26.6.12

amigos no trabalho


Ao longo dos meus anos de carreira enquanto trabalhador, e não apenas no meu papel de jornalista, conheci muitas pessoas. Umas divertidas, outras brincalhonas. Conheci também aqueles sedentos de sucesso profissional e com uma vontade louca de subirem na carreira o mais depressa possível nem que para isso tenham que vender a mãe. Também fiz amigos, algo que faço com facilidade apesar de demorar muito tempo até passarem a ser amigos do peito. Como trabalhei em tantas áreas diferentes, até tive como colega um rapaz que sonhava entrar para o livro de recordes do Guiness. Ou seja privei com muita gente. Uns ficaram para a vida. Um deles é o meu melhor amigo e outros são conhecidos que revejo com um sorriso nos lábios ou sem qualquer sensação que mereça ser mencionada.

Resumindo a minha carreira aos anos de jornalista, podia voltar a escrever as mesmas palavras que não estaria a mentir, à excepção do rapaz que sonhava ter um recorde no Guiness. A novidade é que ao longo dos últimos anos conheci uma pessoa que cedo passou a ser amiga. Uma amiga como poucas que conheci. A relação fortaleceu-se e criou-se entre nós um laço quase de irmãos. Agora, fiquei a saber que vou deixar de trabalhar com essa pessoa. “Vais fazer-me falta”, disse-me. Estas palavras tornam este até já ainda mais difícil. Estou triste.

22 comentários:

  1. Vais deixar de trabalhar com essa pessoa, mas isso não significa que vão deixar de se ver e ainda para mais quando dizes que são muito amigos :-)
    No inicio será estranho não ver "aquela" pessoa, mas depois as coisas tornam-se menos difíceis e para além disso, irás vê-la muitas vezes, certamente!
    Nada de ficar tristee!!! :-D

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    1. Não vai deixar de ser minha amiga mas custa muito porque era a minha muleta no trabalho

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  2. Se o laço é assim, não interessa onde ou como, irá continuar!

    Há 12 anos troquei de empresa, onde tinha um grande amigo. Ainda hoje, em empresas diferentes, o considero como tal, apesar do convívio não ser tão frequente.
    Aliás, tem sido raro, mas quando nos encontramos, é como se estivessemos juntos diariamente como naquela altura. Sem gelo, sem desconforto e com mt cumplicidade :)

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    1. O que dizes é muito normal. Ou seja, o convívio deixa de ser frequente.

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  3. Há quase 2 anos fui convidada a sair da empresa onde já trabalhava à 10 anos....aquela gente era familia, tinhamos um ambiente formidável...custou-me horrores e ainda hoje lhes sinto falta---- infelizmnete a vida continua e o tempo para estarmos juntos não é muito...é raro...
    beijinhos grande

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    1. É o que acaba por acontecer a não ser que as pessoas frequentem os mesmos sítios fora do local de trabalho

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  4. Caro hsb,

    Também se chama a isso afecto: querer estar, sentir, viver a outra pessoa que de alguma forma nos complementa. E sim, naturalmente surge a tristeza, como se uma ruptura física acontecesse. Fico sempre a pensar no duplo sentido do verbo "partir".

    Abraço-te, é isso!

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  5. Não fiques assim. Lembra-te que as verdadeiras amizades nunca se perdem. Os nossos amigos podem não estar a um passo de nós, mas estão a um passo do nosso coração. Conheço essa sensação, especialmente agora que mudei de país. Mas acredita que os verdadeiros amigos, que são muito poucos, mas bons, ficaram:)

    Vanessa

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    1. É um facto. Os meus melhores amigos passam pouco tempo comigo. Aqui, acho que é diferente porque vou perder uma grande companhia no trabalho. Isso faz com que custe mais!

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    2. Acredito que entendo isso perfeitamente... Pensamento positivo!

      Vanessa

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    3. E porque a amizade verdadeira é para sempre, mesmo com a distância física, deixo-te aqui a música do Ben Harper: "Forever"

      Vanessa

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    4. A simples forma como estás a escrever e a responder, releva que estás triste/chateado/aborrecido. Não é uma crítica, é uma observação. Nisso somos parecidos. Até na escrita, mostramos o que somos e como estamos.

      Vanessa

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    5. Mas não estou! Obrigado pela preocupação :)

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  6. Infelizmente já me aconteceu o mesmo e não apenas uma vez, e, na empresa do mesmo grupo.

    Quando tive que sair, fiquei com um vazio tão grande que pedi ao meu chefe para não ir trabalhar de tarde porque ia chorar até cair. De manhã já me tinham dado prendas e postais e eu já chorava como Maria Madalena e como seria de tarde? Sei que saí de lá a pensar na relação deles comigo, com colegas nacionais e clientes da empresa. Recordo-me de no dia anterior enviar email's para os clientes da empresa a despedir-me, e para os colegas nacionais que tinha uma excelente relação. Clientes e colegas responderam, telefonaram a perguntar porquê... Era uma substituição de um ano. E posso mesmo dizer que não fiquei nesse departamento por inveja de certas pessoas, que me viram crescer muito (e depressa) muita facilidade de comunicação, aprendizagem... Recordo-me de uma das "Big Boss" em Lisboa a dizer que ia tentar que continuasse, e eu pedi nem que fosse para Lisboa, pq era o meu objectivo... Mas são apenas palavras, nada mais. Sei que mais tarde gestores, clientes pediram para voltar. Mas como fiz "moça" a muitos, não voltei.

    Pouco tempo depois voltei à mesma empresa, mas para outro departamento. Fiz amigas, mas duas ficaram no coração, principalmente a J.. Ainda hoje falo com ela, e ela desabafa comigo por diversas razões, nas não é a mesma coisa. Falamos tempos a tempos e porque prefiro não saber nada daqueles ex-colegas, ex-chefe que me fizeram a vida n um inferno. E de duas meninas lambe botas que neste momento estão no quadro da empresa. Não suporto esse tipo de pessoas e depois "topo tudo" antes de se concretizar.

    É triste quando nos damos bem com as pessoas, principalmente no trabalho, e temos que sair por os motivos que forem. Falo por mim que me considero simples, tenho um grande poder de comunicação pessoal, empatia. E depois criam-se laços afectivos...

    É difícil... Mas vais dar a volta, mas sempre a pensar que "ela" fazia falta.

    Beijinhos. :)

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  7. tens razão! Esse relato aplica-se a muitas empresas que conheço!

    obrigado!

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  8. Quando saí do jornal onde trabalhava, optei por dizer a cada um dos meus camaradas, individualmente, que me ia embora.

    Comecei pelos dois com quem me dava melhor. As reacções foram muito diferentes. O meu fotógrafo ficou radiante e deu-me os parabéns, enquanto que a outra confessou ter ficado com um misto de alegria e de inveja por eu ter tido a coragem que ela não tinha.

    Depois, falei com o meu chefe de redacção. Entendeu as minhas razões e desejou-me boa sorte.

    Por fim, e sem que nada o fizesse prever, um dos administradores decidiu despedir-se de mim, antes de eu ter tido hipótese de ter falado com todos. Começou um discurso sobre aprendizagem e novas oportunidades e só quando viu a cara de choque de 2 / 3 pessoas e a minha cara de choro é que percebeu que tinha metido água...

    Foram uns dias muito emotivos. Construi amizades que ficaram. E ainda hoje conservo num cantinho do meu coração, os belíssimos dias em que fui jornalista naquela redacção, naqueles anos.

    De realçar, que os dois a quem disse em 1.º lugar que ia embora são os únicos que ainda hoje me telefonam com regularidade. Com o resto, vou visitá-los de tempos a tempos, umas mensagens via Facebook e nada mais...

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    1. A emoção acaba sempre por marcar esses dias. Fico feliz por teres feito amizades que ainda hoje conservas :)

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  9. Quando as amizades são verdadeiras... nada se perde!
    Um Irmão também ñ se perde quando sai de casa pois não?

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