28.2.14

pensamento da semana #19


A imagem que uma pessoa constrói, vale o que vale. Não é mais do que isso mesmo. Do que um conjunto de ideias que se tentam passar para os outros. Muitas vezes, as pessoas constroem essa imagem com base no embrulho. Ou seja, é uma imagem baseada em roupa e outros acessórios que se ostentam. O que não tem mal nenhum. Excepto quando se dá mais valor ao embrulho do que ao conteúdo, impedindo que alguém tenha contacto com aquilo que nos adorna porque são roupas e acessórios da marca x que custaram uma pequena fortuna.

Para dar apenas um exemplo, os melhores vestidos de todos são aqueles que são usados para serem despidos. São aqueles que, por mais caros que tenham sido e por mais exclusivos que sejam, vão acabar a noite amarrotados no chão do quarto, quem sabe com uma ou duas nódoas de vinho tinto, sem que isso seja um problema. Se o vestido é usado apenas para ser exibido e acaba todas as noites perfeito e imaculado, sem que ninguém lhe tenha tocado, no cabide de onde saiu, é porque algo está mal. E assim não vale a pena.

10 comentários:

  1. Pior para mim, é quando os adultos(pais), passam esse ensinamento para as crianças. Os proíbem de brincar porque tem umas calças caras, os impedem de rebolar na relva porque a camisola lhes custou imenso dinheiro mesmo em saldos, ou pior, quando fazem questão que os miúdos se apercebam da marca que usam e digam aos amigos. Ultimamente é muito frequente assistir a caso destes na família e fora dela. E claro, os adultos são quase sempre pessoas que gostam de se vestir caro (nem sempre bem) e que fazem questão que se saiba. São daquelas pessoas que formam o círculo de amigos consoante a marca que vestem, as lojas em que tem ficha e criticam quem veste zara, mango ou qualquer outra loja de roupa que tenha mais do que 3 exemplares de cada peça.

    Assusta-me o caminho que a sociedade leva em que vivemos cada vez mais da imagem e do exterior e nos esquecemos do interior e de nos divertirmos. Sou uma pessoa que gosta de moda e que se tiver que cometer uma extravagância, se assim o entender, cometo, mas não crítico quem vá a feira ou a zara comprar roupa e/ou acessórios porque da maneira que o País está o dinheiro é escasso e há que pagar primeiro as contas, ir ao supermercado.

    Mas sou uma esperançosa e espero que a sociedade mude e se 'dispa' mais : )

    Ana Lima

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    1. Penso como tu. Espero que certas coisas da vida se sobreponham à sujidade na roupa :)

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  2. Não podia concordar mais contigo. ;)
    beijinho

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  3. Gostei... infelizmente é a sociedade que temos, tao à frente em certos aspetos mas tao atrás noutros....

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