25.3.13

incentivo


Uma das minhas maiores lacunas é a ausência de hábitos de leitura. Sei que pode parecer esquisito tendo em conta que sou jornalista. Mas é um facto. Consigo devorar jornais (sobretudo desportivos), sites, blogues e revistas de diversas áreas. Porém, falta-me aquilo que é mais importante. O vício de devorar um livro. Gosto de ler mas sou capaz de demorar uma eternidade para acabar uma obra. É algo que lamento porque gostava de ser daquelas pessoas que conseguem ler um livro em pouco tempo, atirando-se logo a outro e por aí fora.

Por ser assim, e por achar que há muitas pessoas como eu, acho importante não passar ao lado de incentivos à leitura. A Rainha do meu Castelo e a Cynthia lançaram-me o desafio de aconselhar um livro que mereça ser lido. Como o desafio chegou em dose dupla, decidi aconselhar dois livros. E escolhi duas obras do mesmo autor: Luis Sepúlveda.



História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar e O velho que lia romances de amor são dois livros que tiveram, em tempos, o poder de me prender às palavras. Não descansei enquanto não acabei de os ler. Esta missão será bastante fácil para quem tem hábitos de leitura enraizados pois são obras de fácil leitura. Acho que estes dois exemplos são óptimos para quem pretende ganhar hábitos de leitura. Defendo que podem ser o empurrão necessário para quem deseja ler com frequência.

É certo que nos dias que correm, há muitas outras coisas onde gastar dinheiro. A maior parte das pessoas pode precisar desse dinheiro para outros bens. Foi também por isso que escolhi estes dois livros pois são ambos baratos, com valores que rondam os dez euros cada. Mas, entre família ou amigos podem/devem ser criados grupos de leitura e podem ser trocadas obras. É económico e muito mais divertido.

Além disso, ler é muito mais útil do que se pode pensar. Quanto mais se lê, mais aumenta a capacidade argumentativa de uma pessoa. O vocabulário fica mais diversificado e o próprio cérebro funciona muito melhor. Por fim, acho que é fundamental criar hábitos de leitura nos mais novos. Porque, com o avançar da idade, essa missão complica-se.

24 comentários:

  1. Já eu tenho fases. Há alturas em que leio um livro em dois dias, outras alturas em que demoro mais de um mês a ler... mas adoro, é um dos meus grandes prazeres.

    ResponderEliminar
  2. Nunca li nada deste escritor mas, segundo o que dizem, devia dar uma vista de olhos nas obras do senhor...

    ResponderEliminar
  3. O livro "História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar" é um dos livros da minha vida! O Luis Sepúlveda pode, a partir de então, escrever a maior porcaria que eu não me importo, porque aquele livro vale por mil!

    Eu adoro ler, e adoro livrarias e livros (as capas, o toque do papel... dificilmente me renderei aos e-books!), mas cada vez compro menos, não por falta de vontade, claro!

    Um dos últimos que li e achei bastante interessante foi "O Escritor-Fantasma" do sérvio Zoran Zivkovic. Excepto Milan Kundera e Franz Kafka, não tinha lido mais nenhum autor 'de leste', e este foi uma boa surpresa! Recomendo!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também foi o livro que me apaixonou :)

      Muito obrigado pela dica.

      Eliminar
  4. Gostei :)
    Nunca li nada de Luis Sepúlveda (shame on me!), e há anos que me dizem para fazê-lo, precisamente para começar por estes dois livros que referes. Tenho mesmo de ler!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Shame on you. Começa por estes dois que ficas logo apaixonada.

      Eliminar
  5. "História de um Gaivota e do gato que a ensinou a voar" é um dos meus livros preferidos. Excelente escolha :)

    ResponderEliminar
  6. É mesmo pena que não tenhas hábitos de leitura :) Mas se calhar ainda não descobriste o género de literatura com a qual te identificas. Aquela que prende a atenção e queres ler mais e mais...

    ResponderEliminar
  7. Gosto de ler, mas ultimamente ando muito malandra na leitura. Mas quando começo a gostar de um livro não paro de o ler até acabar.
    Quando era obrigatório ler "Os Maias" de Eça do Queiroz, devorei-o numa semana, à noite, durante o tempo de aulas. Adorei.

    Já li vários livros, mas a minha referência vai sempre para "O Principezinho". É uma lição para os humanos e todos deveriam ler várias vezes o livro. :)

    ResponderEliminar
  8. Tal como já disse no meu blog eu sou livrólica. Eu devoro livros, uns atrás dos outros, e só não leio mais por falta de tempo. Quanto a gastar dinheiro com livros, gasto pouco, porque felizmente tenho uma biblioteca municipal muito boa. Acho que as pessoas deveriam começar a frequentar mais as bibliotecas, são espaços lúdicos e de aprendizagem, não só pelos livros, mas porque normalmente também têm acesso gratuito à net, têm música e filmes, têm jogos para crianças, etc, etc. É um mundo que se pode aproveitar gratuitamente. :)

    ResponderEliminar
  9. Eu sou o contrário: não leio revistas, não leio jornais, dou uma volta pelos blogues mas sem umas páginas de um livro todas as noites não sobrevivo...

    E boas escolhas estas duas.

    ResponderEliminar
  10. infelizmente sou como tu, são fases, mas digo-te deram-me um livro para ler à 3 semanas [com 600 páginas] quando olhei para ele pensei que seria para durar até ao natal, visto que não sou muito de ler e se a história não me agradar, muito pior, mas já estou no fim e estou adorar. Estou a tentar recuperar esse hábito

    ResponderEliminar
  11. Olá homem sem blogue! Só para deixar um breve comentário: não nos devemos esquecer que existem bibliotecas onde podemos ir buscar os livros sem nenhum custo!!! :) foi assim que comecei a fazer quando reparei que andava a gastar dinheiro nos livros e depois a gastar dinheiro em estantes para guardar este livros que nunca mais ia ler... :)**

    ResponderEliminar