18.2.15

ordinário? prefiro perfeito

Fui um dos muitos portugueses que se deitou – porque a imagem a isso obrigava - para ver a antestreia da Porta dos Fundos na televisão portuguesa pelas mãos da Fox (curiosamente um canal que os tinha recusado numa primeira abordagem). Entreguei-me ao instituído Dia Nacional da Ressaca e deliciei-me com os momentos de humor que têm toques requintados de representação, o que lhes confere um ar mais real e que faz com que seja ainda melhor ver cada um daqueles sketches. 

Acredito que existem muitas pessoas que defendem que este humor é uma ordinarice sem gosto ou classe. Acredito também que existem muitas outras que acham que é o escape perfeito para os problemas diários. Faço parte deste segundo grupo e não considero que este tipo de humor seja ordinário no sentido em que não acredito que as asneiras que constam nos diálogos sejam ditas por capricho.

Já conhecia muitos dos sketches que foram mostrados na antestreia. Dos que já conhecia, voltei a rir-me com aquele protagonizado por Kellen, que procura o seu nome na lata de Coca-Cola Zero. Por outro lado, ainda não conhecia o sketch “quem manda” onde um jovem tem o primeiro encontro com o pai da sua namorada. Deste, destaco esta parte da conversa:

“Estou querendo um cara para segurar essa garota. Um! Será que é você? Ela gosta de volume. Afofa o piru aí”, pai.

“Como assim?”, namorado da filha.

“Mão (abre e fecha a mão). Afofa assim (exemplifica)”, pai.

“Dá uma ordenhada assim. Afofa o piru. Afofa o piru Marcelo”, pai.

“O seu saco saiu pelo lado do short”, namorado da filha.

“É, minha bola saiu”, pai.

“E está azul”, namorado da filha.

“É! Eu pintei a minha bola de azul”, pai.

“Porque você fez isso?”, namorado da filha.

“Discovery Channel”, pai.

“Macaco com bola azul manda na porra toda”, pai.

11 comentários: