5.3.13

conselho para os desempregados


Antes de falar propriamente sobre o assunto que me leva a escrever, quero deixar claro que nos dias que correm, estar desempregado deve ser uma das piores sensações do mundo. Infelizmente, já estive desempregado em diversas ocasiões. Felizmente, nunca numa situação como esta, em que todos os mercados estão completamente saturados. Onde a oferta é mínima para tamanha procura, o que facilmente causa desalento nas pessoas que lutam por uma vida melhor.

Contudo, uma grande amiga minha vive actualmente uma situação de desemprego. E teve uma proposta de uma das maiores empresas nacionais. Daquelas onde a crise fica à porta e nunca entra. Daquelas que têm lucros de milhões por ano. Porém, na actual conjuntura, tanto uma empresa de milhões como outra de tostões oferecem salários muito abaixo do real valor de mercado, usando a crise como desculpa. Isto é um facto que ninguém pode esconder pois ordenados dos bons são apenas para meia dúzia de pessoas. E foi este facto que acabou por ser decisivo para a minha amiga recusar a proposta. Fez as suas contas dezenas de vezes. Ponderou bastante. E concluiu que a proposta só era vantajosa até Julho. Foi também avisada que o ordenado seria revisto apenas numa mudança de cargo ou promoção. Nunca a manter funções.

Analisei aquilo que me disse. Pensei para mim e no meu papel de amigo decidi ser verdadeiro. Em vez de uma palmada nas costas e de palavras como “fizeste bem e há-de aparecer outra coisa” disse-lhe que, do meu ponto de vista errou. É verdade actualmente os ordenados são baixos. É verdade que não nos devemos sujeitar a tudo para dizer que temos um emprego. Todavia, há que separar o trigo do joio. Uma coisa é recusar uma proposta de uma empresa pequena que corre o risco de fechar ou ter de cortar substancialmente o orçamento. Outra coisa é recusar uma oferta de uma das maiores empresas nacionais. Uma coisa é continuar a procurar emprego enquanto desempregada, como mais uma pessoa no meio de mais de um milhão de pessoas, outra coisa é procurar emprego como empregada que pretende dar um salto na carreira. Uma coisa é ganhar pouco numa empresa de dezenas ou mesmo centenas de pessoas, onde a perspectiva de evoluir na carreira é praticamente nula, outra é ganhar pouco numa empresa com milhares de funcionários, com centenas de ramificações, onde é mais fácil dar o salto e destacar dos demais. Além disto, do meu ponto de vista, uma empresa grande não se lembra da mesma pessoa duas vezes. Ser escolhido em tempos de crise e recusar a oferta é o mesmo que morrer para aquele departamento de recursos humanos. A porta fecha-se e muito dificilmente será reaberta.

É por isto que entendo ter sido uma má opção recusar. “E depois, em Julho, o que fazia?”, perguntou-me. “Quem disse que até lá não davas o salto ou não encontravas um emprego melhor”, respondi. E é isto que penso. É isto que sempre apliquei à minha vida enquanto desempregado e é este o conselho que tenho para dar a todas as pessoas que infelizmente estão desempregadas, sobretudo neste triste cenário nacional.

Uma coisa é recusar uma oferta baixa de uma empresa de pequena dimensão. Outra, é dizer não a uma empresa gigante que nos escolheu entre milhares de candidatos. Além disso, estar empregado não significa esquecer o nosso CV. Devemos continuar a procurar algo melhor. E aqui, para mim, faz toda a diferença procurar emprego como empregado ou como desempregado. E acredito que os recursos humanos reparam neste aspecto, que até poderá ser decisivo na escolha final. Não nos devemos sujeitar a tudo e mais alguma coisa. Mas nos tempos que correm, convém não levar uma dose excessiva de orgulho para as entrevistas e pensar muito bem antes de dizer: “Não aceito a vossa proposta.”

71 comentários:

  1. Eu acho que são opções muito pessoais e cada um sabe de si. Não venham depois é queixar-se!

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    1. É mesmo isso... O que a Mariposa disse era o que eu tinha em mente escrever... por isso apenas subscrevo o que ela disse...

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    2. Nem mais. É sempre uma opção pessoal. E falei daquilo que penso e da minha forma de agir.

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  2. Concordo muito contigo. Claro que são opções pessoais, mas se calhar a tua amiga devia ter tido outro tipo de raciocínio, eu já cheguei a trabalhar numa empresa minúscula, a ganhar abaixo do ordenado mínimo, só para poder comer. Estive lá um mês e depois vim para onde estou. Tudo pode mudar num instante. E de Março a Julho ainda é muito tempo.

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  3. Penso como tu...quem me dera a mim estar no lugar da tua amiga! Eu e mais "alguns"!
    Mas cada um é livre de escolher o seu caminho...e nem sempre vemos as coisas da mesma forma.

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    1. Exactamente......... pode até ter sido uma má escolha e na pior das hipóteses daqui a 1 ano estar a chorar e a dizer que devia ter aceite... até lá vou continuar a achar q tomei uma boa decisão!

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  4. Mais uma vez concordo a 100% com o que dizes!
    É uma decisão pessoal, há muito a ponderar (o ordenado e as despesas que daí advêm, tipo transportes, comer e afins), mas recusar uma oferta numa empresa desta magnitude... há que pensar muito bem, mesmo...

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  5. Infelizmente vivo essa realidade há um ano e meio. E neste momento posso dizer que preferia trabalhar numa pequena empresa ou uma PME do que uma grande empresa como já trabalhei. Já fui a grande empresas internacionais e nacionais, até às mais pequenas. Nunca tive oportunidade de ficar em nenhuma delas e sou sp entre as 2-5 seleccionados na final. É horrível a procura, o desgaste, as viagens, o dinheiro investido.
    Neste momento, continuo a procurar emprego e tenho entrevistas. Mas decidi entrar para uma empresa no qual sou parceira, e ontem para espanto meu, fui das 15 melhores vendedoras a nível nacional de uma parafarmácia de venda directa. Nunca pensei fazer este tipo de trabalho enquanto procuro emprego "a sério".
    As pessoas tem que correr riscos, e ela correu. Agora é continuar a lutar e nunca baixar os braços, por muitos dias que aparecer... E ninguém neste momento está estável e esquecem-se disso.
    Boa sorte para ela e para todos nós desempregados. E os que têm emprego, mantenham-nos.:)

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    1. Acima de tudo, boa sorte para todos.

      Cada qual sabe os seus riscos. Mas, do meu ponto de vista há propostas que não podem ter um não como resposta. E é claro que não estou a falar de um ordenado de 300 euros.

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  6. Importante falares abertamente sobre estes assuntos que muitas vezes são controversos e precisam de ser pensados e debatidos.

    http://qaoquadrado.blogspot.pt/

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  7. Hoje escrevi um post sobre o desemprego. Faz hoje 4 meses que me encontro nessa situação... realmente, assim de repente, concordo contigo, mas sei lá... são decisões muito pessoais. Ela lá deve ter tido os seus motivos! Quem me dera a mim que aparecesse alguma coisa. Se souberes de alguma coisa, e já que também és de comunicação, diz-me ;)

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  8. Estou desempregada e apenas vou tendo part-times precários, mas vou aceitando tudo o que tem aparecido mesmo que não ganhe muito... hoje em dia as pessoas tem que se sujeitar, sei que também sujeitando-se a tudo não é bom, pois as empresas abusam, mas é melhor ter pouco do que nenhum! são decisões complicadas que cada um deve tomar!

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    1. Olá (a todas/os)!Sou profissional liberal há muitos anos - quase 30 -. Licenciada desde os 22 anos(1982).Fiz estágio não remunerado de 24 meses.A minha Carteira Profissional com renovação de 5 em 5 anos foi renovada em Março passado. Aos 27 abri o meu próprio escritório e no ano 2000 as Empresas onde era avençada começaram a "fechar portas" e para manter o escritório e dois filhos menores de idade "atirei-me" ao 1º trabalho temporário que me "apareceu": (part-time nocturno) num "call-center". E foi "dando" ajuda para manter o escritório durante mais 5 anos...até que dispensados os colaboradores, encerrado o escritório na zona nobre de Lisboa (perto da Av. da Liberdade)para evitar endividamento(renda mensal, ordenados,etc) "abri" outro em fracção de familia paterna. O part-time "acabou" em Janeiro de 2007. Arranjei outro a ganhar menos 200,00€ até Novembro de 2008. E o escritório, o sustento dos filhos, desde essa altura, é mantido com ajuda dos familiares - quotas, água, luz, telecomunicações,material de escritório, etc. E ...apesar da "procura activa" de pat-time, de full-time na minha área e em áreas muito diferentes (candidaturas diárias)até hoje...apelando á filosofia de que hoje em dia as pessoas tem de se sujeitar a quase tudo...realmente a "amiga" que recusou o emprego numa das maiores empresas nacionais, provavelmente fez mal no entanto...aguardo ler a noticia de que ela já arranjou emprego e melhor! Para mim desde 2008 (facturação do escritório: 0€) que falo fluentemente Inglês e francês, compreendo e falo espanhol, trabalho diáriamente com pc e internet já lá vão mais 4 anoe e NEM UMA CONVOCATÓRIA PARA ENTREVISTA!Potenciais clientes batem-me á porta do escritório quase diáriamente...e tenho de os encaminhar para o Apoio Estatal, por vezes nem do valor da 1ª consulta dispoêm...abdiquei desde essa altura de "quase tudo": não só de ter "clientela pro-bono", como de cabeleireiro, manicure, modista, malas, sapatos etc nem o valor do meu unico e ex-vicio:café, possuo no porta-moedas! Sim com o que ganhei, comprei carro e casa própria, decorei-a, investi em Arte, joias, viagei imenso, dei satisfação ao meu gosto por gastronomia e bons vinhos,duas renovações de guarda-roupa por ano,
      os meus filhos frequentavam colégios privados, e tiveram o que as crianças de familias desafogadas têm...não me custou investir 1000,00€ num instrumento musical para um dos meus filhos e passado dois anos gastar 3000,00€ noutro instrumento para substituir aquele e ofereci estágios nos meus escritórios a vários (futuros) colegas. Suicidio? Penso nele ás vezes. Um(a) desempregado(a)sofre a dobrar começa por ser visto como um parasita, alguem que não quer trabalhar, que não se esforça o suficiente para trabalhar e ...a espera, é horrível como diz G. "a procura, o desgaste, as viagens, o dinheiro investido".M.

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    2. Muito obrigado pelo teu testemunho.

      No teu caso, acho que não deves julgar-te. Fizeste o que fizeste a pensar nos teus filhos. E isso é algo que nunca deve ser lamentado.

      Pareces ser uma lutadora e certamente que terás um futuro brilhante.

      Espero ainda que o suicídio seja apenas um desabafo e que não paire na tua cabeça. Caso queiras desabafar, podes enviar-me um email.

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  9. O problema é quando não há propostas...nem para aceitar nem para recusar...
    E já lá vão 4 meses e apenas 2 entrevistas...

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    1. Talvez assim percebas melhor do que muitas pessoas aquilo que quis dizer. Boa sorte para ti.

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  10. A meu ver, errou, isto sem conhecer a realidade da pessoa, ou seja aparentemente errou e a questão não é ser uma pequena ou grande empresa, a questão é que nunca mais vamos ter grandes ordenados, mesmo para quem já os teve, neste País dificilmente voltarão a a ter e temos que ter a humildade de agarrar tudo e aí sim, empregados vamos vendo outras coisas. Tenho dito isso ao meu marido, que estando desempregado, vai aproveitando, se compensa financeiramente?? Nãooooo, mas pelo menos não está parado e portas vão-se abrindo.

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  11. Sou desempregada. Pior que isso é o facto de ser recem-licenciada e procurar o primeiro emprego!
    Se é difícil para uma pessoa com experiência arranjar emprego, para uma pessoa no meu caso é ainda mais.
    É por vários motivos, incluindo este, que concordo plenamente contigo.
    Na actual conjuntura não dá para recusar emprego, não quer dizer que nos sujeitemos a coisas más. Isto quer dizer que devemos aceitar empregos que podem não ser prefeitos agora, mas que com o nosso trabalho árduo se possam transformar em bons empregos.

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  12. Nem mais. Vivo, desde há uma semana e meia a realidade de voltar ao mundo do trabalho onde me "ofereceram" muito menos do que aquilo que recebia de subsidio de desemprego há mais de ano em meio. Se duvidei em aceitar? Não. Porque a realidade é muito simples, qualquer valor é maior do que zero e era precisamente zero que iria receber quando o subsidio acabasse, para além de que, como tive de explicar na minha entrevista, estar a recber subsidio não é sinónimo de receber vencimento nem ter trabalho. Como tal, decidi, pessoalmente, claro que a minha melhor opção neste momento, é recuar 12 anos no vencimento e trabalhar duas vezes mais para conseguir voltar ao activo. E não me arrependo porque só o facto de conseguir sair das estísticas já me faz sentir nos píncaros.
    Mas acredito que muitas pessoas pensem assim...infelizmente!

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  13. Acho um tema controverso e um tema que só a cada um diz repeito. Isto porquê?! Porque cada um é que sabe da sua vida, das suas despesas e das suas opções. Não pensemos que o facto de se tratar de uma grande empresa resolve tudo! HSB, o que é preferível?! Uma pessoa continuar pelo fundo de desemprego com um determinado valor, ou ir para uma empresa que lhe pagam se calhar menos que não lhes dá para pagar as contas... Se a tua amiga diz que fez contas e não compensava, não será uma opção válida? Isto falando de cor, porque sem conhecer o caso é complicado abordar o tema!
    Falo isto porque conheço casos que passaram pelo mesmo e não arriscaram, e outros que decidiram arriscar e viram-se aflitos para pagar contas. Posso dizer-te que conheço grandes empresas nacionais que parecem as melhores do Mundo e depois têm dois e três meses de atraso de ordenados. Será que o nome da empresa é tudo? Não me parece! Aproveitam-se tanto como as pequenas... e por vezes... bem mais!
    Mas cada caso é um caso...

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    1. Colocas questões pertinentes. Neste caso pessoal, esqueço o subsidio de desemprego porque a pessoa ainda recebe uma verba mensal do sítio onde trabalhou na última vez. E esse valor seria acrescido com o vencimento da empresa. Mas, cada caso é um caso.

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  14. Falar dos outros é fácil. o pior é imaginar a situação dessas pessoas. Porque n é por se recusar um trabalho que se tem que pensar que essas pessoas não queiram trabalhar. Às vezes é muito mais que isso! E eu sei do que falo!
    Já recusei um trabalho porque o que me pagavam não me dava para pagar carro e casa! E tinha o resto das contas para pagar. o que me restava para comer?!
    deixemo-nos de teorias.
    Abraço

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    1. Quim, falei de um caso especial para mim porque trata-se de uma pessoa muito importante na minha vida. Porém, dei-me como exemplo. Disse aquilo que sempre fiz quando não tive emprego.

      É certo que há empregos que não chegam para as despesas. Mas e aqui vou dar-te mais uma vez o meu exemplo, tenho aquilo a que as pessoas chamam um emprego fixo e bom mas tenho que cortar muitas coisas.

      Mas, cada caso será sempre um caso e as pessoas é que sabem o que será melhor para si.

      Abraço e boa sorte para ti.

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  15. Ás vezes é necessário dar um passo ao lado, ou atrás até, para que próximos passos sejam em frente.

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  16. É dificil opinarmos por uma situação em que não estamos...mas muito sinceramente e neste caso concordo ctg...acima de tudo é importante regressar ao mercado, manter as portas e os contactos abertos...e no desemprego de certeza que isso não se consegue:) ..e sim....às vezes face ás circnstãncias é necessário dar um passo atrás paar voltar a seguir em frente....depois? o futuro o dirá :)

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    1. Eu dei o meu passo nem sei para que lado.... Foi o que achei melhor!

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  17. Eu, como desempregada, sem subsídios nenhuns, que em cinco anos trabalhei 2 meses num sítio e 4 noutro, penso sempre q quem recusa é porque não deve precisar assim tanto. Eu aceitava um emprego a varrer ruas, a limpar casas de banho, a servir às mesas, ao balcão de um café, numa loja de roupa. N me posso dar ao luxo de recusar seja o q for. Claro q são opções pessoais, cada um sabe de si e da sua vida. Mas tenho uma criança pra alimentar e nem q ganhasse pouco... a comida não lhe cai do céu. Ainda que fosse trabalho de uma semana e dali a 1 mês outra semana. É isto q o desespero faz. Aceita-se trabalho sem esquisitices pq a comida não cresce nas árvores.

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    1. No dia que não tiver o que comer se calhar aceito qq coisa... até lá vou continuar a lutar pelo que acho que mereço!

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    2. Há que lutar pelo futuro sendo certo que cada caso é um caso e as circunstâncias actuais são deveras complicadas.

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  18. É muito fácil opinarmos quando não somos nos... mas eu penso como tu!
    Aceitava... mas não baixava os braços. Tentaria a promoção, a mudança de posto ou de emprego. É que ter uma alternativa até Junho é melhor que nada.

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    1. Repito o que escrevi no meu comment: era para suprir uma necessidade! Não era nada!

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  19. Concordo contigo. Só lamento os salários muito baixos que oferecem as empresas ainda saudáveis pois desta forma os numeros do desemprego não vão baixar. Ninguém vai deixar o certo (pelo menos enquanto dura) pelo incerto, e toda a economia é incerta/instável e assim continuará por mais dois ou 3 anos no minimo.
    Efetivamente, o Estado tem aqui um problema, para o desemprego baixar vai ter que "motivar" os desempregados a virarem empregados. Ao invés de arranjar artimanhas para excluir os desempregados do respetivo subsidio.
    Por sua vez os desempregados têm que fazer a sua parte e não se encostarem ao subsidio à espera de "melhores dias" porque esses "melhores dias" dependem de todos nós, de toda a nossa produtividade.
    Todos temos que fazer a nossa parte.
    bj

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    1. Pois mas eu não estou encostada ao subsidio!
      Trabalho desde os 17 anos!

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    2. As empresas aproveitam-se da crise para baixar os valores. Neste caso trata-se de uma lutadora mas conheço muito boa gente que diz com orgulho que vive de subsídios.

      beijos

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  20. Acho que ela fez mal. Nesta altura ser seleccionada é uma benção. E ganhar algum sempre é melhor que nada, além de que vai complementando o CV com mais experiência e aproveitava e ia continuando a concorrer a outras empresas!

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    1. Do meu ponto de vista errou, apesar do que me explicou e que pode ser lido aqui.

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  21. Eu, a Amiga, confesso: posso até ter tomado a decisão errada.... mas foi a decisão que decidi tomar!
    Não foi tomada de ânimo leve, não foi tomada porque gosto de estar desempregada de papo para o ar e a viver à conta do Estado!
    Foi tomada depois de muitas contas feitas e de ponderar bem quais eram os benefícios: Nenhuns!
    As condições eram simples: horas extra e sábados não pagos! Um contrato mensal - que no Centro de emprego os senhores apelidam de "recibos verdes com benefícios do Estado para a empresa que contrata" - mal pago, e que foi dito que seria um contrato temporário para uma necessidade que tinham de momento. Também não me foi dito que podia subir e mudar de cargo! Eu é que perguntei se com o tempo e o bom desempenho podia ser aumentada. A resposta foi: aqui só há aumentos se mudar de cargo!
    Antes de rejeitar tive ainda a decência de ligar para a pessoa que me queria contratar e perguntar se estavam dispostos a fazer um protocolo com o Centro de emprego para receber um subsidio extra que me daria ao menos para ajudar a pagar os passes - e a gasolina e as portagens e parqueamento em dias de greve! - ao que me responderam que não.
    As pessoas que estão a comentar este post não me conhecem! Podem ficar com a ideia que gosto de estar desempregada! Mas não gosto! Mas também não gosto de ser explorada!
    Não tenho medo de chegar ao fim do subsidio e ir lavar escadas! Não tenho medo! Nem tenho vergonha de o fazer se for preciso! Mas neste momento a decisão foi esta!
    E não acho que tenha tomado uma má decisão ao querer algo melhor para mim não aceitando!
    Quanto ao estar a mandar cvs empregada e desempregada é o mesmo! Mandei imensos cvs enquanto ainda estava empregada e nunca obtive resposta! Ao menos agora vou sendo chamada para entrevistas! E tenho disponibilidade para tal! Nesse emprego, o qual não havia nem abertura para EU tentar pedir um subsídio extra, imagino se pedisse para sair umas hrs para ir a entrevistas!
    Nesta altura da vida ainda me posso dar "ao luxo" de tomar estas decisões! O futuro logo o dirá!
    Mas arrepender não me vou!
    É a tal história do "se..."
    "Se cá nevassssssseeeee.... Fazia-sssseeee cá sssssssski!"
    Seeeeeeee calhar fiz mal......mas eu acho que fiz bem!
    E também conheço muita gente desempregada! Muitos recém licenciados que também "seeeee" calhar aceitavam esta vaga sem duvidar!
    Quero melhor para mim do que um emprego precário! Que era o que aquilo era! E não sou o típico "portuguesinho" deste país que vive de um "fatalismo" que já não se aguenta!
    Trabalho desde os 17 anos! Já comecei por baixo!
    Agora enquanto tiver oportunidade, vou lutar pelo que acho melhor para mim!
    E é isto!
    xoxo
    Sis

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    1. Compreendo perfeitamente. Acho que fez bem.

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    2. Sabias que a nossa conversa ia dar num texto. Disse-te isso e expliquei-te os motivos de fazer este texto. Apesar do que contas, disse-te o que acho. Do meu ponto de vista erraste porque eu não pinto este cenário da forma que o descreves e sabes isso. E discordo disso de ser igual estar empregado ou não quando se procura emprego.

      Mas sabes que gosto de ti, com opções que considero certas ou erradas :)

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    3. Como te disse, eu aceito a tua opinião... mas acho que fiz o melhor para mim!
      E não espero nunca que concordes cmg só porque sim! Até pq vivemos em constante "guerra" pq vemos o mundo de maneira diferente!
      E durante todos estes anos de amizade sempre ouvi o que me dizes! E sempre desabafei tt contigo! Foste das primeiras pessoas a quem contei a minha decisão... se o fiz não foi à espera de palmadinha nas costas!
      Como ainda à bocado falámos, cada caso é um caso! Se calhar noutras circunstâncias teria aceite! Assim... fiz o que a minha máquina calculadora e o meu cérebro me mandaram fazer!

      P.S. - Tb sabes q eu gosto muito de ti... mesmo qd me dás na cabeça e me chamas nomes pq faço porcaria! ;)
      HEHEHE

      xoxo
      Sis

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  22. Oportunismo empresarial. Por um lado entendo o lado da tua amiga mas o teu ponto de vista é válido no que realmente respeita a grandes empresas.
    No fundo é uma triste realidade.

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    1. Há muitas empresas que se aproveitam da situação do país! E depois é ver os "grandes" a passear de Jaguar!
      xoxo
      Sis

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    2. É uma triste realidade. Tens razão Morango Azul :(

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  23. Bom à partida dava um conselho como o teu HSB. Acho que hoje estar desempregado é um estigma que pesa sobre quem está nessa situação até em termos psicológicos, assim sempre ganhava experiência e essa também é decisiva na escolha para quem contrata. Eu já passei por isso e até sei do que falo infelizmente.
    Mas.. depois de ler o Anónimo só me resta dizer que cada um sabe de si e arca com as consequências de cada posição que toma na vida. Por mim desejo a maior sorte, porque hoje em dia também se precisa dela.

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    1. Decididamente!
      Não quero sequer que as pessoas me achem uma parasita ou uma coitadinha!
      Não posso sequer pedir desculpa ao mundo por querer algo melhor para mim!
      Cada caso é um caso!
      Tenho uma amiga que sem subsidio e a viver à conta dos pais com semanada e contas todas pagas pelos pais (casa água luz tlf carro gasolina!) rejeitou um emprego de muito mais dinheiro pq achava q merecia receber mais de 1000 euros!
      E qd me perguntou o q pensava, respondi-lhe que no caso dela aceitaria como aceitarei se na pior das hipóteses tiver desempregada qd o subsídio acabar!
      xoxo
      Sis

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    2. Foi o que lhe disse e continuo a achar que errou. E mantinha o meu conselho.

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  24. Não gosto de julgar as decisões dos outros sem estar por dentro da situação. E de facto não nos podemos sujeitar a tudo, porque as alturas de crise são propícias a abusos. Mas estando desempregada, numa altura destas, recusar não deveria ser opção, pelo menos sem ponderar muito bem. Não sei se o faria.

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  25. No meu caso faltam-me poucos dias para fazer um ano que estou desempregada e á medida que os dias passam aumenta o desespero de ter a vida em stand-by e não ver perspectivas de melhoras. Assim sendo, estaria completamente disponível para aceitar uma proposta de valor inferior ao que recebia anteriormente (até porque tenho plena consciência que a tendência dos salários é decrescente) mas não sei se estaria disponível para aceitar um emprego que, como diz a tua amiga, não lhe pagava as contas... Embora o mercado esteja difícil e recusar trabalho não seja muito aconselhável se não nos pagam o básico (e no caso, ela ainda está a receber algum) talvez não seja mau esperar por algo um pouquinho melhor.

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    1. casa caso é um caso. Espero mesmo que a tua sorte apareça JÁ!

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  26. Anónima que recusou proposta: quem não está desempregado e não recebeu propostas ridiculas não sabe do que fala. Já vou em 16 meses de desemprego, e já recusei algumas propostas - 600€ para trabalhar 14h/dia, incluindo sábado, para a maior marca portuguesa, outra a rv em que trabalhava durante o dia em n projectos e à noite como a directora tinha um restaurante e gelataria na baixa, no verão todos iam ajudar até à meia noite (WTF?)
    Eu não me importo de fazer qualquer trabalho, trabalhos considerados inferiores, mudar de área, mas que receba pelo trabalho que desempenho, não admito jamais ser explorada, e é ridiculo como vemos anuncios a apresentar ordenado minimo e a pedirem pessoas motivadas e que gostem de trabalhar. Desculpem, não há motivação que resista!

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    1. Claro que há propostas e propostas. No caso que referi, não se tratava de uma exploração laboral.

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  27. Nesta altura, recusar emprego é uma insanidade, seja numa empresa grande ou pequena.

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    1. Desculpe mas não é. Há proposta verdadeiramente ridículas, que desrespeitam as pessoas e a pender para a escravatura. Já leu os exemplos da Cecíl?

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    2. Se a proposta for minimamente boa tens razão.

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