. E já agradeci, secretamente, o facto de algumas pessoas saírem com base num empurrão que, acredito, lhes irá melhorar a vida. Mas a verdade é que o adeus nem sempre é bom. Nem sempre é fácil. Nem sempre tem a ligeireza de um adeus dado a uma pessoa que nada nos diz.

Hoje sai mais uma pessoa. Alguém que entrou na empresa pouco tempo depois de mim. O seu adeus tem vários significados. O mais importante é acreditar que irá voar como está destinada a voar. Além disso, faz com que me sinta ainda mais uma "peça de mobília" no local onde trabalho. E digo isto porque passo a ser o jornalista mais antigo na redacção. Sinto-me o móvel onde são guardadas as memórias de largos anos. Quanto gosto das pessoas, como é o caso, detesto estes dias. "Odeio" os almoços de despedida pelo simbolismo dos mesmos. Que este dia seja o primeiro do resto da tua vida. Muita sorte!

6 comentários:

  1. Quando se muda para melhor, há que dar força a quem procura novos desafios.
    Se estás bem, deixa-te estar. É um grande desafio/responsabilidade ser-se, agora, o jornalista mais antigo, embora sejas muito jovem.
    Muita sorte e sucesso para ti, também.

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  2. Ser o mais velho também teaz vantagens; ) e boa sorte para a pessoa que saiu : )

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