estou em transe

Nunca tinha ouvido falar de Transe. Até que, ontem, vi a capa do mais recente filme de Danny Boyle no clube de vídeo que frequento. O facto de ser de quem é garante-me logo qualidade. Este selo de que estou perante um bom produto acresce quando reparo que o argumentista é John Hodge, autor de Trainspotting.

Apesar de achar que o elenco não é era nada de extraordinário – James McAvoy, Rosario Dawson e Vince Cassel – aluguei o filme. E ainda bem que o fiz. Sem me querer alongar na história, trata-se de um historiador de arte que recorre à hipnose para se recordar de tudo o que aconteceu no dia em que um quadro (leiloado por dezenas de milhões de dólares) foi roubado.

Dito desta forma parece que estamos perante um argumento banal. Contudo, este filme mistura de forma brilhante realidade com alucinações hipnóticas. É daquele em que nada pode escapar a quem vê. Onde as reviravoltas são mais do que muitas e inesperadas. E onde é bastante complicado reconhecer a realidade.

Tal como o guião, o elenco também parece banal. Puro engano! James McAvoy, o historiador de arte que só conhecia de X-Men, está brilhante. Rosario Dawson, a terapeuta, sensual e misteriosa e Vince Cassel é um bandido requintado e perfeito. Tudo isto misturado faz de Transe um filme imperdível. Para ver, rever e voltar a ver. E até para ficar em transe.